Resenha: livro "A Lista Negra", Jennifer Brown

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "A Lista Negra", escrito por Jennifer Brown e publicado pela Editora Gutenberg em 2012.

 "Meu Deus", pensei. "A Lista. Ele está pegando as pessoas que estavam na Lista Negra." Comecei a andar de novo, só que, daquela vez, era como se estivesse correndo na areia. Meus pés pareciam pesados e cansados; era como se alguém tivesse amarrado algo ao redor do meu peito que me impedia de respirar e, ao mesmo tempo, me puxava para trás. Nick começou a erguer o revólver de novo. (página 66)

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 A história é narrada em primeira pessoa por Valerie, que tem que voltar ao Colégio Garvin, onde cursa o Ensino Médio, após algum tempo afastada. Val estava sem frequentar a escola porque ouve um tiroteio no colégio. Val levou um tiro na perna. Quem atirou nela e em outros alunos foi Nick Levil que também estudava lá e era namorado de Val.

 Provavelmente vocês já devem ter visto alguma notícia de alunos dos Estados Unidos que, por sofrerem bullying, atiram em colegas na escola. É sobre isso que a A Lista Negra fala.

 Val e Nick sofriam bullying no colégio. Val começou a escrever o nome das pessoas que odiava em um caderno, fazendo uma lista negra, Nick viu essa lista e começou a acrescentar nomes. Era uma coisa dos dois. Até que numa certa manhã de maio que parecia ser como todas as outras, Nick entrou no colégio com uma arma e começou a atirar, ferindo e matando as pessoas que estavam na lista, balas perdidas acertando outras ao acaso. Foi horrível. Val tentou pará-lo, levou um tiro na perna, depois disso Nick se suicidou.

 - Muitas pessoas morreram, Valerie. Seu namorado, Nick, as matou. Você tem alguma ideia do porquê? -, perguntou.
 Pensei naquilo. Em tudo o que eu recordara do que tinha acontecido na escola, nunca me ocorreu perguntar a mim mesma o porquê. A resposta parecia óbvia. Nick odiava aquelas pessoas. E elas o odiavam. Era por isso. Ódio. Socos no peito. Apelidos. Risadas. Comentários depreciativos. Ser empurrado de encontro aos armários quando passava. Eles o odiavam e ele os odiava e de algum modo acabou daquele jeito, com todo mundo morto. (página 92)

 No livro, vemos como era a vida de Val antes do tiroteio, conhecemos os dois lados de Nick: o garoto fascinado pela morte e o namorado carinhoso de Val, as agressões que eles sofriam e que faziam com que odiassem algumas pessoas; vemos Valerie tentando lidar com o mundo depois do acontecido, sendo vista como heroína por um lado, como culpada e mentora do ataque pelo outro, como uma garota que precisava de ajuda e como uma garota má. E nem mesmo ela sabe ao certo o que é.

 A verdade era que não conseguia me sentir grata, não importa o quanto tentasse. Em alguns dias, não podia nem mesmo dizer como me sentia. Às vezes triste, às vezes aliviada, às vezes confusa, às vezes incompreendida. E muitas vezes brava. Pior: não sabia com o que estava mais brava, se comigo mesma, se com Nick, se com meus pais, com a escola, com o mundo todo. E tinha a pior raiva de todas: raiva dos alunos que morreram. (página 15)

 Posso fazer uma lista considerável de livros que li e que falavam sobre suicídio, bullying, depressão e luto. Até certo ponto A Lista Negra me parecia com todos esses outros livros, mas ao avançar na leitura, fui vendo o quanto ele é excepcional. Diferente de outras histórias, Val não iria simplesmente encontrar novos amigos ou um novo amor e seguir em frente, A Lista Negra é o mais realista e o mais forte livro que li nos últimos tempos.

 Inicialmente, Val seria uma garota que não estaria na minha turma, até que percebi que ela, assim como Nick e os outros adolescentes, só estavam fazendo o que a maioria dos adolescentes fazem: tentando achar sua turma. E nessa tentativa, fazemos coisas estúpidas, dizemos coisas que nem sempre refletem nossos reais pensamentos, não vemos as coisas como elas realmente são. Val não conseguiu perceber que o que para ela era só uma forma de desabafar, para Nick era um plano. Os pais de Val não conseguiam perceber quem realmente era a filha que tinham, detestei-os em várias ocasiões.

 Val foi minha personagem favorita, desejei intensamente que ela tivesse um final feliz. O Doutor Hieler (terapeuta de Val) também foi um personagem que gostei, se ela tivesse caído nas mãos de alguém menos incrível, não sei qual teria sido seu percurso.

 Poe contou histórias sobre morte. Stephen King contou histórias sobre morte. E nenhum deles estava pregando assassinatos.
 Por isso nem mesmo percebi quando a conversa ficou séria. Não percebi quando se tornou pessoal. Não percebi que as histórias do Nick se tornaram narrativas de suicídio. De homicídio. E as minhas também. Só que, até onde eu sabia, ainda estávamos falando de ficção.
 Quando folheei os e-mails que o detetive Panzella me deu no primeiro dia em que veio me ver, fiquei perplexa. Como não pude perceber? Como não percebi que os e-mails contavam uma história alarmante que teria assustado qualquer um? Como não pude perceber que a conversa do Nick foi da ficção para a realidade? Como não pude ver que as minhas respostas, ainda que fictícias na minha cabeça, fariam com que todos pensassem que eu também estava obcecada pela morte? (página 111)

 Talvez ela, como eu, visse e revisse a cena na cabeça, mais de um milhão de vezes: o professor Kline, o professor de Química, usando seu corpo para, literalmente, escudar uma dúzia de alunos. Ele chorava. Saía ranho do nariz e seu corpo tremia. Ele abriu os braços de um lado ao outro, como Cristo, e balançava a cabeça para Nick, desafiante e, ao mesmo tempo, apavorado.
 Eu gostava do Kline. Todos gostavam dele. Kline era o tipo de cara que iria à sua festa de formatura. O tipo de cara que parava para conversar com você no corredor, não era nada como aquele "olá, jovem", com que o diretor Angerson nos saudava. Kline costumava perguntar: "Ei, e aí? Está andando na linha?". Kline fecharia os olhos se visse você tomando uma cerveja escondido no restaurante. Kline daria sua vida por você. Todos nós meio que sabíamos que ele era capaz disso. Agora, o mundo inteiro sabe que Kline foi mesmo capaz disso. (páginas 46 e 47)

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 É o primeiro livro da Editora Gutenberg que leio. Gostei da capa, que tem algumas áreas em alto relevo. As páginas são amareladas; a diagramação, assim como a revisão, está boa: fonte, margens e espaçamento de bom tamanho.

 Enfim, A Lista Negra é um livro que gostei e que recomendo. Como disse anteriormente, ele se destaca por ter um desfecho mais realista do que outros livros com temática semelhante. Gostaria de ter mais detalhes sobre algumas coisas; com uma história tão forte, o livro poderia ter mais páginas, mas após terminar a leitura com um nó na garganta e lágrimas nos olhos, não poderia dar outra nota para o livro que não fosse a nota máxima. Há pessoas más no mundo, há ódio no mundo, mas isso não é tudo .

 Detalhes: 272 páginas, ISBN-13: 9788565383110, Skoob (média de notas: 4,4/5, minha note: 5/5), leia um trecho. Onde comprar online: SubmarinoAmericanas.

 - O tempo nunca acaba -, sussurrou, sem olhar pra mim, mas mirando minha tela. - Como sempre há tempo para a dor, também sempre há tempo para a cura. É claro que há. (página 179)

 Eu poderia ter escolhido um livro mais alegre para resenhar no último dia do ano, mas a A Lista Negra foi uma das minhas melhores leituras de 2015 e eu super recomendo, então, esse foi o último post de 2015. Desejo a todos vocês um 2016 maravilhoso, melhor que 2015, e que histórias como as de Valerie possam ser cada vez mais apenas ficção.

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Resenha: livro "Para sempre", Ana Maria Machado

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "Para sempre", escrito pela carioca Ana Maria Machado e publicado pela editora Alfaguara.

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 Em Para sempre, a autora usa as histórias de Nelson e Suzana e de Antônia (filha do casal) e Daniel para discutir a ideia dos amores eternos. Nelson se encantou por Suzana desde a primeira vez em que a viu, eles se casaram, tiveram filhos e se amavam, até que surgiu uma mulher bem mais jovem e a relação do casal desandou. Antônia, vendo a situação que os pais vivenciavam, tentou resistir ao sentimento que nutria por Daniel, mas o amor falou mais alto. Um amor forte, ainda assim, insuficiente para evitar os problemas que surgem em todo relacionamento com o passar dos anos.  

 "Mas de qualquer modo, com ou sem eternidade, o fato é que esse amor pode não ser considerado tão eterno assim, porque, afinal de contas, começa. Quer dizer, não tem vida eterna - porque antes ouve um momento em que não existia. E nem sempre nesse início dá para se saber que é amor - quanto mais se é para sempre e outras categorias ligadas a essa ideia." (página 7)

 Quem não quer um amor que dure para sempre? Encontrar alguém especial, amar em todos os aspectos e até o fim da vida! Por mais que alguns não digam, essa ideia e essa busca pelo amor eterno está presente em nossa sociedade: no cinema, nos livros, na poesia, na música... Mas, infelizmente, o que vemos na vida real são relacionamentos que não são felizes para sempre. É assim desde antes do milênio passado e parece que continuará sendo assim (a diferença é que, nos dias de hoje, quando uma relação não dá mais certo, há a possibilidade da separação).

 "Na vida real e moderna, entre pessoas que domesticaram as emoções primitivas porque se querem educadas e civilizadas, o caminho que resta ao sofrimento da rejeição é ser lentamente purgado em impotência, vivido como luto da perda, entregue ao tempo. Na esperança que o tempo aja logo, de que a traição deixe de clamar por justiça, de que o amor afinal não seja eterno e não resista tanto assim, de que a dor seja aplacada ou capaz de se transformar simbolicamente em qualquer outra coisa mais suportável, antes que só lhe reste virar doença fatal." (página 88)

 Já havia lido outros livros da autora na época do colégio (Bisa Bia, Bisa Bel é um dos meus preferidos), mas já fazia muito tempo e eu não tinha certeza sobre como era a escrita da autora. Fluida, boa de se ler; Ana Maria Machado não ganhou o Prêmio Hans Christian Andersen à toa! Ela realmente sabe usar as palavras para defender suas ideias, usa trechos de outras obras para exemplificar seus argumentos.

 Qualquer um que já tenha se apaixonado ou tenha ouvido a história de algum apaixonado, certamente vai se identificar e concordar com a forma que a autora descreve o amor, e também a dor de um coração partido, mas essa, quem já viveu entende melhor.

 "E cada amante rejeitado tem que fazer do coração tripas e descobrir sozinho um jeito de se purgar e expelir o que antes o alimentava. Desta vez, sem a ajuda dos poetas românticos, tão fecundos na hora das promessas de eternidade...
 (...)
 Não, não era nos poetas que Susana devia buscar consolo. Não encontraria. Voluvelmente, estavam sempre celebrando os amores novos." (página 89)

 Por mais que eu saiba como é a vida real, foi impossível não torcer para que a próxima página trouxesse a esperança de um final feliz, de uma redenção para alguns personagens. Ao fim da leitura, não só eu, mas também outros leitores devem ter ficado torcendo para que os relacionamentos amorosos de suas vidas sejam diferentes, sejam para sempre. Acho que é algo que já está enraizado dentro de nós.

 Creio que a mensagem final da autora seja a comprovação de que o amor é para sempre, não importa quantas décadas se passem, sempre haverá pessoas se encontrando, se apaixonando e desejando que aquele amor dure para sempre. Talvez não seja eterno, talvez não seja até o fim dos dias, mas foi amor!

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 Sobre a parte visual, a capa é simples e segue o padrão de capas da editora, mas eu gostei e achei bonita. As páginas são amareladas e com uma textura porosa. A diagramação é boa: com marges grandes, espaçamento e fonte de bom tamanho. É um livro pequeno, que pode ser lido em um dia.

 Detalhes: 128 páginas, ano: 2011, Skoob. Onde comprar online: Americanas, Submarino.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Alguém aí já leu algo da autora?

 Ainda não sei ao certo se esse é ou não o último post do ano. De qualquer forma, já lhes desejo um feliz ano novo e que 2016 seja um ótimo ano para nós!

Resenha: livro Para Sir Phillip, com amor, Julia Quinn

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "Para Sir Phillip, com amor", escrito pela Julia Quinn e publicado no Brasil em 2015, pela Editora Arqueiro.

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 O livro é narrado em terceira pessoa e conta a história de Eloise Bridgerton, a quinta dos oito irmãos Bridgertons. Ela tinha 28 anos e com essa idade, era considerada uma solteirona, mas não se importava, pois ela não era a única. Sua melhor amiga, Penélope, tinha quase a mesma idade que ela e também era solteira. Até que Penelope se casou! E com um irmão de Eloise! Ela ficou muito contente pela amiga e pelo irmão, mas começou a pensar que ter um companheiro poderia ser algo bom. Ela não queria mais ser sozinha, queria experimentar a felicidade que seus irmãos mais velhos também tinham.

 O hobby preferido de Eloise era escrever, principalmente cartas. Havia mais ou menos um ano que ela vinha trocando cartas com Sir Phillip, um viúvo que foi casado com uma prima de quarto grau de Eloise. Na época do falecimento da prima, Eloise mandou uma carta de condolências para Sir Phillip, e eles continuaram se comunicando, até que Sir Phillip lhe fez uma proposta: convidou-a para ir até sua propriedade para que se conhecessem, e, caso achassem conveniente, se casassem.

 E aquela inquietação, aquela vontade de mudar de vida, que Eloise sentia foi se tornando mais forte a cada dia, o que a fez decidir sair de casa escondida e ir para a propriedade de Sir Phillip.

 "Mas agora Penelope tinha Colin, e Eloise podia  ver que encontrar seu companheiro era algo maravilhoso. E ela estava sozinha. Sozinha em meio a uma Londres cheia de gente, em meio a uma família grande e amorosa.
 Era difícil imaginar um lugar mais solitário.
 De repente, a proposta ousada de Sir Phillip – escondida no final de sua pilha de cartas amarradas, no fundo da gaveta do meio, e trancada em um cofre recém-adquirido, para que Eloise não ficasse tentada a ler a carta um monte de vezes por dia – parecia, bem, um pouco mais intrigante." 

 O que ela não sabia até então era que Sir Phillip tinha dois filhos: um casal de gêmeos de 8 anos que eram dois pestinhas, que faziam muita bagunça em casa e apavoravam os empregados. Phillip não havia sido feliz no primeiro casamento, sua falecida  esposa vivia triste e morreu de forma trágica. Phillip queria se casar novamente para dar uma mãe para seus filhos, para que alguém desse um jeito neles, já que ele não se considerava um bom pai. A única qualidade que Phillip buscava em uma esposa, era que ela fosse alegre, diferente se sua primeira mulher.

 O choque foi grande quando ele bateu os olhos em Eloise, ela não se parecia com uma solteirona desesperada o suficiente para se casar com ele e assumir seus filhos. Ele precisava dela muito mais do que ela precisava dele. E ele precisaria encontrar um jeito de convencê-la a aceitar se casar com ele. O que não seria nada fácil, levando em conta os filhos que ele tinha e o fato de Eloise ter fugido de casa (o que garantiu uma participação bem divertida e barulhenta de todos os 4 irmãos da Eloise).

 "E se havia uma coisa marcante a respeito de Eloise era que, quando ela tomava uma decisão, agia com rapidez. Não, ponderou ela com uma demonstração impressionante (em sua opinião, pelo menos) de honestidade; havia duas coisa marcantes em suas ações - ela gostava de agir com rapidez e era persistente. Penelope uma vez dissera que ela parecia um cachorro agarrado a um osso.
E Penelope não estava brincando." (página 26)

 No restante da história acompanhamos a trajetória de Phillip para se tornar um pai melhor, sua busca por entender o que motivou Eloise a ir encontrá-lo e, claro, o surgimento do amor entre eles. O caminho dos dois para uma felicidade que eles não imaginavam que poderiam alcançar.

 Eu gostei muito do livro! Eloise é a mais falante e extrovertida dos Bridgertons, inteligente, determinada e corajosa. Phillip é diferente dos homens refinados de Londres, queria ser um pai melhor do que o seu pai foi; excetuando-se a época em que esteve na escola, toda a sua vida foi sem alegria, mas isso não o tornou amargo, pelo contrário, ele passou a valorizar as pequenas coisas boas da vida.

 Sobre a parte visual do livro: eu acho a capa muito bonita. A diagramação segue o bom padrão da Arqueiro: margens, espaçamento e letras de bom tamanho. As folhas são amareladas. E se há algum erro de revisão, eu não encontrei.

 Julia Quinn construiu uma história linda, com muito amor, além de sua narrativa bem humorada, uma característica presente em suas obras. A leitura fluiu super bem. Para Sir. Phillip, com amor é o 5° livro da série de romances de época Os Bridgertons (com 6 livros já lançados no Brasil, cada um conta a história de 1 dos 8 irmãos e podem ser lidos tranquilamente fora de ordem). "O Visconde que me amava", o segundo da série, continua sendo o meu favorito, mas Para Sir. Phillip, com amor vem logo após ele em minha ordem de preferência.

 Recomendo Para Sir. Phillip, com amor até mesmo para quem não tem o hábito de ler romances de época, porque os personagens foram tão bem construídos que se tornaram praticamente atemporais. Recomendo também para quem procura um romance divertido e gostoso de se ler.

 Detalhes: 288 páginas, ISBN-13: 9788580413625, Skoob. Onde comprar online: SubmarinoAmericanas.

 Confira as resenhas dos outros livros da série (clique nos títulos):
"O Duque e Eu"
"O visconde que me amava"
"Um perfeito cavalheiro"
"Os segredos de Colin Bridgerton"

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Qual dos Bridgertons é o seu preferido?

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Resenha: livro "A rainha da neve", Michael Cunningham

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "A rainha da neve", escrito por Michael Cunningham e publicado em 2015 pela Editora Bertrand Brasil.


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 "O universo só pisca para aqueles nos quais ninguém acredita." (página 244)

 O livro é narrado em terceira pessoa e neles conhecemos os irmãos Tyler e Barrett. A história se inicia no ano de 2004 e se passa nos Estados Unidos. Tyler é irmão o mais velho (e sempre foi o mais bonito dos dois), está na casa dos 40 anos, é músico e quer compor uma canção especial para o dia de seu casamento com Beth, sua noiva que está com câncer, Tyler acha que usando drogas terá mais inspiração para sua música. Barrett é o caçula, com 30 e poucos anos, gay, acaba de ter mais um relacionamento amoroso terminado.

 "Na noite passada o céu despertou, abriu um olho e viu nem mais nem menos que Barret Meeks a caminho de casa vestindo um sobretudo estilo cossaco, de pé no solo gelado do Central Park. O céu o encarou, notou-o, fechou novamente o olho e voltou ao lugar onde, conforme Barrett pode apenas imaginar, estão os sonhos mais reveladores, incandescentes e galácticos." (página 26)

 Num dia, enquanto volta para casa onde mora com Tyler e Beth, Barrett vê uma luz no céu, não a luz de um avião ou de uma estrela cadente, mas uma luz especial. Seria um sinal? Algo sobre a doença de Beth? Ao que parece, ninguém mais viu essa luz, e a visão de Barrett passa a ser um segredo dele, um segredo difícil de guardar. 

 Mas como ele poderia contar sobre a luz para seu irmão, quando Tyler já tem que lidar com a doença da noiva e com seu vício em drogas? Seria certo correr o risco de o irmão achar que Barrett pudesse estar com problemas mentais e ter mais uma preocupação? Mas como esconder algo tão fantástico de seu melhor amigo e confidente durante toda a vida?

 "- Você fala igual à mamãe.
 Barrett diz:
 - Eu sou igual à mamãe. E quer saber? Na verdade não vai fazer diferença se a canção não for boa. Não para Beth.
 - Vai fazer diferença para mim.
 A solidariedade de Barrett transparece em seus olhos, que escurecem ao fitar Tyler, do jeito como acontece com o pai de ambos. Embora o pai não seja um pai especialmente talentoso, esse é um de seus talentos. Ele tem a habilidade, quando necessário, de encenar essa pequena mudança no olhar, aprofundá-lo e dilatá-lo, como se dissesse aos filhos: Vocês não precisam ser mais do que são neste exato momento." (página 41)

 Talvez Liz, patroa de Barrett e sócia de Beth pudesse ser uma opção para compartilhar o segredo, mas Liz tem um jeito diferente de ser. Se relaciona com caras mais jovens e parece durona, mas será que ela é mesmo tão durona assim?

 Eu quis ler A rainha da neve porque achei a capa linda quando vi o livro entre os lançamentos da editora. O fato de o autor ter vencido o Prêmio Pulitzer também contribuiu, assim como o título que chamou minha atenção, e eu tenho que dizer que valeu muito a pena ter lido A rainha da neve!

 Em termos de trama, de história, o livro é simples: fala sobre câncer, drogas, política, amizades, sem se aprofundar demais em nenhum assunto, mas o encantamento do livro, para mim, está na capacidade do autor de fazer com que nos identifiquemos com os personagens. Enquanto eu lia, ficava fascinada ao constatar o quanto eu, com 24 anos, moradora de uma cidadezinha minúscula do Brasil, universitária, podia ter sentimentos, anseios e pensamentos tão parecidos com os de Tyler e Barrett, norte-americanos, mais velhos... Nossas diferenças são muitas, mas a vontade de cuidar dos irmãos e de quem amamos é muito parecida. Assim como aquelas ideias que me acompanham e que, creio, ocorram também a todos os seres humanos: "será que eu vou fazer parte de alguma coisa especial?", "será que eu vou deixar alguma marca importante na Terra", "será que eu fui escolhido(a) para algo único e determinado acontecimento é um sinal?".

 Barrett passa boa parte do livro tentando entender qual o significado da luz que ele viu, Tyler faz dos cuidados com Beth a sua missão na vida, além de sua fixação sobre quem vai ser o próximo presidente dos Estados Unidos. Tyler cuida de Beth, de Barrett (como sua falecida mãe pediu), sabe que o irmão caçula é especial, mas não cuida de si próprio e continua usando drogas. Barrett procura um sentido para sua vida, se não um sentido, ao menos os motivos que fazem seus relacionamentos amorosos não durarem e um pouco mais de autoconhecimento.

 "É isso. Na verdade é isso. Tyler quer que todos que ele conhece se mostrem igualmente indignados e virulentos. Está cansado de se sentir tão só." (página 150)

 "Não é que Barrett não tenha perguntas. Quem não tem? Mas nada que demande respostas de um profeta ou oráculo. Mesmo se tivesse a chance, será que haveria de querer que um discípulo corresse calçando apenas meias por um corredor sombrio e interrompesse o vidente com a finalidade de perguntar por que todos os namorados de Barrett Meeks acabam se revelando nerds sádicos? Ou que tipo de ocupação finalmente há de manter Barrett interessado por mais de seis meses?" (páginas 26 e 27)

 Eu poderia ficar horas e horas falando sobre A rainha da neve e ainda teria muitas coisas para dizer, mas não quero estragar as emoções para os futuros leitores. Como já mencionei, os acontecimentos são aparentemente simples (excetuando-se a luz), e Michael Cunningham escreve de uma forma quase poética (fatores que talvez não agradem a todos os leitores), mas a história é daquele tipo que vai nos tocando aos pouquinhos e, no final, já não somos mais os mesmos.

 Gostei da forma como Beth, Tayler e Barrett se relacionavam com o apartamento super velho em que moravam, gostei da forma como a família que os três formavam foi retratada, uma família tão cheia de amor! E gostei de Barrett, de sua curiosidade (tão parecida com a minha) para descobrir se havia recebido um sinal ou não. E gostei também de seu "projeto Síntese de Absurdos", onde ele cataloga algumas reflexões culturais. Destaco a sobre Madame Bovary (livro que li e resenhei, mas não curti muito).

 "Acaso Flaubert não executou Emma pelo seu crime? Sim, mas, por outro lado, não. Flaubert não era um moralista... ou melhor, não teria apontado seu dedinho rechonchudo para Emma pelo crime de adultério. Era um moralista no sentido mais amplo. Estava, no máximo, escrevendo sobre um mundo burguês francês tão sufocante, tão apaixonado pela mediocridade respeitável... Emma vinha recebendo spams, certo? Não foi o adultério que a desgraçou, mas, sim, sua tendência a acreditar em tolices. Esse é o prazer de Barrett, sua busca incessante. O projeto Síntese de Absurdos. É um livro de recortes mental; uma árvore genealógica imaginária, não de ancestrais, mas de acontecimentos e circunstâncias e estados de desejo. Optou por partir de Madame Bovary simplesmente por ser seu romance favorito. Porque é preciso partir de algum lugar." (página 90)

 Abaixo, mais um trecho que gostei, sobre o pai dos rapazes:

 "Mas como o pai deles pôde deixar de ser o solícito penitente da mãe? O acordo sempre foi tão claro! Ela era o tesouro permanentemente em perigo (um raio a encontrou), estava estampado em seu rosto (a delicadeza branco-azulada de suas feições eslavas, que mais pareciam esculpidas à mão, o brilho de porcelana). O pai era o motorista autonomeado, o cara que monitorava seus cochilos, que ficava em pânico quando a mulher se atrasava meia hora; o garoto de meia idade que se sentava sob a janela da esposa na chuva até pegar pneumonia e morrer." (página 41)

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 Continuo achando a capa linda, embora imaginasse que ela seria menos esverdeada antes de ter o livro em mãos. A diagramação está boa, com margens, letras e espaçamento de bom tamanho, as páginas são amareladas e o livro está bem revisado.

 Encerro a resenha indicando o livro para todos os que gostam de histórias com uma narrativa mais poética ou de histórias sobre família e amigos. Ler A rainha da neve foi diferente do que eu imaginava, mais foi bom. Abaixo, um trecho (meu preferido) que pode sintetizar bem a mensagem do livro, além de ser uma grande verdade:

 "As pessoas são mais do que supomos que sejam. E são menos, também. O truque reside em lidar com ambos os aspectos." (página 139)

 Detalhes: 252 páginas, ISBN-13: 9788528620313, Skoob. Onde comprar online: Saraiva.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado do post. Alguém aí já leu A rainha da neve ou algum outro livro do autor?

 * A rainha da neve foi minha escolha para o  Desafio Literário Skoob de dezembro, o tema do mês era "Ganhadores de prêmios (livros/autores vencedores do Jabuti, Nobel, Pulitzer, etc)".

Até o próximo post!

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Lançamentos: Editora Draco

 Olá, pessoal, tudo bem? No post de hoje, venho mostrar as novidades da Editora Draco, confiram:

AS NOVIDADES DO DRAGÃO!

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O Despertar da Fúria, Eduardo Kasse

Doença, sofrimento e morte. Com a peste negra assolando a Europa, os poderosos da Igreja e da nobreza têm de encontrar alguém para acusar, fazendo o povo odiar um mal em comum. Só assim conseguirão manter o controle. E claro, os culpados sempre são os demônios. Os culpados somos nós.
O Despertar da Fúria é o quarto romance da Série Tempos de Sangue, de Eduardo Kasse, e narra como a terrível doença foi a causadora de histeria e milhares de mortes pela Europa medieval.
Vinda do continente pelo mar, a praga se espalha rapidamente pela Inglaterra, assim como as pilhas de corpos retirados dos casebres, das catedrais e dos castelos. A morte não faz distinção: ceifa a vida de jovens saudáveis e de velhos decrépitos com o mesmo ímpeto. Ricos ou pobres, não importa.
E, em meio ao medo e à descrença, Harold Stonecross continua seu caminho pelas sombras, sedento pelo cada vez mais escasso sangue fresco e puro. Contudo as trevas também se abaterão sobre o imortal, não pela doença, mas pelas mãos dos seus algozes, enquanto poderes ancestrais se reúnem na Inglaterra a fim de traçar o destino deles e da humanidade.
Autor: Eduardo Kasse
ISBN: 978-85-8243-128-3
eISBN: 978-85-8243-127-6
Gênero: Fantasia sombria, horror
Formato: 14 cm x 21 cm
Páginas: 232
Preço: R$ 39,90
R$ 19,90 (e-book)
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O Esplendor, Alexey Dodsworth

A luz esconde. A escuridão revela.
Aphriké é o nome de um planeta fadado à luz interminável. Um planeta considerado o único do universo, e habitado por uma raça telepática que desconhece o sono, o sonho e a privacidade. Convictos da eternidade de seu mundo, os aphrikeianos não desconfiam que tudo foi criado por R’av, um ser com poderes cósmicos e obcecado pela ideia de perfeição.
Mas mesmo um deus pode errar. Sobretudo se for um deus aprendiz e que desconhece o que realmente é.
Aprisionados a uma maldição alardeada por bárbaros liderados pela feroz Lah-Ura, os aphrikeianos nem desconfiam que seu paraíso está prestes a ser arruinado. Até que nasce uma aberração: um menino capaz de dormir. Uma pessoa capaz de, através dos sonhos, entrar em contato com Outromundo, um planeta como Aphriké, mas iluminado por um único sol amarelo. Considerado deficiente, este menino precisará se unir à letal Lah-Ura para, juntos, revelarem a verdade oculta da criação de Aphriké. Uma verdade que a luz esconde, mas que a escuridão revelará.
O Esplendor é um romance imaginativo e envolvente de Alexey Dodsworth. Quando a luz oculta a verdade, só um mergulho aos sonhos pode iluminar o mundo que nunca se apaga.
Autor: Alexey Dodsworth
ISBN: 978-85-8243-170-2
Gênero: Ficção científica
Formato: 14 cm x 21 cm
Páginas: 404
Preço: R$ 59,90
R$ 24,90 (e-book)

DRACOMICS, OS QUADRINHOS DO DRAGÃO

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Zikas – v. 1, Alessio Esteves, Raphael Fernandes e Junior Ferreira

Rolezinho, periferia e… fantasia medieval?!
Em um mundo habitado por elfos, orcs, anões, gnomos e outras criaturas fantásticas, o reino de San Paolo é repleto de problemas. A Milícia Pública combate o crime e tenta manter a ordem, mas quando alguém precisa resolver algo para valer, é melhor chamar um zika!
Conheça Barone, um orc cansado de ser apenas um ajudante geral de um boteco na periferia e pretende ser o maior zika que o reino já viu. Para isso, conta com a ajuda do anão hipster Muralha, da orc cabeleireira Latiffa e do gnomo mal-humorado Jay.
Zikas é escrito por Alessio Esteves e Raphael Fernandes, e ilustrado por Junior Ferreira. Uma verdadeira paródia da vida nas grandes metrópoles brasileiras, com raças e classes sociais que seriam cômicas se não fossem trágicas.
Vivencie batalhas épicas ao som de funk ostentação, explore masmorras que são shoppings e aprenda a lidar com as autoridades. Humor, aventura e muito jeitinho brasileiro!
Roteiro: Alessio Esteves e Raphael Fernandes
Desenhos: Junior Ferreira
ISBN: 978-85-8243-165-8
Gênero: mangá, comédia, aventura
Formato: 14cm x 20cm
Páginas: 96 PB
Preço de capa: R$ 19,90 (papel)

Resenha: livro "O poder verdadeiro", G. Brasman e G. Norris

 Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "O poder verdadeiro", dos escritores brasileiros G. Brasman e G. Norris, publicado pela Verus Editora em 2010. O poder verdadeiro é o primeiro livro da saga Crônicas dos Senhores de Castelo, da qual eu já havia lido o livro 3, Maré Vermelha (clique aqui para ver a resenha). Por ter gostado do 3° volume, quis ler os livros anteriores.

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 "- Viajei por muitos mundos. Vi muitas coisas, boas e más, mas nunca vi tanto poder reunido em tão poucos seres como nos Senhores de Castelo. E o que estes dois fizeram? Sacrificaram-se pelos outros. Passaram por desafios físicos e mortais apenas para assegurar a paz deste reino." (página 217)

 A Ordem dos Senhores de Castelo tem a missão de garantir a paz no Multiverso. O cavaleiro Kullat e o pistoleiro Thagir são uma dupla de Senhores de Castelo que recebem a missão de procurar a princesa Laryssa, que havia desaparecido.

 Laryssa era a princesa do reino de Agas'B. Ela havia fugido junto com Azio (seu fiel escudeiro, um autômato dourado, parecido com um robô) e um dos cavaleiros de seu reino. Dois senhores de castelo de Agas'B haviam desaparecido na busca pela princesa.

 Kullat e Thagir tiveram mais sorte e encontraram a princesa, que havia partido na intenção de descobrir como reativar a magia ancestral do Globo Negro, um artefato de grande poder. Só que outros seres estavam interessados no Globo Negro, o que deixava o grupo todo em perigo.

 Eu gostei bastante do começo do livro, depois a história me pareceu dar uma diminuída no nível e o final trouxe revelações bem surpreendentes. Por já ter lido o livro 3, eu já tinha um certo conhecimento sobre o universo da trama, mas com O poder verdadeiro pude compreender melhor algumas coisas. Laryssa e Azio, que como falei na resenha de Maré Vermelha, me pareceram meio desconectados da história do livro 3, tem papéis importantíssimos nesse primeiro livro. E eu até consegui gostar mais da princesa. Kullat e Thagir são uma dupla perfeita, que se completa, e o pistoleiro continua sendo um dos meus personagens preferidos.

 Pude perceber que ouve uma grande evolução do primeiro para o terceiro livro da série (ainda não li o segundo). A história de Maré Vermelha é muito mais elaborada, cheia de reviravoltas e de pontos que se ligam do que a história de O Poder Verdadeiro, que é mais simples (mas não menos boa, e tem quase a metade do tamanho do terceiro livro). Foi uma leitura relativamente rápida, quando eu estava chegando no final, pensei "mas já tá acabando?".

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 A revisão e a diagramação estão no mesmo nível do terceiro livro, com margens, fonte e espaçamento de bom tamanho, além de algumas ilustrações que nos auxiliam na hora de imaginar alguns personagens. Só as folhas me pareceram mais lisas (no terceiro, elas são mais porosas). A capa segue o mesmo padrão, nela, temos retratado o Kullat, e o nome da saga está em alto relevo.

 Detalhes: 236 páginas, ISBN: 9788576861058, Skoob. Onde comprar online: Submarino, Americanas.

 Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Alguém aí conhece a série? Fica a dica para quem procura um livro nacional de fantasia e de leitura rápida.



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