Olá pessoal, tudo bem com vocês? No post de hoje venho comentar sobre a minha experiência de leitura com o livro "Garota Exemplar", escrito pela estadunidense Gillian Flynn e publicado no Brasil pela Editora Intrínseca em 2013. Vou evitar ao máximo os spoilers, para não estragar a leitura de ninguém. E todas as citações que estão na resenha são do Nick. Lembrando que "Garota Exemplar" é um dos três livros que estão sendo sorteados na promoção de aniversário do blog, se você se interessar por ele, clique aqui e participe do sorteio, está super fácil, mas corre que é só até dia 27/04.
Eu não lembro se foi a capa, se foi o autor escalado para o filme (que ainda não vi), se foi o título ou se foi a sinopse que me fez querer o livro. O fato é que no dia 4 de setembro de 2016, no dia seguinte ao meu casamento, eu entrei pela primeira vez em uma livraria e finalmente comprei meu exemplar de "Garota Exemplar", um livro que tem na contracapa a expressão "O casamento mata"!
"Era suficiente estar perto dela e ouvi-la falar, nem sempre importava o que ela estava dizendo. Deveria, mas não importava." (página 29)
Ele é narrado em parte por Nick Dunne, um homem de trinta e poucos anos, um jornalista que perdeu o emprego por causa do enfraquecimento da mídia impressa após a internet ganhar espaço. Amy, sua esposa, também perdeu o emprego, ela fazia testes de comportamento para revistas. Como a mãe de Nick estava doente, ele resolveu abandonar Nova York e voltar para sua terra natal, o Missouri, e Amy, mesmo não gostando muito da ideia, foi com ele. Lá, Nick abriu um bar com sua irmã gêmea, a Go (amo livros onde há irmãos, gostei bastante da relação dele com a Go).
No dia do quinto aniversário de casamento de Nick, Amy desapareceu, e com o andar das investigações, ele se tornou o principal suspeito, pelo seu comportamento "estranho", e especialmente pelo que estava escrito no diário de Amy. O livro é dividido em três partes, e a primeira gira em torno de saber o que aconteceu com Amy: se ela estava viva ou morta, se Nick tinha algo a ver com o desaparecimento dela e por que ele estava mentindo para a polícia.
"Era minha quinta mentira à polícia. Eu estava apenas começando." (página 48)
Ao longo da leitura, é possível ver que a Amy e o Nick eram duas pessoas com expectativas diferentes, com personalidades distintas, mas que tinham sido afetados pela criação que tiveram, pela relação com os pais. Nick sempre queria evitar o confronto, queria agradar todo mundo. Algumas horas dava pena deles, em outras dava raiva.
"(...) no meu porão-barriga há centenas de garrafas de fúria, desespero, medo, mas você nunca diria isso ao olhar para mim." (página 48)
Não foi uma leitura que me prendeu logo de cara, a escrita da autora é boa mas não me fez ficar vidrada na leitura num primeiro momento, mas conforme eu fui lendo, fui ficando boquiaberta com o desenrolar da história. É importante que fique claro que não é um livro só sobre casamento, é sobre outra coisa, sobre um elemento sem o qual a história não existiria. Ao final, eu estava chocada! Me coloquei no lugar de um determinado personagem e a sensação foi extremamente desesperadora, eu nunca conseguiria viver como esse personagem estava vivendo! Acho que agora eu posso ler qualquer livro pesado, qualquer livro de terror, cheio de crueldades, que nada vai me deixar tão apavorada quanto os acontecimentos de Garota Exemplar (o que não quer dizer que vocês também vão sentir a mesma coisa, isso é algo bem pessoal, para mim foi de um jeito e para vocês pode ser de outro).
"Não sei se a essa altura somos realmente humanos, aqueles de nós que são como a maioria de nós, que cresceram com TV, filmes e agora internet. Quando somos traídos, sabemos quais palavras dizer; quando um ente querido morre, sabemos quais palavras dizer. Quando queremos bancar o fodão, o espertinho ou o idiota, sabemos quais palavras dizer. Todos trabalhamos a partir do mesmo roteiro gasto.
É uma época muito difícil para ser uma pessoa, apenas uma pessoa real, de verdade, em vez de uma coleção de traços de personalidade escolhidos de uma interminável máquina automática de personagens.
E se todos nós estamos atuando, não pode existir algo como uma alma gêmea, porque não temos almas genuínas.
Chegara ao ponto em que parecia que nada importava, pois não sou uma pessoa de verdade, e ninguém mais é." (página 86)
Eu acho essa capa muito bonita (bem mais que a do filme), pela combinação de cores, pela lombada. As páginas são amareladas, a revisão está boa. É um livro grande, com margens e espaçamento de bom tamanho, e tem algumas partes, onde há trechos de coisas escritas por Amy, em que as letras são um pouco pequenas, mas nada que atrapalhe a leitura. No vídeo da Caixa de Correio de setembro dá pra ver mais detalhes da edição. Eu terminei a leitura numa noite de sábado, e precisava tanto desabafar sobre o livro, que no domingo de manhã gravei um vídeo curtinho sobre o livro, resumindo meu sentimento pós leitura, apertem o play para conferir.
Detalhes: 448 páginas, ISBN-13: 9788580572902, Skoob. Onde comprar online: Submarino, Americanas.
Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado do post. Me contem: já conheciam ou leram o livro ou alguma outra obra da autora? Seu comentário vale o livro "Ninfeias Negras" no Top Comentarista de abril, saiba aqui como participar.
Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado do post. Me contem: já conheciam ou leram o livro ou alguma outra obra da autora? Seu comentário vale o livro "Ninfeias Negras" no Top Comentarista de abril, saiba aqui como participar.
Até o próximo post!