Resenha: livro "Minha Vida (Não Tão) Perfeita", Sophie Kinsella

 Olá, pessoal! Como estão? Na resenha de hoje, venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Minha Vida (Não Tão) Perfeita", escrito pela Sophie Kinsella e publicado no Brasil pela Editora Record em 2017.


 "Um dia minha vida vai ser tudo aquilo que eu posto no Instagram. Um dia ela vai ser!"

 A narradora é Katie Brenner, ou Cat, como prefere ser chamada. Ela é uma jovem de 26 anos, que veio de uma fazenda do interior e está realizando o sonho de morar em Londres. Pelas fotos nas redes sociais e pelo que ela conta ao pai, sua vida parece ser perfeita, mas, na realidade, seu emprego numa agência de publicidade não é tão interessante assim, ela gasta mais de 45 minutos para chegar ao trabalho e mora num lugar onde não tem espaço nem para colocar um guarda-roupa.

 "Chegar ao trabalho em Londres é praticamente uma guerra. É uma operação militar constante de tomada de território; de avançar aos poucos e nunca relaxar nem por um momento. Porque, se der mole, alguém vai pegar o seu lugar. Ou vai passar por cima de você."

 "Não tem muita coisa na minha vida que figuraria na lista das dez mais de nenhuma pesquisa mundial. Não tenho um dos dez melhores empregos do mundo, nem um dos dez melhores guarda-roupas, muito menos um dos dez melhores apartamentos. Mas vivo em uma das dez melhores cidades do mundo. Morar em Londres é uma coisa que as pessoas de todo o planeta adorariam fazer, e agora eu estou aqui. E é por isso que não me incomodo se tenho de atravessar o inferno para chegar ao trabalho e não me incomodo se meu quarto é apenas um quadradinho. Eu estou aqui."

 "Tá bom, vou falar logo: eu vivo entrando em cafés caros à procura de fotos dignas de serem postadas no Instagram. Tem algum problema nisso? Não estou dizendo que bebi o chocolate quente. Estou falando que fiz assim: Olha, chocolate queeente! Se as pessoas acharam que era meu... Bom, aí é com elas."

 Mas, para Katie, o que importa é que ela está morando em Londres e trabalhando numa grande agência onde sonha em crescer profissionalmente e um dia chegar no nível de sua chefe, Demeter, uma mulher de 45 anos, que alcançou o cargo de diretora executiva de criação na agência de publicidade Cooper Clemmow há pouco mais de um ano.

 Demeter parece ter a vida perfeita, mas todas as tentativas de Katie de ter seu potencial notado por ela não dão muito certo. A agência está passando por problemas e Katie acabará sendo demitida, vendo seu sonho londrino ir por água abaixo.

 Aí, vamos para a segunda parte do livro, com Katie de volta à fazenda do pai, Mick, trabalhando para que o  glamping (uma espécie de camping de luxo) que ele e sua madrasta Biddy montaram, dê certo e não seja mais um empreendimento fracassado como tantos outros do pai.

 E será na Fazenda Ansters que Katie e Demeter vão se reencontrar. Katie se verá dividida entre a ideia de tentar recuperar seu emprego ou se vingar de Demeter, a mulher que destruiu o sonho da sua vida. Porém, durante a convivência na fazenda, Katie vai descobrir coisas que ela nem imaginava sobre Demeter. E outras pessoas também vão ficar sabendo de segredos que Katie estava tentando esconder. Talvez o jogo possa virar...

 "E agora uma ideia está crescendo dentro de mim. Uma ideia muito má. Uma ideia que me dá vontade de me parabenizar. Porque 'sob medida' significa que estou no controle. Significa que posso fazer o que bem quiser com ela.
 É isso. Finalmente vou dar o troco. Então Demeter quer coisas rurais? Quer a 'experiência da vida na fazenda'? Algo 'autêntico'? Pois bem. Ela vai ter isso tudo. Pode apostar."

 "É inacreditável ver como uma pessoa inteligente pode se tornar uma tola que acredita em tudo assim que ouve as palavras 'orgânico', 'autêntico' e 'Gwyneth Paltrow'."

 "Antes que ela consiga dizer mais alguma coisa, começo a esfregar alguns galhos na cara dela."

 "Estou ouvindo tudo, completamente indignada. Quem essa menina pensa que é? E, meu Deus, o que aconteceu com Demeter? Onde está a mulher-maravilha todo-poderosa que conheço do trabalho? Parece que ela desaparece assim que encontra os filhos, e fica só essa pessoa ansiosa e retraída que não reconheço. É esquisito. É errado."


 Esse foi o primeiro livro que li da Sophie Kinsella, autora muito elogiada por seus chick-lits, gênero que curto bastante. Peguei o e-book no Kindle Unlimited e achei a narrativa da autora bem agradável. Ela conseguiu me fazer das algumas risadas com as situações vividas pela Katie, mas também me causou empatia e até me emocionou em algumas cenas onde Katie exerce sua compaixão por determinada personagem.

 Me surpreendi com a forma como os personagens foram desenvolvidos. Sophie conseguiu me fazer odiar a Demeter por suas atitudes, e, depois, pouco a pouco, fui mudando o meu conceito sobre ela no decorrer dos capítulos. Tem um pouquinho de romance no livro também; o Alex, cara por quem a Katie se interessa, foi outro personagem que me surpreendeu conforme fui conhecendo-o.

 A relação entre pai e filha foi outro ponto positivo, com Mick sendo um pai meio super protetor e tendo dificuldade de entender que o sonho da Katie era viver numa cidade grande, mesmo que a vida na fazenda pudesse ser mais confortável.

 "Eu tive que escolher: seguir meu coração ou não machucar o dele. E acho que, no fim das contas, acabei machucando o meu coração e o dele. Coisa que o resto do mundo não entende, porque todos acham que é normal se mudar e morar longe de casa. Mas o resto do mundo não é como meu pai e eu, que vivemos juntos, só nós dois, a vida toda."

 "A Fazenda Ansters é como um círculo. É o que realmente é. Onde a gente basicamente fica dando voltas e mais voltas, caminhando com tranquilidade, nunca divagando. Mas Londres parece uma teia de aranha. Há um milhão de possibilidades, um milhão de direções, um milhão de caminhos. Eu havia me esquecido dessa sensação de... de quê? De estar prestes a fazer alguma coisa."

 "A verdade é que Biddy e meu pai nunca vão ver, sentir ou entender o que há em Londres que me deixa feliz, todos os dias. É algo intangível. Não tem a ver com ser chique nem tentar viver atrás de uma fachada. Tem a ver com quem eu sou. Amo a Fazenda Ansters e sempre vou amá-la. E talvez — quem sabe? — um dia eu volte para lá. Mas algo na vida daqui, na vida que tenho levado, faz com que eu me sinta superviva. As pessoas, o burburinho, os horizontes, as conexões..."

 "Minha Vida (Não Tão) Perfeita" foi uma leitura da qual gostei e que me surpreendeu ao falar sobre sonhos, sobre segredos, sobre as diferenças entre a vida real e a mostrada nas redes sociais, e que nos lembra como não devemos julgar alguém apenas pelas aparências. Recomendo para quem procura uma leitura divertida e que também nos traz algumas reflexões. Com certeza lerei mais livros da autora! E vocês, já leram ou querem ler algo da Sophie Kinsella? Se fossem a Katie, se vingariam da Demeter ou tentariam recuperar o emprego?

 "Acho que finalmente descobri como me sentir bem em relação à vida. Sempre que vir alguém muito feliz, lembre-se: essa pessoa também tem seus momentos não tão perfeitos. Claro que tem. E, sempre que você vir sua própria situação não tão perfeita, se sentir desesperado e pensar: minha vida é isso?, lembre-se: não é. Todo mundo tem um lado brilhante, ainda que seja difícil de encontrar, às vezes."

 Detalhes: 406 páginas, Skoob, ISBN-13: 9788501109927, a diagramação é simples e com boa revisão, tradução: Carolina Caires Coelho. Compre ou baixe na Amazon:

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Até o próximo post!
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