Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Iracema", clássico da literatura nacional, escrito pelo José de Alencar e publicado em 1865. Você pode apertar o play e conferir em vídeo ou continuar lendo:
A história é narrada em terceira pessoa e nos apresenta Iracema, filha do pajé dos tabajaras. Certo dia, na floresta, Iracema viu um ser que ela não sabia se era um homem branco ou um espírito mal. Na dúvida e agindo por impulso, Iracema pegou o arco e atirou uma flecha nele. Quando viu o sangue e percebeu que se tratava de um homem, Iracema foi se desculpar e ficou sabendo que o nome daquele rapaz era Martim, um português que tinha se perdido. Ela levou-o até a tribo, onde ele poderia descansar e se orientar para voltar à tribo vizinha onde tinha amigos.
"Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido." (página 13)
Porém, Iracema ficou apaixonada por Martim, despertando a fúria de outro guerreiro da aldeia que era interessado nela. Esse guerreiro incitou outros índios pra matar Martim, pois não aceitava que aquele homem branco estivesse como hóspede do pajé e sendo alvo da atenção de Iracema.
Martim também ficou atraído por Iracema, mas a jovem ocupava certo posto na aldeia, tornando o romance proibido e ele não queria arriscar a vida dela. Só que a Iracema era uma guerreira que ia atrás do que queria e não ia desistir fácil desse amor, mesmo que precisasse abrir mão de muita coisa. No decorrer dos capítulos, além das tentativas da Iracema de fazer o Martim sair vivo da aldeia e chegar num lugar seguro, também veremos o relacionamento dos dois se concretizando, sendo que eles são de mundo diferentes.
"- A tarde é a tristeza do sol. Os dias de Iracema vão ser longas tardes sem manhã, até que venha para ela a grande noite. (...)
A boca do guerreiro pousou na boca mimosa da virgem. Ficaram ambos assim unidos como dois frutos gêmeos do araçá, que saíram do seio da mesma flor." (página 30)
"Iracema" não foi o primeiro livro do José de Alencar que li; na época da escola, li "Senhora", um dos clássicos que mais gostei de ler entre todos os que peguei por vontade própria na biblioteca da escola. "Iracema" é curtinho, pode até ser uma leitura rápida, mas a linguagem é um pouco complicada, pois há muitas palavras que raramente vemos atualmente. Por outro lado, o autor faz muitas comparações com a natureza, e a forma como ele descreve os cenários pode ser encantadora.
Se a paixão instantânea da Iracema pelo Martim me incomodou um pouco, a personalidade determinada dela, o fato de ser uma mocinha que sabe se defender sozinha e que ainda por cima defende e salva o Martim, sendo a heroína da história, me agradou bastante. Imaginem, em pleno século dezenove, uma personagem feminina que não tem medo de lutar e é mais esperta e ágil que o mocinho! É interessante e incomum. Uma pena que ela seja a única personagem feminina do livro.
"- Aonde vai o guerreiro branco?
- Ao encontro de Poti.
- O hóspede de Araquém não pode sair desta cabana, porque os guerreiros de Irapuã o matarão.
- Um guerreiro só deve proteção a Deus e a suas armas. Não carece que o defendam os velhos e as mulheres.
- Que vale um guerreiro só contra mil guerreiros? Valente e forte é o tamanduá, que mordem os gatos selvagens por serem muitos e o acabam. Tuas armas só chegam até onde mede a sombra de teu corpo; as armas deles voam alto e direito como o anajê.
- Todo o guerreiro tem seu dia.
- Não queres tu que morra Iracema, e queres que ela te deixe morrer!
Martim ficou perplexo." (página 38)
Esse parágrafo contém SPOILER, então se não quer saber algo que Iracema faz, PULE PARA O PRÓXIMO PARÁGRAFO. Como já comentei, Martim não queria se envolver com Iracema porque isso quebraria uma regra que ela precisava seguir pra alguns rituais pelos quais era responsável na aldeia e tinha até algo sobre uma maldição. Então, mesmo se sentindo muito atraído por ela, Martim decidiu que não faria nada pra concretizar o romance. Ele pediu uma espécie de bebida alucinógena que havia na aldeia pra conseguir dormir. Tomou essa bebida e achou que estava sonhando que estava fazendo amor com Iracema. Eis que ele acorda no outro dia e descobre que não tinha sido sonho, que Iracema aproveitou que ele estava dopado pra se deitar com ele na rede! Agora ela não era mais virgem, não podia continuar na aldeia e iria embora com ele. A cena não é detalhada e até tive que reler pra entender o que de favo havia acontecido. Compreendo que na época em que o livro foi escrito, estupro e abuso sexual não eram tratados como nos dias de hoje, o que não muda o fato de que foi errado o que a Iracema fez, ela tirou do Martim a decisão sobre o próprio corpo. Comento isso pois refletir sobre consentimento nos dias atuais é algo muito importante.
Fim do spoiler, vamos falar sobre o mocinho. Percebi certa dualidade no Martim: se numa hora ele se dispõe a procurar um lugar onde Iracema possa ser feliz e se preocupa com a felicidade dela, em outros momentos, não consegue evitar que ela perceba que ele está triste, que não é feliz ali, que tem saudade da vida que deixou no continente europeu e que o amor dela não é o suficiente. O relacionamento dos dois é um pouco conturbado.
"Martim pôs no rosto da virgem olhos de horror:
- Iracema matará seu irmão?
- Iracema antes quer que o sangue de Caubi tinja sua mão que a tua; porque os olhos de Iracema veem a ti, e a ela não.
(...) O grande chefe pitiguara levou além o formidável tacape. Renhiu-se o combate entre Irapuã e Martim. A espada do cristão, batendo na clava do selvagem, fez-se em pedaços. O chefe tabajara avançou contra o peito inerme do adversário.
Iracema silvou como a boicininga e arrogou-se contra a fúria do guerreiro tabajara. A arma rígida tremeu na destra possante do chefe e o braço caiu desfalecido." (página 53)
Minha edição é da Ciranda Cultural em formato econômico, comprei na revista da Avon por menos de dez reais. É sem orelhas, com páginas amareladas, a capa é bonitinha, a letra é pequena mas não foi desconfortável para leitura, o espaçamento entre uma linha e outra e as margens têm um bom tamanho. Como é um livro cobrado em alguns vestibulares, no final dessa edição há questões comentadas que nos ajudam a entender melhor o contexto da obra, como o fato de ser uma espécie de lenda sobre o surgimento do primeiro cearense. Existem diversas outras edições e inclusive o e-book gratuito na Amazon.
"Iracema" é um romance indianista, o indianismo faz parte do Romantismo brasileiro, cuja proposta era fortalecer uma identidade nacional. Lembro que o livro foi comentado nas minhas aulas de literatura na escola. Tenho uma memória bem marcante de uma professora falando sobre como a beleza da Iracema era exagerada na história nessa tentativa de valorizar uma cultura nacional, a professora questionava, por exemplo, sobre como Iracema, "virgem dos lábios de mel", teria um hálito agradável sem dentista, escova de dente e coisas do tipo. Hoje discordo um pouquinho da professora, pois sei que a cultura indígena é muito rica, e que poderiam usar alguma outra coisa para a higiene bucal. Entendo também que os padrões da época eram diferentes dos de hoje em dia, o que era considerado belo na época de José de Alencar é diferente do almejado nos dias atuais.
Enfim, mesmo não sendo uma leitura fácil pelo vocabulário e eu discordando de algumas atitudes dos personagens, acho que sempre vale a pena ler e conhecer os clássicos, ainda mais esse que é nacional e traz uma protagonista diferente do comum. Fica a recomendação de leitura.
A história é narrada em terceira pessoa e nos apresenta Iracema, filha do pajé dos tabajaras. Certo dia, na floresta, Iracema viu um ser que ela não sabia se era um homem branco ou um espírito mal. Na dúvida e agindo por impulso, Iracema pegou o arco e atirou uma flecha nele. Quando viu o sangue e percebeu que se tratava de um homem, Iracema foi se desculpar e ficou sabendo que o nome daquele rapaz era Martim, um português que tinha se perdido. Ela levou-o até a tribo, onde ele poderia descansar e se orientar para voltar à tribo vizinha onde tinha amigos.
"Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido." (página 13)
Porém, Iracema ficou apaixonada por Martim, despertando a fúria de outro guerreiro da aldeia que era interessado nela. Esse guerreiro incitou outros índios pra matar Martim, pois não aceitava que aquele homem branco estivesse como hóspede do pajé e sendo alvo da atenção de Iracema.
Martim também ficou atraído por Iracema, mas a jovem ocupava certo posto na aldeia, tornando o romance proibido e ele não queria arriscar a vida dela. Só que a Iracema era uma guerreira que ia atrás do que queria e não ia desistir fácil desse amor, mesmo que precisasse abrir mão de muita coisa. No decorrer dos capítulos, além das tentativas da Iracema de fazer o Martim sair vivo da aldeia e chegar num lugar seguro, também veremos o relacionamento dos dois se concretizando, sendo que eles são de mundo diferentes.
"- A tarde é a tristeza do sol. Os dias de Iracema vão ser longas tardes sem manhã, até que venha para ela a grande noite. (...)
A boca do guerreiro pousou na boca mimosa da virgem. Ficaram ambos assim unidos como dois frutos gêmeos do araçá, que saíram do seio da mesma flor." (página 30)
"Iracema" não foi o primeiro livro do José de Alencar que li; na época da escola, li "Senhora", um dos clássicos que mais gostei de ler entre todos os que peguei por vontade própria na biblioteca da escola. "Iracema" é curtinho, pode até ser uma leitura rápida, mas a linguagem é um pouco complicada, pois há muitas palavras que raramente vemos atualmente. Por outro lado, o autor faz muitas comparações com a natureza, e a forma como ele descreve os cenários pode ser encantadora.
Se a paixão instantânea da Iracema pelo Martim me incomodou um pouco, a personalidade determinada dela, o fato de ser uma mocinha que sabe se defender sozinha e que ainda por cima defende e salva o Martim, sendo a heroína da história, me agradou bastante. Imaginem, em pleno século dezenove, uma personagem feminina que não tem medo de lutar e é mais esperta e ágil que o mocinho! É interessante e incomum. Uma pena que ela seja a única personagem feminina do livro.
"- Aonde vai o guerreiro branco?
- Ao encontro de Poti.
- O hóspede de Araquém não pode sair desta cabana, porque os guerreiros de Irapuã o matarão.
- Um guerreiro só deve proteção a Deus e a suas armas. Não carece que o defendam os velhos e as mulheres.
- Que vale um guerreiro só contra mil guerreiros? Valente e forte é o tamanduá, que mordem os gatos selvagens por serem muitos e o acabam. Tuas armas só chegam até onde mede a sombra de teu corpo; as armas deles voam alto e direito como o anajê.
- Todo o guerreiro tem seu dia.
- Não queres tu que morra Iracema, e queres que ela te deixe morrer!
Martim ficou perplexo." (página 38)
Esse parágrafo contém SPOILER, então se não quer saber algo que Iracema faz, PULE PARA O PRÓXIMO PARÁGRAFO. Como já comentei, Martim não queria se envolver com Iracema porque isso quebraria uma regra que ela precisava seguir pra alguns rituais pelos quais era responsável na aldeia e tinha até algo sobre uma maldição. Então, mesmo se sentindo muito atraído por ela, Martim decidiu que não faria nada pra concretizar o romance. Ele pediu uma espécie de bebida alucinógena que havia na aldeia pra conseguir dormir. Tomou essa bebida e achou que estava sonhando que estava fazendo amor com Iracema. Eis que ele acorda no outro dia e descobre que não tinha sido sonho, que Iracema aproveitou que ele estava dopado pra se deitar com ele na rede! Agora ela não era mais virgem, não podia continuar na aldeia e iria embora com ele. A cena não é detalhada e até tive que reler pra entender o que de favo havia acontecido. Compreendo que na época em que o livro foi escrito, estupro e abuso sexual não eram tratados como nos dias de hoje, o que não muda o fato de que foi errado o que a Iracema fez, ela tirou do Martim a decisão sobre o próprio corpo. Comento isso pois refletir sobre consentimento nos dias atuais é algo muito importante.
Fim do spoiler, vamos falar sobre o mocinho. Percebi certa dualidade no Martim: se numa hora ele se dispõe a procurar um lugar onde Iracema possa ser feliz e se preocupa com a felicidade dela, em outros momentos, não consegue evitar que ela perceba que ele está triste, que não é feliz ali, que tem saudade da vida que deixou no continente europeu e que o amor dela não é o suficiente. O relacionamento dos dois é um pouco conturbado.
"Martim pôs no rosto da virgem olhos de horror:
- Iracema matará seu irmão?
- Iracema antes quer que o sangue de Caubi tinja sua mão que a tua; porque os olhos de Iracema veem a ti, e a ela não.
(...) O grande chefe pitiguara levou além o formidável tacape. Renhiu-se o combate entre Irapuã e Martim. A espada do cristão, batendo na clava do selvagem, fez-se em pedaços. O chefe tabajara avançou contra o peito inerme do adversário.
Iracema silvou como a boicininga e arrogou-se contra a fúria do guerreiro tabajara. A arma rígida tremeu na destra possante do chefe e o braço caiu desfalecido." (página 53)
Minha edição é da Ciranda Cultural em formato econômico, comprei na revista da Avon por menos de dez reais. É sem orelhas, com páginas amareladas, a capa é bonitinha, a letra é pequena mas não foi desconfortável para leitura, o espaçamento entre uma linha e outra e as margens têm um bom tamanho. Como é um livro cobrado em alguns vestibulares, no final dessa edição há questões comentadas que nos ajudam a entender melhor o contexto da obra, como o fato de ser uma espécie de lenda sobre o surgimento do primeiro cearense. Existem diversas outras edições e inclusive o e-book gratuito na Amazon.
"Iracema" é um romance indianista, o indianismo faz parte do Romantismo brasileiro, cuja proposta era fortalecer uma identidade nacional. Lembro que o livro foi comentado nas minhas aulas de literatura na escola. Tenho uma memória bem marcante de uma professora falando sobre como a beleza da Iracema era exagerada na história nessa tentativa de valorizar uma cultura nacional, a professora questionava, por exemplo, sobre como Iracema, "virgem dos lábios de mel", teria um hálito agradável sem dentista, escova de dente e coisas do tipo. Hoje discordo um pouquinho da professora, pois sei que a cultura indígena é muito rica, e que poderiam usar alguma outra coisa para a higiene bucal. Entendo também que os padrões da época eram diferentes dos de hoje em dia, o que era considerado belo na época de José de Alencar é diferente do almejado nos dias atuais.
Enfim, mesmo não sendo uma leitura fácil pelo vocabulário e eu discordando de algumas atitudes dos personagens, acho que sempre vale a pena ler e conhecer os clássicos, ainda mais esse que é nacional e traz uma protagonista diferente do comum. Fica a recomendação de leitura.
"O cristão sabia por experiência que a viagem acalenta a saudade, porque a alma dorme enquanto o corpo se move." (página 59)
Detalhes: 112 páginas, ISBN-13: 9788538077022, Skoob. Clique para conferir as edições disponíveis na Amazon e/ou baixar o e-book gratuito:
Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: já leram "Iracema" ou algum outro livro do José de Alencar?
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Até o próximo post!
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Uma vez fiz uma palestra sobre clássicos e estudei muito José de Alencar e você sabia que ele foi o primeiro autor a escrever Romance Histórico no Brasil, a trilogia de Senhora (onde faz parte Luciola e Diva).Iracema é um livro lindo, amo a história dele, foi um auge do autor.. Pena que tem gente que não sabe desfrutar desse livro
ResponderExcluirEu li esse livro na minha época de escola, gostei muito dele. Eu gosto dos classicos nacionais. Eu amo muito o Senhora e os que seguem ele, são os meus preferidos, mas esse também é muito bom, gosto muito. Adorei tua resenha!!
ResponderExcluirLi este clássico com a minha irmã, quando ela estudava Letras. Me incomodei com muitas coisas na história, mas gostei da experiência. Demorei para finalizar por causa do vocabulário rs
ResponderExcluirSai da Minha Lente
Tem mesmo alguns pontos incômodos mas é uma experiência válida essa leitura.
ExcluirOii, tudo bem?
ResponderExcluirJá li o livro algumas vezes, costumo gostar bastante da escrita de José de Alencar. Adoro ler Iracema analisando as características do Romantismo. Gosto bastante da história e dos personagens.
Beijinhos!!
Olá,
ResponderExcluirTambém li na época de leitura obrigatória da escola e lembro de ter entendido bem pouco, e realmente hoje eu percebo que a linguagem atrapalhou bastante. Gostei muito de Senhora também, até hoje das leituras obrigatórias da escola é meu favorito. Fiquei curiosa quanto a reler este livro, talvez eu goste mais.
Debyh
Eu Insisto
Olá.
ResponderExcluirSe eu não me engano, já li esse livro na época de escola por se tratar de uma leitura obrigatória. Confesso que isso não é legal, pois acaba quebrando o lance de magia da leitura, sabe? Tanto é que não conseguia ler mais nada por conta disso, achava que sempre seria da mesma forma, sabe? De qualquer forma, garanto que hoje, com uma visão totalmente diferente, eu daria uma chance para esse clássico. Te entendo bem que por se tratar de um livro mais antigo, a linguagem seja um pouco mais complicada mesmo. Mas fiquei feliz em ler sua opinião e ainda mais por incentivar leituras de clássicos.
Beijos,
Blog PS Amo Leitura
Olá!
ResponderExcluirTambém acho que não seria uma leitura fácil para mim por causa do vocabulário, não me adapto muito bem a livros assim, infelizmente!
Também acho que eu me incomodaria com essa paixão repentina da Iracema, provavelmente um dia eu lerei o livro, mas por enquanto eu passo a leitura.
Olá!
ResponderExcluirEu já tive oportunidade de ler essa obra e confesso que atualmente não faz mais parte do estilo de leitura que procuro para me entreter.
A título de conhecimento dos grandes nomes da literatura Brasileira é sempre válido sabermos mais e compreender a importância desses nomes, uma pena até que as aulas de literatura em nosso país tem sido cada vez mais reduzidas no ambiente escolar.
A narrativa não é das mais fáceis, mas sem dúvidas um clássico que merece ser lembrado.
Beijos!
Camila de Moraes
Oiii Maria
ResponderExcluirFaz muitoooo tempo que não leio clássicos, meu último foi O Cortiço que era releitura e eu amo a história. Iracema apesar da grande fama nunca surgiu a oportunidade de conferir mas tenho curiosidade principalmente por ser um romance indianista e nunca li nada que retratasse a cultura dos nossos índios, acho que seria uma boa pedida.
Beijos
www.derepentenoultimolivro.com
Olá. Achei uma delícia ler e a sua resenha e relembrar de uma história que li há tantos anos. Eu amava ler os clássicos na escola, mas faz tempo que não leio um livro desses... Uma pena! São livros ótimos e fazem falta!
ResponderExcluirbeijos
Camis - blog Leitora Compulsiva
Oi Maria.
ResponderExcluirJá tem um tempo que reli Iracema para deixar minha opinião no blog. Minha edição ainda é da editora Ática, está bem velhinha, mas adoro ela, mesmo não sendo uma leitura fácil por causa do vocabulário. Sua resenha está muito bacana de lê-la, incentivando aos leitores para ler mais clássicos.
Bjos
https://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com/
https://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com/
Li Iracema na faculdade para um trabalho em grupo sobre o Romantismo no Brasil, e como foi um estudo breve não recordo muitas coisas a respeito da obra, mas foi importante para ressaltar a riqueza cultural e importância do contexto histórico da época. Concordo com você quanto a relação entre a Iracema e o Martim, isso me incomodou em certos momentos também. E a descrição do ambiente realmente é ótima. Parece que somos levados aos primeiros anos de terra farta do nosso Brasil rsrs
ResponderExcluirOiiii,
ResponderExcluirLi Iracema há muitos anos e fiquei encantada com José de Alencar, tanto que acabei lendo vários outros livros dele. Amei a capa desta edição e mais ainda em ver você falando de um clássico como esse. Parabéns!
Este é um dos meus livros da literatura clássica nacional que mais gosto. Li duas vezes e lendo a sua resenha, fiquei com vontade de ler novamente.
ResponderExcluirBeijos
Lembro de ter lido Iracema há muito tempo, mas não me recordo dos detalhes. Adorei a sua resenha, realmente tem muitos livros clássicos com algumas atitudes que hoje seriam imperdoáveis (deveriam ser imperdoáveis desde o princípio) mas é difícil não gostar da leitura mesmo assim - algo bem contraditório, até.
ResponderExcluirBjos
Lucy - Por essas páginas
Eu pulei o spoiler porque quero muito ler este livro em breve!
ResponderExcluirConheço várias histórias do José de Alencar e guardo com carinho no coração O Guarani, mas meu livro preferido dele é Lucíola (chorei horrores com esta história).
Estas histórias como a de Iracema, de amores meio que à primeira vista e proibidos acabam por sempre me atrair.rsrs Embora sofra quando tentam separar os casais que se amam, tem toda aquela questão de eu amar acompanhar a luta deles, sabe? O quanto o amor é forte e capaz de vencer qualquer coisa. Isso me fascina!
Ela é a única personagem feminina da história?! Eu não estou lembrada de já ter lido outra história do autor na qual acontecesse isso. Não lembro mesmo.
Que bom que ela é forte e guerreira, não necessitando que ninguém a salve. Gosto demais de mocinhas assim!
Bjs!
Olá nunca li nada do autor mais ja tive vontade, Iracema foi um dos que coloquei na lista para conhecer a escrita mais ainda não tive oportunidade, adorei saber que que o vocabulário é de fácil entendimento isso facilita um bocado, bjos!
ResponderExcluirPensei que apenas eu me incomodasse com sta paixão imediata dela...
ResponderExcluirFaz anos luz que li este livro e confesso que não sei se uma releitura seria boa para mim.
Bjs, Rose
Põe imediata nisso!
ExcluirOi, tudo bem?
ResponderExcluirEu não costumo ler clássicos, mas esse eu li na época da escola e lembro de ter gostado da história, mas também lembro de ter marcado um monte de palavras desconhecidas pra mim kkkkkkk Enfim, gostei de conferir sua opinião, até me deu vontade de reler a obra.
Beijos :*