Resenha: livro "O romance inacabado de Sofia Stern", Ronaldo Wrobel

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "O romance inacabado de Sofia Stern", escrito pelo Ronaldo Wrobel e publicado pela Editora Record em 2016.

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 "- São vaga-lumes, vovó!
 - Fale baixo, Ronaldo. Eles pensam que são estrelas.
 - Bobagem! Eles não entendem o que estou falando.
 - Nem eu estou entendendo. Será que sou um vaga-lume?
 - Não, vovó. Você é uma estrela." (pagina 12)

 Ao terminar o primeiro capítulo de "O romance inacabado de Sofia Stern", já imaginei que seria um livro que eu iria gostar, suposição que foi se confirmando a cada página lida. Na obra conheceremos Ronaldo (protagonista e autor tem o mesmo nome), um rapaz que cuidava da avó Sofia Stern com muito carinho, mas que estava preocupado com comportamentos atípicos que a senhora vinha apresentando (se bem que ela nunca foi uma pessoa comum, talvez por ter vindo para o Brasil fugindo dos nazistas no início da Segunda Guerra Mundial, mas só ela sabia quais traumas trazia da guerra, pois não gostava de falar sobre o assunto).

 "Netos raramente conhecem os avós. Podem até ser seus cúmplices e amá-los de verdade, mas quase nunca suspeitam de mistérios que não tiveram condições de desvendar. Avós são esfinges porque ali mora mais do que alguém. Ali mora o tempo. Com minha idade, vovó já havia enfrentado vilões históricos, atravessado o Atlântico e se casado com o homem a quem daria uma filha em 1954. Uma epopeia!" (pagina 15)

 Um dia, Ronaldo encontrou um diário de sua avó, e outros objetos suspeitos da época em que ela ainda não morava no Brasil, mas como ela se recusava a lhe falar claramente sobre esse período, ele resolveu pesquisar por conta própria. Pouco tempo depois, ele recebeu uma ligação de uma juíza alemã, informando que sua avó poderia ser a herdeira de uma grande quantia num processo que corria na Alemanha, mas ele teria que viajar para lá para representar a senhora. Sofia decidiu ir com o neto, e juntando as descobertas que ele faria nessa viajem com os escritos do diário, ele descobriria que a vida da avó foi surpreendente.

 Aos 15 anos, em 1933, Sofia conheceu Klara, uma garota vinda do interior e que, talvez por isso, era a única da escola a não se importar com o fato de Sofia ter sangue judeu. As duas se tornaram amigas, mas para manter essa amizade com o passar do anos, teriam que enfrentar toda a segregação que estava sendo imposta pelos nazistas, e fariam coisas inimagináveis uma pela outra, ainda que em alguns momentos suas vidas se distanciassem por causa de suas origens. Klara, a modista talentosa, Sofia, a cantora nas noites, Klara e sua vida ariana de luxo e aparências, Sofia e sua vida no submundo. Amores, medos e sonhos, tudo isso compartilhado entre elas. Sofia veio para o Brasil e se tornou avó, mas como ela chegou até aqui? E o que aconteceu com Klara? Só lendo para saber.

 "Vovó carregava culpas lancinantes desde a juventude na Alemanha. Quantas delas infundadas?" (pagina 187)

 "O romance inacabado de Sofia Stern" é um livro que me surpreendeu muito, e que eu recomendo que vocês leiam! Foi uma leitura muito agradável de se fazer, tão boa e com uma escrita tão fluida que eu poderia ter lido o livro todo num único dia, mas interrompi a leitura para continuar no dia seguinte por ainda não estar preparada para me despedir dos personagens. Falando nos personagens, eles são tão vivos e com personalidades tão interessantes, que é como se eu estivesse vendo o Ronaldo, a Sofia, a Klara, o Hugo (irmão da Klara, ele tem um papel importante na trama) na minha frente! O quanto eles cresceram e se modificaram com o passar dos anos, as escolhas que tiveram que fazer, o quanto sofreram, o quanto amaram, e o quanto especialmente o Hugo acreditou e esperou e mudou, o quanto Sofia sofreu por coisas que não era culpada mas não sabia, o quanto Ronaldo foi capaz de ir atrás da história da sua avó, o choque que o final trouxe para ele e para nós.

 Eu dei cinco estrelas para o livro, mas não o marquei como favorito por causa do final. "O romance inacabado de Sofia Stern" tem a mesma temática de outro livro da Editora Record: "Uma Praça em Antuérpia" escrito pela Luize Valente e publicado em 2015. Os dois se passam na época que antecede a Segunda Guerra Mundial, embora o de Luize continue no decorrer da guerra e o de Ronaldo fique apenas nessa fase antecedente; ambos trazem protagonistas idosas que tem seu passado desvendado, mas enquanto o livro de Luize tem um carga dramática maior, o de Ronaldo tem uma pegada bem mais divertida na forma como ele conta a história (e por isso vale a pena ler ambos), e traz uma esperança para o leitor conforme coisas improváveis vão acontecendo. E já que, por mais perigos que seus personagens tenham enfrentado, Ronaldo vinha mantendo-os vivos, eu esperava um final diferente (não tô dizendo que alguém morre no final, não tô dando spoiler, tá gente!), e aí veio um final que é bom e que deixa o Ronaldo personagem sem chão, mas que não precisava ser daquele jeito e que meio que dá um nó na cabeça da gente ao nos obrigar ver partes da história de outra forma. Talvez se eu não tivesse lido "Uma Praça em Antuérpia", eu poderia ter ficado satisfeita com o final de "O romance inacabado de Sofia Stern", mas como já li, não foi algo novo, o que não diminui o meu amor pelo livro de Ronaldo Wrobel, minha admiração pelo que ele escreveu e meu encantamento pela história de Sofia.

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Se minha resenha não for o suficiente, olha aí o que o Raphael Montes (autor de "Dias perfeitos") fala sobre o livro.
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 Sobre a edição: capa bonita e condizente com a trama, páginas amareladas, boa revisão, diagramação simples e com margens, letras e espaçamento de bom tamanho.

 Enfim, fica aqui a minha recomendação para que leiam "O romance inacabado de Sofia Stern", um livro daqueles que a gente começa e não quer mais largar, de tão curioso para saber o que vai acontecer em seguida e o que o Ronaldo descobrirá sobre sua avó excêntrica. Uma leitura divertida e emocionante, da qual eu poderia falar por horas, mas acho que por hoje está bom, né?!

 Detalhes: 256 páginas, ISBN-13: 9788501107497, Skoob. Onde comprar online: SaraivaAmericanas.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Me contem: já conheciam a obra ou o autor? O que vocês acham que aconteceu com Klara no passado (duvido que alguém acerte a resposta!)?

Até o próximo post!

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Conheça "Liderança é um contrato", o novo livro da Primavera Editorial

Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje, venho mostrar um lançamento da Primavera Editorial:

Ficha Técnica
Editora: Primavera Editorial
Autor: Vince Molinaro
Páginas: 232
Formato: 16×23 cm
ISBN: 978-85-5578-023-3
Preço: R$ 34,90

O que realmente significa ser um líder?

Livro do autor best-seller e palestrante Vince Molinaro traz reflexões essenciais sobre liderança

 “Molinaro escreveu um livro revelador sobre a vantagem competitiva da liderança resiliente. Sua abordagem prática e conselhos realistas sobre a responsabilidade que se exige dos líderes são intrigantes e nos desafiam a arregaçar as mangas e encarar o trabalho duro necessário para aumentar a confiança com os nossos colaboradores e nossos stakeholders”. Barbara Meens Thistle - Vice-presidente de Serviços Corporativos

 Os riscos da liderança sempre foram grandes, mas estão ficando cada vez maiores. Atualmente, os líderes devem executar a estratégia, impulsionar a inovação e desenvolver talentos para o futuro.

 Pensando em ajudar esses profissionais, Vince Molinaro, diretor global de gestão de soluções estratégicas, escreveu o livro Liderança é um contrato, publicado pela Primavera Editoral, que explora razões pelas quais os líderes devem se comprometer a melhorar muito mais em suas ações. 

 A obra ensina aos leitores como compreender plenamente seu papel e desenvolver as quatro cláusulas do contrato de liderança: A liderança é uma decisão – Tome essa decisão; A liderança é uma obrigação – Cumpra a sua obrigação; A liderança dá muito trabalho – Seja forte; A liderança é uma comunidade – Conecte-se. 

 O autor trata o assunto de um ponto de vista inovador ao apresentá-lo de forma didática com conteúdos para líderes iniciantes e seniores. A analogia é que um líder deve assumir seu papel e aceitar, genuinamente, todas as cláusulas. Dessa forma, colherá muitas recompensas. Em Liderança é um contrato, Vince Molinaro deixa claro que é hora de todos os líderes decidirem conduzir suas organizações à grandeza, de modo a influenciar positivamente a sociedade. 

 Sobre o autor: Vince Molinaro é autor e palestrante. Trabalha com o desenvolvimento de executi­vos seniores, líderes de Recursos Humanos e Conselhos de Administração. É diretor global de Gestão de Soluções Estratégicas da Lee Hecht Harrison, consultoria es­pecializada em desenvolvimento de liderança, engajamento de funcionários, tran­sição de carreira e gerenciamento de mudanças. É coautor dos livros Leadership Solutions e The Leadership Gap. A obra Liderança é um contrato é o seu primeiro lançamento no Brasil.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado da novidade.

Até o próximo post!

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Resenha: livro "Elos do destino", Catia Mourão

 Ola pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "Elos do destino", escrito pela Catia Mourão e publicado pela Ler Editorial em 2016.

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 "As vezes, o destino prega peças em todos nós para que seus elos se encaixem." (página 151)

 Narrado em terceira pessoa, "Elos do destino" é um romance sobre segundas chances, sobre recomeçar e sobre voltar a confiar. Catarina, a protagonista, vinha de uma família de ricos empresários, e quando os pais morreram em um acidente, por ser filha única, ela se viu obrigada a assumir os negócios da família sem estar totalmente preparada para isso. Acabou confiando na pessoa errada: seu namorado, que supostamente a ajudaria, mas na verdade só estava interessado no dinheiro, e quase perdeu tudo. Felizmente, ela conseguiu recolocar os negócios nos eixos, mas decidiu mudar de vida, se afastar por um tempo.

 Catarina morava numa mansão em Porto Alegre, mas decidiu se mudar para o interior, para uma cidadezinha na serra gaúcha. Lá, ela comprou um pequeno chalé e logo fez alguns amigos. E também conheceu Bruno, seu vizinho misterioso e antigo proprietário do chalé, e eles acabaram se sentindo atraídos e se envolveram, mas Catarina não queria falar sobre o seu passado e temia se machucar novamente, por isso, não vivia plenamente sua relação com Bruno. Só o tempo poderia  curar suas feridas e mostrar se esse novo amor daria certo, mas como Bruno reagiria ao descobrir que Catarina não era a jovem simples e sem preocupações que aparentava ser?

 "Sabia que precisava tomar um rumo mais objetivo na vida. Dora tinha razão em insinuar que estava vivendo de forma vazia e nada produtiva, desde que se mudara para o chalé. Mas tudo o que havia feito até hoje fora assumir responsabilidades e compromissos, e deu no que deu." (página 55)

 "Elos do destino" é um livro pequeno e de leitura leve e rápida, daqueles para se ler numa tarde tranquila para passar o tempo. A história é bem focada nos protagonistas, e os personagens secundários servem de apoio para tornar a trama mais real. O livro vai ser  adaptado para o cinema, e já na leitura foi possível observar que a forma como o enredo se desenrola, mostrando apenas o essencial, tem um jeitinho de filme, sendo possível visualizar as cenas com facilidade.

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 Sobre a edição da Ler: eu gostei da capa, que é condizente com um romance adulto (ele tem cenas  de sexo, mas não ao ponto de eu classificá-lo como hot). As páginas são amareladas, há poucos erros de revisão e a diagramação tem margens, letras e espaçamento de bom tamanho.

 Enfim, fica a sugestão para quem procura um romance nacional de leitura rápida. Agradeço a Catia por ter me presenteado com o exemplar de "Elos do destino" na FLIR.

 Detalhes: 166 páginas, ISBN-13: 9788567765792, Skoobpágina no Facebook. Onde comprar online: loja da editora, Americanas, e-book na Amazon.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado da resenha. Me contem: já conheciam a autora ou o livro? Gostam de histórias sobre recomeços?

Até o próximo post!

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Vídeo: Caixa de Correio - livros de junho

 Olá pessoal, tudo bem? No vídeo de hoje, mostro os livros adquiridos em junho.



 Me contem nos comentários se vocês já leram ou querem ler algum dos livros citados.

Até o próximo post!

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Resenha: livro "Como viajar sozinho em tempos de crise financeira e existencial", Hermés Galvão

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "Como viajar sozinho em tempos de crise financeira e existencial", escrito pelo Hermés Galvão e publicado pela Editora Record em 2016.

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 "O hobby preferido dos brasileiros é falar mal dos brasileiros. E dos imigrantes brasileiros é  falar mal do Brasil, mas quando bebem e ouvem Ivete Sangalo começam a chorar." (pagina 57)

 "Como viajar sozinho em tempos de crise financeira e existencial" é um pequeno livro onde Hermés Galvão pretende dar algumas dicas bem humoradas para viajantes solitários, tenham eles muita ou pouca grana. É importante ressaltar que não é um livro para quem quer ir pra Disney com os amigos ou acompanhado para algum outro ponto turístico famoso. Hermés procura dar dicas de como ficar longe dos turistas (inclusive de como escapar daqueles grupos imensos que tomam a calçada inteira e não deixam ninguém passar)!

 "Bem, mas se você resolveu ir para Orlando é porque pouco está ligando se vai viajar sentado, em pé, de cócoras ou no compartimento acima da sua cabeça, certo?" (página 39)

 É um livro para ser lido tendo-se em mente que é um texto de humor, escrito com base nas experiências vividas pelo autor, o que resulta em um texto nem sempre politicamente correto, ainda que realmente tenha dicas úteis.

 "Na fila de raios X, corra das pessoas mais velhas, das famílias e das mulheres, que ainda fazem questão de viajar com brincos, anéis, pulseiras, a fivela da bota, o broche da calcinha, o DIU... Nelas tudo apita, portanto nada de ficar atrás. Elas podem levar o tempo que você levaria para tomar um banho entre um lado e outro do detector de metais. Homens em viagem de negócios, asiáticos desacompanhados, casais de jovens mochileiros costumam ser velozes e furiosos. Siga-os." (página 23)

 Eu pensei que seria uma leitura rápida, mas não imaginava que conseguiria ler o livro em um único dia. Ao finalizar a leitura, confesso que fiquei bem desanimada de viajar de avião, parece ser um inferno, seja no aeroporto, seja no avião! E aprendi que, se um dia passar o trauma surgido após a leitura, devo fugir como puder de: crianças, adolescentes, famílias, asiáticos (na maioria das vezes) e creio que de russos também (eles não parecem muito simpáticos pelos comentários do Hermés). E algo que achei curioso foi o fato de o autor citar Aiuruoca e Visconde de Mauá, dois lugares próximos da minha cidade, será que o Hermés já andou pelas bandas de cá?

 "Como reconhecer um bom restaurante asiático? Olhe para o salão e veja se a maioria da clientela é oriental. Não tem erro: japoneses, tailandeses e afins sabem das coisas. Já os chineses, bem, a contar pelo cardápio que criaram, tudo que tem quatro pernas e anda vira comida, por tanto não dá para dizer que são, assim, muito criteriosos à mesa." (página 76)

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 A Editora Record fez um bom trabalho com a edição: capa bonita, obra bem revisada, páginas amareladas, diagramação com margens, espaçamento e letras de bom tamanho. E as fotos das viagens do Hermés são o ponto alto do livro, combinadas com as legendas me causaram crises de riso!

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 Detalhes: 112 páginas, ISBN-13: 9788501106469, Skoob. Onde comprar online: Submarino, Americanas.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado da resenha de hoje. Me contem: já conheciam o autor ou o livro? Já viajaram sozinhos e passaram algum perrengue?

Até o próximo post!

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Conheça "Perfumes de Paris", o novo livro da Primavera Editorial

Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje, venho mostrar um lançamento da Primavera Editorial:

Ficha técnica:
ISBN: 978-85-5578-016-5
Formato: 14 x 21
Páginas: 160
Preço: R$ 24,90

 Ela não vive à sombra dos homens

 Obra da carioca Sayonara Salvioli, membro de academias de letras no Brasil e na França, revive a Belle Époque de Paris 

 Em tempos em que se questiona o papel e o comportamento da mulher na sociedade, a Primavera Editorial brinda todas elas com o lançamento da Coleção Amores Proibidos. 

O livro de estreia, Perfumes de Paris, apresenta a romântica e moderna Charlotte, que vive uma intensa paixão com o pintor Pierre na Belle Époque parisiense de 1894. De personalidade própria, a protagonista aprecia a liberdade de viver e rompe as amarras de seu tempo, não vivendo à sombra de homens. 

 Como cenário dessa forte paixão, o luxo e a sedução no auge do período intelectual e artístico de Paris. A beleza da obra, além da envolvente narrativa, permite ao leitor viajar por diferentes locais da cidade luz, como a Ponte Neuf, o Quai des Tuileries, a catedral de Notre-Dame e os Jardins de Luxemburgo. Outros lugares marcantes são o bairro boêmio de Montmartre, onde fica o glorioso Moulin Rouge, além de Grasse, a capital mundial do perfume, e os campos de lavanda de Provença. 

 É fora dos círculos de glamour que Charlotte conheceria o amor. Ao descer as escadas do Grande Teatro da Ópera de Paris, nem a arte, nem a beleza poderiam retratar o que aconteceria: 

Estou com o coração saltitante e aquela sensação que antecede os grandes eventos da vida. Meio que sem entender a euforia do pós-baile, desço as escadas – de braços dados com o aristocrático Armand de Chermont -, quando, numa alucinação real, olho para baixo e avisto um quadro de autêntica pintura realista... Vejo um homem de semblante iluminado: olhos azuis ofuscantes e um sorriso maior que a noite! Ele é alto, forte, de cabelos lisos e um tanto compridos, sem corte, e ares meio largados. Usa uma boina marrom, veste uma capa renascentista e tem um cavalete com uma tela diante de si, pintando com liberdade em frente à Ópera de Paris. P.55

 Mas a sofisticada e herdeira da Chermont Parfumerie, Charlotte, mal sabia que um antigo segredo poderia colocar em risco viver essa paixão.  Nesta trama, que mistura surpresa, encanto, medo, ameaça, sensualidade e êxtase, o leitor irá se fascinar com o desfecho deste romance.

 O tema do amor, como um sentimento livre, mais forte do que qualquer sociedade e suas convenções, também estará nos próximos livros da coleção Amores Proibidos. 

Sobre a autora: Sayonara Salviolli é romancista, dramaturga, biógrafa, contista e cronista. Suas crônicas são estudadas na Miami University (Oxford – OH, USA) desde 2012. Como romancista, em 2015 lançou em Portugal obra também passada no século XIX. É membro de academias de Letras no Brasil e na França.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado da novidade.
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Resenha: livro "Confissões de adolescente", Maria Mariana

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "Confissões de adolescente", escrito pela Maria Mariana e publicado pela antiga Editora Agir, atual HarperCollins Brasil. O livro traz trechos do diário de Maria Mariana que foram adaptados para uma peça teatral que estreou em 1992 e fez tanto sucesso que virou filme há poucos anos.

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 Eu nasci em 1991, então, ouvi falar de "Confissões de adolescente" praticamente a minha vida toda, e depois do lançamento do filme eu fiquei curiosíssima para ler o livro, comprei em uma promoção e ele ficou parado algum tempo na minha estante até que consegui encaixá-lo na segunda semana temática da Maratona Literária de Inverno, cujo tema era "livros hype", livros muito comentados.

 Eu li "Confissões de adolescente" em poucas horas, é um livro bem curtinho, mistura de peça teatral e diário, com alguns extras como fotos, depoimento do pai da Maria Mariana sobre como foi a experiência de adaptar os escritos da filha para o palco e uma lista de conselhos que a autora, agora adulta, daria para ela mesma quando adolescente.

 Imagino que para uma peça teatral, o texto seja muito bom, pois aborda de forma bem humorada os conflitos da adolescência, desde o seu início até o final: o primeiro beijo, os amores, a escola, contato com o mundo das drogas, gravidez não planejada, a busca por descobrir seu lugar no mundo. Segundo o pai da autora, a peça tocava tantas pessoas pela forma como os temas eram abordados com sinceridade, com naturalidade, fazendo com que os pais quisessem conversar com seus filhos adolescentes, e acredito que qualquer ajuda nesse diálogo entre gerações é importantíssima. No entanto, como livro, a sensação que tive ao finalizar a leitura foi de falta de aprofundamento; se você for ler, não espere uma história com começo, meio e fim, com personagens bem definidos, embora certamente vá se identificar com pelo menos uma das situações descritas. É uma leitura interessante também para observar como era ser adolescente há algumas décadas, quando ainda não vivíamos num mundo com uma presença tão forte da internet.

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 A edição que li foi comprada na Avon, é uma edição em formato econômico, com páginas brancas  e capa sem orelhas (não sei como é a edição normal), tem uma boa diagramação (margens, espaçamento e letras de bom tamanho) e vários detalhes como ilustrações e fotos. A capa ficou bonita, gostei da imagem, fontes e cores escolhidas. Não me lembro de ter encontrado erros re revisão.

 Alguns trechos:

 "Seu Aroldo, como é que o senhor não me avisa que eu saí de casa com uma toalha amarelo ovo enrolada na cabeça?" (página 54, cena onde a personagem usa drogas pela primeira vez e sai para encontrar com uma amiga mas esquece de tirar a toalha dos cabelos, era por isso que as pessoas pareciam tão sorridentes para ela na rua, o porteiro do prédio preferiu não comentar nada, já que adolescentes algumas vezes vestem coisas estranhas)

 "AMIGA 2 - Quantos anos?

 Trinta e quatro, cheira cocaína, come puta e dá porrada em mulher. Ah, mas ele é um anjo, sabe? É uma pessoa linda, você tem que conhecer. Você faz um favor pra mim? Liga pro meu pai e diz pra ele que eu fui ao cinema com você?!" (página 62, sobre se relacionar com caras mais velhos e com defeitos que não seriam aprovados pelo pai)

 "me desculpa se estou sendo desagradável, mas toma cuidado, leva o perigo a sério! Toma todos os cuidados. Há algo pelo qual valha a pena arriscar a sua vida? Talvez, talvez... Mas não pelo sexo, pelo sexo, não." (conselho de pai, que se preocupa ao ver a geração de sua filha correr riscos por causa da AIDS, que não era um problema em sua geração)

 "Se este negócio de fumar maconha fosse bom, eu te oferecia todos os dias no café da manhã, pois eu quero o melhor para você. Maconha faz muito mal. Posso dizer, pois tive que caminhar por lugares bem escuros, até chegar a esta conclusão." (página 125, conselho que Maria Mariana daria para ela mesma se pudesse voltar no tempo e fosse sua mãe)

 Enfim, esses são meus comentários sobre "Confissões de adolescente", um livro de leitura rápida, por ser o texto de uma peça de teatro, falando sobre dilemas adolescentes sem se aprofundar muito, mas certamente jogando luz sobre o tema.

 Detalhes: 126 páginas, ISBN: 9788522015893, Skoob (minha nota: 3/5). Onde comprar online: Submarino, Americanas.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Me contem: já tinha ouvido falar em "Confissões de adolescente"?

Até o próximo post!

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