Olá, pessoal! Tudo bem? Na resenha de hoje, venho comentar sobre minha experiência de leitura com "Os últimos jovens da Terra: A marcha dos Zumbis", que é o 2° livro da série 4 Contra o Apocalipse, escrito pelo Max Brallier, ilustrado por Douglas Holgate e publicado no Brasil em 2020 pelo Selo MilkShakespeare da Faro Editorial.
No primeiro livro, conhecemos Jack Sullivan, um garoto órfão de treze anos. Wakefield, a cidade onde ele morava, foi invadida por zumbis e monstros gigantes. Acompanhamos sua jornada para reencontrar Quint (seu melhor amigo), salvar June (a garota de quem ele gostava) e como Dirk (ex-valentão da escola) se juntou ao grupo.
Em "A marcha dos Zumbis", continuaremos acompanhando Jack e seus amigos. Os quatro estão vivendo na casa na árvore e enfrentando os desafios da cidade tomada pelos zumbis. Se bem que os zumbis estão diminuindo de número, mas talvez isso não seja uma boa notícia, já que os monstros gigantes continuam por aí e, spoiler: há outro tipo de monstro na cidade...
Será que Jack e seus amigos conseguirão sobreviver aos monstros gigantes e descobrir o que está causando o desaparecimentos dos zumbis?
" - Você sabe que não está sozinho, Jack - Quint fala. - Somos todos heróis de ação pós-apocalípticos agora.
Eu suspiro.
- Eu sei, mas é só que, eu não quero...
- Perder mais ninguém? - Quint pergunta. - Todos nos sentimos do mesmo jeito.
Ficamos sentados em silêncio. Ouço grilos cantando, um bom lembrete de que nem tudo do nosso velho mundo se foi.
Mas então eu ouço outra coisa.
O mesmo grito-assobio estranho que ouvimos do lado de fora da Pizza do Joe. Ou como eu o apelidei na minha cabeça: O Grito.
Quanto mais ouvíamos, mais alto parecia. O som ficava saltando dentro do meu crânio como em uma máquina de pinball.
Me levanto e vejo dois zumbis... os primeiros zumbis que vimos o dia todo - o que é estranho -, se arrastando pelo meio da rua. Eles desaparecem atrás de uma casa e reaparecem um minuto depois. Estão de cabeça erguida, como se estivessem se movendo com um propósito. Não é o comportamento habitual e irracional de sempre.
- Tem algo acontecendo." (página 75)
Eu gostei bastante do primeiro livro (foi uma das minhas fantasias favoritas do ano passado), de forma que estava curiosa para ler "A marcha dos zumbis", e lhes digo que, ao finalizar a leitura, fiquei bem satisfeita com o rumo que o Max Brallier deu para a série.
Nesse segundo livro, o autor nos revela o que causou a vinda dos zumbis e monstros para a Terra. E o que estava por trás do desaparecimento dos mortos-vivos foi algo que me surpreendeu bastante.
Além do mistério do sumiço dos zumbis e da descoberta sobre o aparecimento dos monstros, temos a relação de Jack com seus amigos e vemos como ele deseja proteger Quint, June e Dirk. Jack passou a vida toda em lares adotivos e só agora, quando a Terra está tomada por seres estranhos, é que ele finalmente sente que tem uma família, mas veremos como Jack precisará aceitar que não pode proteger todo mundo e que seus amigos também são capazes de atos heroicos.
"Quint tranca a lancheira-cofre e meus amigos vão para a cama.
Mas eu não durmo.
Eu estou preocupado.
Passei a vida inteira... bom, treze anos; na verdade, menos, porque durante um tempo eu era um bebê e depois uma criança... você entendeu, mas passei MUITO tempo querendo amigos. Uma família.
E agora que consegui, estou com medo total e extremo de perder essa família." (página 71)
A série é infantojuvenil, então não tem nada muito pesado, mas o autor conseguiu transmitir todo o clima de tensão que temos em alguns capítulos, me deixando grudada no livro para saber o que aconteceria em seguida.
Várias cenas são ilustradas e pode ser uma leitura bem rápida. Eu gostei do livro e estou animada para conferir o que o Jack e seus amigos viverão nos próximos livros. Até então, cada volume teve um desfecho satisfatório para o plot principal (no primeiro: Jack reencontrar os amigos e se livrar do monstro Blarg, nesse segundo: descobrir sobre o sumiço dos zumbis), mas apesar disso, aconselho a ler na ordem de publicação para compreender melhor o contexto da trama e os personagens.
Mais algumas citações:
"- June? - eu pergunto. - Alguma chance de você saber costurar?
- O quê? Só porque eu sou uma garota você supõe que eu sei costurar?
Dou de ombros.
- Mães sabem como fazer essas coisas.
- Eu não sou mãe!
- Eu sei - Dirk fala.
Todos nós olhamos para o grandalhão.
- E daí? - Dirk pergunta. - Sim, eu sei costurar, tá bom? Costurei minhas roupas por anos.
- Ei, tudo bem, amigo - eu respondo. - Você costura e saber jardinagem. Que ótimo." (página 207)
"(...) estou sendo repreendido por não confiar neles. Por não botar fé neles, da maneira que eles botam fé em mim.
Eu sei disso.
Eu não posso fazer tudo.
Amigos são importantes. Família é importante. Talvez a coisa mais importante, mas mesmo um herói de ação pós-apocalíptico não pode mantê-los seguros o tempo todo." (página 261)
"Talvez meus amigos não precisem de mim tanto quanto eu pensava. Talvez seja eu quem realmente precise deles.
Talvez eu possa confiar neles para permanecerem vivos por conta própria, mas ainda assim... E se eu fizer isso, e então eles se machucarem? Ou forem comidos? Ou picados? Ou zumbificados?
O que acontecerá?" (página 164)
Só tenho elogios à edição! A capa, adaptada da original, tem partes em relevo; as páginas são amareladas, a revisão está boa e a diagramação tem letras, margens e espaçamento de bom tamanho, além de muitas ilustrações.
Fica a minha recomendação para quem procura uma leitura rápida e que pode agradar não só o público mais jovem como também os leitores mais adultos. É uma história que tem momentos divertidos e tensos, que traz aventura e também fala sobre amizade e sobre confiar nos nossos amigos.
Detalhes: 304 páginas, ISBN-13: 9788595811034, Skoob, tradução: Cassius Medauar. Clique aqui e confira a resenha do 1° livro. Curiosidade: tem adaptação da série na Netflix. Clique para comprar na Amazon:
E você, está no time dos que já conhecem a série "4 contra o apocalipse" ou ainda vai se aventurar junto com o Jack e seus amigos?
Até o próximo post!
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Eu gosto de leitura infanto juvenil com bastante aventura (romance não gosto), normalmente leio livros bem pesados e uma leiturinha mais leve cai bem de vez em quando. Adorei as ilustrações, acho que enriquecem bastante a estória.
ResponderExcluirBjos
Vivi
Blog Duas Livreiras
A moça para qual eu escrevo pro blog dela, tem um quadro onde os filhos dela falam de livros e o mais velho dela falou sobre esses livros e eles parecem super bacanas mesmo! Eu gosto muito de livros mais infantis, é sempre bom pra tirar aquele peso das leituras que eu normalmente faço, que são sempre muito fortes.
ResponderExcluirAdorei as ilustrações, muito bonitas!
Adorei seu post!
Parece uma leitura divertida, principalmente pra um momento de ressaca onde a gente tá sem saco pra ler dois capítulos hahaha eu já tinha visto sobre os livros no bookgram, não é exatamente meu tipo de leitura, mas eu senti um apreço. Sua resenha ficou excelente!
ResponderExcluirOlá, adorei sua dica já tinha visto sobre os livros em outros meios de comunicação, mais não haviam me chamado atenção, vi que é uma leitura rápida com alguns benefícios espero ler em breve!
ResponderExcluirEu gosto de livros infanto-juvenis, para mim, são mais divertidos e conseguem trabalhar temas importantes sem vulgarizar (não todos), curti sua resenha e essa indicação, não conhecia e pelo que percebi, foi adaptado pela Netflix, é isso mesmo? Gosto de leituras rápidas e creio que é uma excelente indicação para mim, tenho uma prateleira só de livros infantis e infanto, está faltando mais livros nesse gênero
ResponderExcluirEu gostei muito da pegada da história e das capas. Gosto de fantasia e já vi que tem todos os elementos que me atrai numa história. Adoro livros infantis rs
ResponderExcluirSai da Minha Lente