Resenha: livro "Quase Rivais", J. Sterling

  Olá, pessoal! Tudo bem? Na resenha de hoje, venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Quase Rivais", escrito pela J. Sterling e publicado no Brasil pela Faro Editorial em 2020.

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 "- Só acho que, se você deve odiar alguém com base apenas no sobrenome da pessoa, deve pelos menos conhecer cada um dos motivos. Você percebe que tudo isso está estranhamente próximo de Romeu e Julieta? Vocês dois são até italianos?" (página 15)

 A narração é intercalada entre os protagonistas: James e Julia. Décadas atrás, os bisavós dos dois se desentenderam após uma aposta. Desde então, os Russo e os La Bella se odeiam.

 Mas James Russo não consegue sentir ódio por Julia. O que ele sente, desde a primeira vez em que a viu na casa ao lado, é amor. Julia nem quer pensar sobre esse amor, mesmo que se sinta atraída por ele, pois caso se aproximasse de James, o pai de Julia havia ameaçado deserdá-la e afastá-la do que ela mais amava: a vinícola La Bella, onde ela desenvolvia um trabalho premiado.

 "James era o demônio que poderia me fazer perder a vinícola e tudo pelo que eu tinha trabalhado a minha vida inteira. Ninguém valia aquilo. Fim da história." (página 16) 

 A cidade inteira sabe sobre a rivalidade entre as famílias, mas poucos conhecem ao certo como essa rivalidade começou. Até mesmo Julia não entende o motivo de tanto ódio, porém segue tentando se manter longe de James. Só que ele está determinado a finalmente ter uma chance com Júlia, será que James conseguirá? Ou a história dos dois seguirá o mesmo rumo da famosa história de Romeu e Julieta?

 "Ser criado não só para odiar, mas também para ficar longe da única garota que estrelara todas as minhas fantasias de adolescente tinha sido a desgraça da minha existência. Você tem alguma ideia de como é difícil 'ficar longe' da garota da porta ao lado?
 Quero dizer, literalmente.

 A linha divisória da minha propriedade termina onde começa a dela. Acres de vinhas dividem a Vinícola La Bella da dos Russos, mas não nossas casas. Você pensaria que, com toda essa terra, nossos bisavós teriam construído as casas principais para ter algum isolamento e privacidade, mas não: os idiotas praticamente construíram uma em cima da outra." (página 19)

 Eu estava super curiosa para ver como a autora usaria o clássico Romeu e Julieta como base para a história de "Quase Rivais", e especialmente curiosa para conferir se e como chegaríamos ao final feliz. No final, gostei bastante do caminho que a autora usou para conduzir o enredo. J. Sterling conseguiu me manter presa na história, querendo entender como exatamente as famílias se tornaram rivais.

 Os protagonistas já são adultos mas há um certo ar de romance adolescente, com os personagens tendo suas inseguranças em relação ao amor e à família.

 Eu achei super interessante termos o mundo dos vinhos como pano de fundo para a trama, as competições pelo melhor vinho, o cuidado com as embalagens... Ficou visível o amor dos personagens (especialmente da Julia) por suas vinícolas.

 Gostei muito da relação de James e Julia com seus melhores amigos, respectivamente: Dane e Jeanine, tivemos bons diálogos entre o quarteto.

 Com pouco mais de 150 páginas, "Quase Rivais" é um romance que pode ser lido rapidamente e que eu recomendo para quem curte releituras e histórias com "casais gato e rato", um mocinho determinado e uma rivalidade de décadas.

 Minha citação favorita e que acho que passa a mensagem do livro:

 "Se continuar a viver sua vida em função de todos os outros, então não estará vivendo para você mesma. E receio que você olhe para trás e se odeie por isso um dia. Em algum momento, você tem que parar de se preocupar com quem está decepcionando e perceber que, toda vez que vai contra o seu coração, está decepcionando a si mesma. E isso é bem pior." (página 94)



 Sobre a edição: mesmo que os personagens não se pareçam fielmente com os retratados na capa, eu gosto das cores e fontes escolhidas, e a parte interna é colorida. As páginas são amareladas, há alguns erros de revisão, a diagramação traz letras, margens e espaçamento de bom tamanho, além de detalhes nos inícios dos capítulos.

 Mais algumas citações:

 "Abaixar as armas não é uma opção na minha família. Mesmo se eu quiser - o que eu não quero -, isso não seria permitido. Meu pai me deserdaria por completo e me faria mudar meu sobrenome antes que ele perdoasse um Russo." (página 10)

"- (...) Por que acha que ele nunca ficou em um relacionamento sério antes? Provavelmente pelo mesmo motivo que todos os seus falharam.

 Sinto como se minha cabeça fosse explodir com a revelação.

 - Do que é que você está falando? - Olho para a minha amiga como se duas cabeças tivessem surgido nela. - Meus relacionamentos não falharam - digo meia na defensiva. - Não é minha culpa se todo cara que eu namoro parece estar mais interessado na minha vinícola do que em mim.

 - Você nem dá uma chance para eles. Eles estão fora da corrida antes mesmo de começar a correr. Uma palavra errada e você já dá uma cortada. E nós duas sabemos que isso é porque você quer o único cara que não pode ter." (página 11) 

 "Não tinha ideia de como fazer com que Julia parasse de me odiar e de me julgar por algo do qual eu nem sequer participei. Eu não tinha nem nascido quando nossos bisavós fizeram aquela aposta estúpida que arruinou a vida das nossas famílias. Eu não tinha nada a ver com isso, e ela também não. No entanto, Julia me desprezava como se eu tivesse queimado seus vinhedos com minhas próprias mãos.

 A parte mais irônica era o fato de que a família dela havia ganho a aposta. Então, se alguém tinha que odiar alguém, era eu." (página 24)


 Detalhes: 160 páginas, ISBN-13: 9786586041149, tradução: Ricardo Lelis, leia trechosSkoob, Clique para comprar na Amazon:

 Por hoje é só, espero que tenham gostado da resenha.

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Até o próximo post!
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Um comentário

  1. Oi
    que bom que curtiu a leitura, por ser um livro curtinho eu tenho vontade de ler, parece ser gostosinha de se ler.

    http://momentocrivelli.blogspot.com/

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