Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é
A rainha vermelha, escrito pela Victoria Aveyard e publicado no Brasil pela
Editora Seguinte.
A história é narrada por Mare Barrow, uma jovem de uma sociedade fictícia onde as pessoas são divididas pela cor do sangue: os de sangue prateado tem poderes especiais e regalias, os de sangue vermelho precisam viver com pouco e servirem aos prateados.
Mare é uma vermelha, vive em um pequeno vilarejo com o pai que é um veterano de guerra e tem a saúde frágil, a mãe e a irmã mais nova, que é a única que tem um trabalho como aprendiz e a perspectiva de um futuro melhor. Os três irmãos mais velhos de Mare foram para a guerra, e esse também será o destino dela, assim que completar 18 anos. Todos os vermelhos que não tem emprego, consequentemente, nenhuma serventia para os prateados, são obrigados a ir para a guerra quando completam 18 anos, Mare está conformada com seu destino, a única coisa que ela sabe fazer é praticar pequenos furtos para conseguir ajudar um pouco a família.
"Kilorn só quer vê-lo e se iludir com a ideia de que eles são humanos de verdade, que podem ser feridos e derrotados. Mas sei que não é assim. O sangue deles é uma ameaça, um aviso, uma promessa. Não somos iguais e jamais seremos." (página 14)
Tudo muda quando Kirlorn, seu melhor amigo, fica em uma situação complicada e Mare quer muito ajudá-lo, mas acaba entrando em uma situação ainda mais difícil e, em desespero, é pega durante uma tentativa de roubo. Para sua sorte, a pessoa a quem ela tentou roubar, se compadece dela e consegue um emprego para Mare no palácio real.
"Cal. Ele disse que tinha um bom trabalho - e agora mexeu os pauzinhos para que eu também tivesse. Talvez até trabalhe com ele. Meu coração dispara diante da possibilidade, sabendo o que isso implica. Não vou morrer, não vou para a guerra. Vou trabalhar e viver. E, mais tarde, quando encontrar Cal, posso convencê-lo a fazer o mesmo por Kilorn. " (página 62)
As coisas pareciam que finalmente iriam melhorar para Mare, mas durante um evento em que quase morre, Mare descobre que mesmo tendo sangue vermelho, também tem um poder especial. O problema é que esse seu poder se manifestou na frente de muitas pessoas, vermelhas e prateadas, e como explicar uma vermelha com um poder que só os prateados deveriam ter?
Acuados, o rei e a rainha decidem fingir que Mare é uma prateada, e ela precisa passar a viver mantendo esse segredo se quiser manter a vida de sua família e a sua. Em meio a tudo isso, ataques da Guarda Vermelha ameaçam o poder dos prateados. Mare passa a ser mais uma peça em um complicado jogo em um reino que esconde muitos segredos, onde uma antiga rainha morreu de forma suspeita e onde os dois príncipes, um do primeiro casamento do rei e um do segundo, tem estilos muito diferentes.
"-Você não é prateada. Seus pais são vermelhos, você é vermelha, seu sangue é vermelho - resmunga a rainha andando em círculos diante da minha cela. - Você é um milagre, Mare Barrow, uma impossibilidade." (página 86)
A rainha vermelha é um daqueles livros onde a protagonista sofre muito, onde parece haver pouca esperança de um final feliz, mas onde torcemos loucamente por ela mesmo assim. E é também uma leitura eletrizante, da qual não queremos desgrudar até saber como terminará, mas ao mesmo tempo não queremos que acabe.
A rainha vermelha é o primeiro de uma série, a continuação (intitulada "Glass Sword") está prevista para ser lançada no início do ano que vem. Sabendo que haverá um próximo livro, eu já suspeitava onde o primeiro terminaria, mas me surpreendi demais com o caminho traçado até o final, foi de ficar de boca aberta, sem ar. A autora criou reviravoltas e construiu personagens que foram capazes de me surpreender demais.
A capa do livro é a mais diferente de toda a minha estante, prateada, quase um espelho, praticamente brilha e reflete, se destacando onde quer que esteja. A coroa e o título são em alto-relevo. A diagramação está ótima, com margens, espaçamento e letras de bom tamanho; as páginas são amareladas. Veio um marcador de páginas junto da orelha (que eu não tive coragem de cortar para usar), uma ótima ideia da Editora Seguinte (Obrigada!).
Enfim,
A rainha vermelha foi um livro que valeu a pena ler e que eu recomendo que vocês leiam, pois é impossível ficar indiferente ao livro. Acho que para ser uma boa leitura, é importante que a história cause alguma coisa no leitor, e
A rainha vermelha causa tensão, faz o leitor mergulhar na trama, surpreende, prende.
Na imagem acima, vocês podem ver que a autora curte "As Crônicas de Gelo e Fogo", e
A rainha vermelha tem um pouco do estilo da obra do George R. R. Martin, quando os personagens parecem estar jogando uns contra os outros. Martin pode ter uma escrita mais madura, mas gostei muito mais da trama e dos personagens criados por Victoria Aveyard.
Detalhes: 424 páginas, ISBN-13: 9788565765695, tradução: Cristian Clemente, Skoob. Onde comprar online: Cultura.
Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Quem aí já leu
A rainha vermelha? Antes de iniciar a leitura, muitas pessoas já haviam me recomendado o livro. E hoje sou eu que estou recomendando-o para vocês. Talvez vocês não sintam que ele é tudo isso no começo da história, mas creio que chegarão ao final também com a sensação de que valeu a pena ter lido, e contanto os dias para "Glass Sword".
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Até o próximo post!
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