Resenha: livro "A mulher com olhos de fogo", Nawal El Saadawi

 Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "A mulher com olhos de fogo", escrito pela egípcia Nawal El Saadawi e publicado no Brasil em 2019 pela Faro Editorial.

 "Todos vão morrer um dia. Eu prefiro morrer por um crime que eu cometi do que morrer por um dos crimes que vocês cometeram." (página 151)

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 "Quantos anos da minha vida se passaram antes que eu me tornasse realmente a dona do meu corpo e de mim mesma, para fazer o que eu bem entendesse? Quantos anos da minha vida se perderam antes que eu arrancasse a mim mesma e o meu corpo das garras das pessoas que me mantiveram em seu poder desde sempre?" (página 108)

 A autora é uma psiquiatra feminista. Seu livro "A mulher com olhos de fogo" é baseado no relato que ouviu nos anos setenta, numa prisão, de uma mulher condenada à morte por assassinato. Depois de semanas de insistência, Nawal conseguiu que a mulher lhe contasse sua história pouco antes do momento da execução.



 "Porque eu tinha muitos irmãos e irmãs, como a maioria das pessoas. Eles eram como pintinhos que se multiplicam na primavera, tiritam de frio no inverno e perdem suas penas, e então, no verão, adoecem de diarreia, definham rapidamente e, um a um, enfiam-se num canto e morrem. Quando uma de suas crianças do sexo feminino morria, meu pai comia o jantar, minha mãe lavava as pernas dele e depois ele ia dormir, como sempre fazia todas as noites. Quando a criança que morria era um menino, ele batia na minha mãe, e depois comia seu jantar e se deitava para dormir. Meu pai nunca ia para a cama sem jantar, não importava o que acontecesse. Às vezes não havia comida em casa; nessas ocasiões nós todos íamos para a cama de estômago vazio. Mas para ele sempre havia uma refeição. Minha mãe escondia comida para ele debaixo de um dos buracos do forno." (páginas 40 e 41, aqui vemos o quanto a ideia de que uma mãe é biologicamente capaz de tudo pelo filho pode ser questionada, mas não julgo a mãe de Firdaus, afinal, quem disse que ela  pode escolher a maternidade ou qualquer outra coisa em sua vida?)    "Meu pai, um lavrador pobre, que não sabia ler nem escrever, conhecia poucas coisas na vida. Sabia cultivar alimentos, sabia como vencer um búfalo envenenado por seu inimigo antes que o animal morresse, como trocar sua filha virgem por um dote enquanto ainda havia tempo, como ser mais rápido que seu vizinho ao roubar dos campos a plantação quando chegasse a hora da colheita. Como se ajoelhar diante do chefe e fingir beijar a sua mão, como bater na sua esposa e todas as noites fazê-la comer o pão que o diabo amassou." (páginas 32 e 33)
 "- O meu trabalho não é digno de respeito - eu disse. - Por que então você quer participar disso comigo?" (página 111, se as prostitutas são consideradas indignas por alguns, seus clientes também não deveriam ser?)

 O nome da prisioneira era Firdaus. Ela nasceu numa família pobre, onde às vezes faltava comida e o pai era violento com a mãe. Ainda pequena, Firdaus passou pela mutilação genital. Após ficar órfã, foi morar com um tio que admirava por ser culto e lhe dar alguma atenção, mas que foi o primeiro a abusar dela. Firdaus pôde estudar, mas não ir para uma faculdade como sonhava. Teve um casamento arranjado com um homem que era violento com ela. Sem apoio familiar, acabou se tornando uma prostituta, muito requisitada por sinal. Tentou ter uma profissão diferente, mas acabou descobrindo que não importava sua profissão, a vida de uma mulher sempre seria prejudicada pelos homens!

 "Mas meu tio disse que todos os maridos batiam nas suas mulheres, e a esposa do meu tio ainda comentou que ela mesma apanhava do marido com frequência. Eu respondi que meu tio era um xeique respeitado, bem versado nos ensinamentos da religião, e que, portanto, não era possível que ele tivesse o hábito de bater na sua mulher. Ele retrucou que eram justamente os homens versados na sua religião que batiam nas esposas. Os preceitos da religião permitiam tal punição." (página 75)

 "A mulher com olhos de fogo" é um livro curto, com pouco mais de 150 páginas, e que pode sim ser uma leitura rápida, se você tiver estômago para digerir os constantes abusos e violências a que Firdaus é submetida. Desde o início, é muito doloroso ver as situações pelas quais ela passa, sem receber amor do pai ou da mãe, sem irmãos que pudessem lhe apoiar, com um tio que poderia ser o seu melhor amigo se não se mostrasse tão hipócrita quanto o pai dela, dizendo-se conhecedor das leis e da religião, mas não colocando em prática os preceitos básicos que pregava. As outras pessoas que cruzaram o caminho de Firdaus se mostraram igualmente aproveitadoras, usando seu corpo sem nunca lhe dar algo verdadeiro em troca.

 "- Todas as pessoas agem da mesma forma quando se trata de amor. - Ele olhou direto nos meus olhos antes de continuar: - Você está se enganando. Posso ver nos seus olhos que o amor roubou a luz do seu espírito.
 - O amor faz os olhos brilharem, não rouba o seu brilho." (página 141)

 "Eu estava espantada com o enorme número de pessoas enchendo as ruas por todo lugar, mas fiquei ainda mais espantada ao ver o modo como elas se moviam - como criaturas cegas, que não eram capazes de ver a si mesmas nem aos outros. (...) E ali estava eu, uma simples pedra que alguém havia atirado nas suas águas, rolando junto com as multidões que se deslocavam em ônibus e carros, ou caminhavam pelas ruas, com olhos que não enxergavam, incapazes de prestar atenção em nada nem em ninguém. A todo instante milhares de olhos passavam bem diante de mim, mas para eles eu continuava não existindo." (página 71)

 Mesmo passando por todas essas situações revoltantes, é interessante como Firdaus também vivencia o que praticamente todos os seres humanos experimentam: ela teve sonhos na adolescência, desejou ter um trabalho para ser independente, uma profissão que tivesse alguma importância para o mundo, ela se apaixonou, mais de uma vez, só para se decepcionar em seguida. Por isso, é muito fácil se identificar com a personagem em alguns momentos, como na citação acima, que nos lembra muito a vida nas grandes cidades, onde estamos cercados de pessoas o tempo todo, mas sozinhos ao mesmo tempo.

 "Eu só tomei contato com as verdades primitivas e selvagens da vida após anos de luta. Pois é muio raro que as pessoas consigam em alguns poucos anos perceber as verdade da vida: simples, porém impressionantes e poderosas." (página 153)

 Como a citação acima afirma e como eu acredito, ninguém compreende toda a dimensão do feminismo em um instante (tem gente que ainda pensa que feminismo e machismo são antônimos, sendo que o antônimo de machismo é femismo), é preciso reflexão, pesquisa, para ir entendendo todos os conceitos, observando-os na prática. Como consta na capa, a história de "A mulher com olhos de fogo" é um despertar feminista, tanto na personagem quanto nos leitores. Pode ser que nem todo leitor consiga, com essa leitura, entender como o casamento pode ser "o mais cruel sofrimento para as mulheres", como a vida de uma prostituta pode ser melhor que a de uma mulher casada, como todas nós nos vendemos por preços variados (página 132) ou a afirmação de que "Nenhuma mulher pode ser criminosa. Para ser um criminoso é preciso ser um homem" (página 150).

 São fato difíceis de digerir, são verdades no contexto da história. Talvez, ao terminar a leitura, alguns tenham uma revolta dentro de si, uma dúvida sobre como continuar vivendo depois desse despertar para a dolorosa realidade que nos cerca. É preciso respirar fundo, lembrar que a obra foi publicada em 1975 e que nos 44 anos desde então, algumas coisas mudaram e que pelo menos no Brasil (não sei se algo melhorou no Egito), temos leis que protegem mulheres e crianças das violências a que Firdaus foi submetida (se com essas leis já é difícil, imaginem sem!), lembrar que Firdaus não teve ninguém em quem confiar (situação que pode ser diferente da nossa), para poder continuar vivendo sem ver um inimigo em cada homem.

 "Eu acabei percebendo que uma mulher trabalhadora tem mais medo de perder o emprego do que uma prostituta tem de perder a vida. Uma funcionária morre de medo de perder o emprego e ter que virar uma prostituta, porque não entende que a vida de uma prostituta é na verdade melhor que a dela. E assim, com sua vida, sua saúde, seu corpo e sua mente ela paga o preço por seus medos ilusórios. Ela paga um preço altíssimo para receber coisas de valor irrisório. Eu havia entendido que todas nós éramos prostitutas que se vendiam por preços variados, e que uma prostituta cara era melhor que uma prostituta barata." (página 118)

 "Todas as mulheres são vítimas de embuste. Os homens enganam as mulheres e as punem por terem sido enganadas, forçam-nas a se degradar e as punem por chegarem tão baixo, prendem-nas ao casamento e então as castigam por toda a vida com serviços humilhantes, insultos e surras.
 Agora eu percebia que, de todas as mulheres, as prostitutas eram as menos iludidas. Que o casamento era um sistema que representava o mais cruel sofrimento para as mulheres." (página 132)

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 A edição da Faro tem uma capa que considero bonita, com boa combinação de cores e detalhes no interior (segunda e terceira capa colorida). As páginas são amareladas, de boa gramatura. Não encontrei erros de revisão. A diagramação tem margens grandes, letras e espaçamento entre uma linha e outra de bom tamanho, detalhes separando as partes da história.

 "E por mais requisitada que seja, por mais sucesso que faça, uma prostituta não pode chegar a conhecer todos os homens. Contudo, cada um dos homens que eu conheci despertou em mim somente um grande desejo: levantar a minha mão e bater com força na cara dele. Mas jamais tive coragem para erguer a mão e fazer isso, por que sou uma mulher." (página 32)
 "Não havia nada no meu passado nem na minha infância que fosse digno de ser lembrado, nem amor ou coisa parecida no presente. Tudo o que eu tinha a dizer, portanto, só poderia estar ligado ao futuro. Porque o futuro ainda pertencia a mim e eu poderia pintá-lo nas cores que desejasse. Ainda pertencia a mim para que eu decidisse livremente como seria, e para operar mudanças que bem entendesse. (...) Eu sabia que mulheres não se tornavam chefes de estado, mas eu sentia que não era como todas as outras mulheres, nem como as outras garotas ao meu redor, que só falavam de amor ou de homens." (página 49)
"Eu me dei conta de que todos esses governantes eram homens. O que eles tinham em comum era uma personalidade gananciosa e distorcida, um apetite insaciável por dinheiro, sexo e poder sem limites. Eles eram homens que espalhavam a corrupção pela Terra, e pilhavam seus povos. Homens dotados de voz de comando e capacidade de persuasão, pois escolhiam palavras doces e atiravam flechas envenenadas. Assim sendo, a verdade sobre eles foi revelada somente depois que morreram. Como resultado disso eu descobri que a história tende a se repetir com uma obstinação insensata." (página 52, alguma semelhança com os governantes de hoje?)
"- A morte chega para todos, Firdaus. Eu vou morrer, e você também. O que importa é como se leva a vida até o momento da morte. - Mas como é possível levar a vida? Viver é duro demais. - Você deve ser mais dura que a vida, Firdaus. A vida é muito dura. As únicas pessoas que realmente vivem são as que conseguem ser mais duras que a vida." (página 88)
 "Era como se dinheiro fosse uma coisa vergonhosa, feita para ser escondida, um objeto pecaminoso que era proibido para mim, mas tolerável nas mãos de outros, nas mãos daqueles que pareciam os únicos  a terem o direito legítimo de possuí-lo." (página 106)
 "Luz nenhuma parecia nem mesmo tocar os olhos dessa mulher, nem mesmo quando o dia estava radiante e o sol brilhando ao máximo." (página 41)
 "Ela não teme coisa nenhuma, porque tudo o que poderia feri-la já a feriu." (página 133)
 "Porque durante a vida o que nos escraviza são nossos desejos, nossas esperanças, nossos medos." (página 151)

 "A mulher com olhos de fogo" foi muito além das minhas expectativas! Porém, vale lembrar que, apesar de baseado em um relato real, há certa licença poética na obra, com repetições de acontecimentos como num círculo vicioso, mostrando que não havia outra alternativa para a figura feminina na trama. É um livro onde a mensagem é mais importante que o enredo. Essa foi uma resenha bem difícil de fazer (estou tentando escrevê-la desde segunda-feira), pela sensação de que o texto nunca está bom o suficiente para que vocês entendam a grandiosidade e a força desse livro. Enfim, é uma leitura que eu recomendo muito, um história forte, mas extremamente necessária!

 Fica o meu pedido de desculpas à Faro por colocar tantas citações da resenha, mas é tanta coisa para falar e comentar, um necessidade enorme de compartilhar, que talvez vocês só entendam o que quero dizer se vocês mesmo lerem os trechos, ressalto que de forma alguma tirarão o impacto da trama para quem for fazer a leitura do livro depois.

 Detalhes: 160 páginas, ISBN-13: 9788595810600, Skoob. Curiosidade: conhecida como a "Simone de Beauvoir do mundo árabe", também foi presa em 1981 com mais 1035 pessoas por um decreto presidencial. Leia um trecho. Clique para comprar na Amazon:


 Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: já conheciam o livro ou a autora?


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21 comentários

  1. Que resenha incrível, ainda não tinha visto esse livro e fiquei bem curiosa com tudo que você escreveu, mas sinceramente não sei se teria estômago pra ler tanto sofrimento da protagonista, essas histórias me deixam muito mal por saber que por mais que tenha melhorado ainda existe muito e vivemos em constante alerta né!

    https://www.submersaempalavras.com/

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  2. Imagine como esse livro é dificil de ler. Quero ler meu exemplar logo. O sofrimento dela é dificil de imaginar.. E ainda tem pessoas que falam que o feminismo é frescura! Precisam ler esses relatos, para saber como é triste.

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  3. Oie,
    Gostei muito da sua resenha. Disse tudo o que precisávamos sobre o livro, e o suficiente para querermos lê-lo. Adicionei a minha lista para ler no futuro. Porém parece ser um livro bem pesado, para se ler com o emocional preparado.
    É muito triste ver como muitas mulheres sofrem tanto, isso desde o início dos tempos. Espero que isso um dia mude.
    Beijo!

    Grazy Carneiro
    Meus Antídotos

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  4. Oi! Vi muito sobre o lançamento desse livro e estou muito afim de ler. O assunto além de pesado, é muito interessante, e dá visão para os tipos de sofrimentos e humilhações que as mulheres passam desde sempre na humanidade. Parabéns plea resenha!

    Bjoxx ~ Aline ~ www.stalker-literaria.com ♥

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  5. Eu estive olhando esse livro algumas vezes quando fui a livraria, porém, a principio pensei que seria um livro de leitura muito difícil, acabei deixando para outro momento.
    mas a resenha me chamou atenção e pretendo ler em breve.
    Alguns livros são difíceis e por isso mesmo importantes.

    😘

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  6. Que livro profundo! Como em 150 páginas a autora consegue fazer isso com o leitor? Estou realmente chocada por todos os fatos apresentados neste livro, pois pela capa, ele não revela tanto. Adorei muito sua resenha e fiquei extremamente curiosa para ler!

    Beijos,
    Blog PS Amo Leitura

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  7. Caramba, que leitura forte! Não sei se daria conta, ou se seria uma leitura que me fizesse sentir bem. Eu sou bem problemática com alguns estilos literários. Me afetam de uma forma muito forte.
    Mas, parece que foi uma experiência bastante válida pra você, pelo que senti em sua resenha. As fotos ficaram perfeitas! Parabéns.

    Um beijo

    www.coisasdemineira.com

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  8. Nossa, tenho visto muitos comentários sobre esse livro, mas nem imaginava do que se tratava e realmente, é uma leitura que precisa de estômago para se ler. Por outro lada temos essa identificação com a protagonista que você mencionou, sem dizer o quesito feminino da trama. Vou deixar anotado, quem sabe dia desses eu arrume estômago e e confira essa mulher de olhos de fogo.

    Abraços.

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  9. Olá, tudo bem? Não conhecia esse livro ainda, mas pelo o que tu disse pude perceber que é uma leitura bem difícil, por ser bastante real. Adorei tua dica, com certeza irei ler a obra assim que possível!

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  10. Oi Marijleite, sua linda, tudo bem?
    Nossa! Não há nenhuma palavra a ser dita depois do relato dessa mulher. Fiquei até arrepiada ao pensar que isso aconteceu não só com ela, mais com milhares de mulheres e sabemos que ainda acontece. Não sei se conseguirei ler o livro, pois sou muito sensível, mas acredito que é uma obra indispensável. Vou tentar. Tomara que as cenas não sejam muito detalhadas.
    beijinhos.
    cila.

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  11. Oiii Maria

    Que livro maravilhoso, adorei saber oq uanto é forte, profundo, intenso, a edição da Faro está linda demais mesmo, sempre capricham! É a primeira resenha qe leio e adorou a indicação, vou anotar na lista já.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

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  12. Oi Maria.

    Que dica maravilhosa! Adoro livros com assuntos fortes e pela sua resenha mostrando que o livro contém fatos difíceis de digerir, com certeza está entrando na minha lista de desejados. Obrigada pela dica e parabéns pela resenha.

    Bjos
    https://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com/

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  13. Eu já estava interessada no livor por causa deste título, achei forte, bonito e interessante., mas sua resenha me ganhou porque a historia é forte e instigante. legal você pontuar que apesar de ser baseada em fatos reais, ela tem liberdade para ir além.
    Adorei
    beijos

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  14. Olá, tudo bem? Ah que bom que adorou a leitura. Adorei a sua empolgação nas citações, e elas com certeza me chamaram atenção. Acho a temática bem importante, e saber que tem um pouco de base real, apesar da licença poética, me animou mais ainda. Ótima palavras!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com

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  15. Ola!

    Que linda resenha a sua! A capa desse livro com certeza é simplesmente incrivel! Mas uau, que história intensa, forte e poderosa... infelizmente, ele não é meu estilo, não tenho estomago para essas coisas

    beijos

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  16. Eu adorei a sua resenha! Preciso muito ler esse livro, acho que é uma leitura ao mesmo tempo difícil, mas também extremamente necessária nos dias de hoje. Ah, adorei os quotes que você selecionou.

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  17. Oi, tudo bem? É simplesmente incrível quando lemos algo que nos toca tanto. Principalmente uma história que traz culturas diferentes da nossa. Vi o livro pelo instagram e a capa sempre me chamou atenção agora lendo sua resenha dá para perceber a carga emocional que ele traz. Ótima indicação. Beijos, Érika =^.^=

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  18. Olá!
    Eu amei essa leitura, apesar de em muitas partes ficar chocada com as coisas que Firdaus teve que passar até ser presa. Acho que é um leitura necessária, que nos apresenta uma diferença enorme de cultura, política e principalmente mostra como as mulheres não conseguem encontrar sua voz, sua liberdade e uma vida digna.
    Uma leitura para refletir.

    Camila de Moraes

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  19. Olá!
    É um tipo de livro que tenho curiosidade em ler, mas já me arrepio de pensar que essas coisas realmente aconteceram com a protagonista. Ser mulher sempre foi um ato de coragem. Espero realmente que a situação no Egito tenha melhorado, mas eu duvido...
    bjos
    Lucy - Por essas páginas

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    1. Oi, acho que infelizmente no Egito não melhorou muita coisa não, pelo que pesquisei; ao menos no Brasil as leis mudaram um pouco em favor das mulheres.

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  20. Esse livro parece ser espetacular mesmo com a leitura podendo ser difícil em alguns momentos. Com certeza é um livro que deve ser lido por camadas para absorver mais partes das entrelinhas. Adorei!
    Bjim!
    Tammy

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