Olá pessoal, tudo bem? Provavelmente vocês tenham visto algum post ou alguma ação sobre o Setembro Amarelo nessas últimas semanas. Para quem não sabe, é "uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção".
Tem um post aqui no blog de 2017, onde contei sobre minha experiência com o tema. Basicamente: tive depressão e pensamentos suicidas aos oito anos de idade, ou seja, é um problema que afeta pessoas de todas as idades: de crianças até idosos. E acabou se tornando um assunto pelo qual me interesso muito e que estou sempre buscando entender mais.
Recentemente li "Nove Desconhecidos" um livro publicado pela Editora Intrínseca, onde a autora Liane Moriarty vai nos apresentar nove personagens que se hospedam num spa um pouco excêntrico, já tem resenha dele aqui no blog. Acompanharemos os dilemas de cada personagem, mas o que mais me chamou a atenção foi o fato de dois deles (não citarei nomes para evitar spoiler) vivenciarem a questão da depressão e do suicídio. No final do livro, a autora cita algumas publicações que lhe serviram de base para abordar o tema.
O livro me fez refletir sobre como o acesso à informação foi um fator decisivo no desfecho dos personagens. Um acabou se suicidando (lembrando que a depressão é um dos fatores que pode levar ao suicídio, mas há também outros transtornos mentais e outras questões), o outro personagem havia estudado sobre o assunto e por isso conseguiu entender o que estava sentindo, perceber o que estava acontecendo e buscar ajuda e tratamento.
Como acontece com os personagens no livro, alguém pode estar pensando em desistir da vida, mas nem imagina que esses pensamentos podem ser um efeito colateral de um remédio (as alterações de humor que aparecem na bula) usado em algum tratamento ou uma consequência de um único uso de uma droga ilícita. Certos medicamentos e certas drogas são alguns dos fatores que podem interferir e causar um desequilíbrio na química do cérebro, levando à depressão e aos pensamentos suicidas (vocês sabiam que o inverno e os agrotóxicos também podem ter relação com a depressão?).
Enfim, a mensagem que quero passar com o post de hoje, é que se você pensa em desistir de tudo, saiba que seu problema tem cura, você não está sozinho, como o site do Centro de Valorização da Vida diz: falar é a melhor solução, procure ajuda (no Twitter eu tenho compartilhado threads com informações sobre locais que oferecem assistência psicológica gratuita ou com preços mais acessíveis, você pode encontrar uma dessas threads clicando aqui, o site do VCC também é um local onde você pode encontrar ajuda).
A assistência médica psicológica é indispensável; os livros, a fé, se abrir com os amigos e a família pode ajudar sim, mas são os psiquiatras, psicólogos e terapeutas os profissionais preparados para lidar da melhor forma com a questão.
Para as pessoas que não estão envolvidas diretamente com o problema, fica o meu pedido para que informem-se e conscientizem-se sobre o tema, para que possam estar atentos aos sinais. Depressão não é frescura nem falta de fé, é uma doença que precisa ser tratada com responsabilidade. Cuidemos de nossa saúde mental, cuidemos das pessoas que são importantes para nós (e sejamos responsáveis também com o que dizemos aos desconhecidos).
Até o próximo post!
Me acompanhe nas redes sociais:
Oi
ResponderExcluirA campanha do setembro amarelo é muito importante, eu adorei a sugestão de livro não conhecia o trabalho da autora
Essa campanha tinha que ser feita todos os meses do ano, para ajudar e conscientizar quem está passando por isso e quem está ajudando alguém querido a passar por isso. E siiim, falar sobre isso, se abrir é sempre o melhor remédio.
ResponderExcluirOi linda Maria!!!
ResponderExcluirMenina alertar contra o suicídio e a depressão é muito importante, tem pessoas que infelizmente ainda não sabem como para quem sobre isso é ruim e não ter uma mão amiga parece piorar.
Eu passei por esse livro na Livraria onde faço umas mídias sociais, e fiquei interessada nele, e olha só, agora sei porque! Ter personagens que abordam o tema é muito especial.
Ótimo post!
ResponderExcluirQuero muito ler este livro e não sabia dos personagens que vivenciam a depressão na trama, espero conseguir ler em breve. Obras assim que relatam sobre a depressão e o suicídio de maneira responsável é muito importante, pois concordo com o que você disse, se abrir com amigos, família e com Deus ajuda, mas ajuda profissional é extremamente importante também e as pessoas precisam saber disso.
Oi Maria, este é o próximo livro que vou ler do clube Intrínsecos. Não sabia bem do que se tratava a história, mas agora fiquei mais animada em ler. Realmente o tema depressão e suicídio precisa ser mais discutido e conscientizado. Ótima dica de leitura.
ResponderExcluirBjos
Vivi
http://duaslivreiras.blogspot.com/
Infelizmente, muitas vezes as pessoas confundem tristeza com depressão ou apenas dizem que é frescura ou falta de deus. Passei por uma depressão severa na adolescencia e trato ela até hoje. Sei como a nossa própria mente pode ser nossa amiga ou nossa inimiga. Gostei muito da dica de leitura, é um livro que com toda a certeza lerei (ele não tem gatilhos, tem?). Parabéns por ajudar a espalhar a mensagem sobre o setembro amarelo. Ontem mesmo vi ao vivo um moço que havia acabado de cometer suicídio pulando de um viaduto aqui perto da minha casa e vê-lo ali no chão morto me doeu o coração. Precisamos cuidar uns dos outros. <3
ResponderExcluirAbraço,
Parágrafo Cult
Oi Larissa, eu não me sinto apta a comentar sobre gatilhos.
ExcluirOlá, adorei seu post, é um tema fortemente necessário de se abordar e a leitura do livro já esta na minha lista, espero conseguir em breve a obra!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirAdorei o seu post de alerta e acredito que todos temos que tentar fazer a nossa parte a fim de impedir que o pior aconteça, ainda mais em uma época que temos a depressão como o mal do século. Esse livro que você citou eu ainda não conhecia, mas pretendo ler em breve.
Beijos!
A conscientização da depressão tem que ser diária, não somente anual.a depressão mata e precisamos criar esse hábito de ajudar, de olhar com empatia. Não conheço o livro citado, mas estou querendo muito ler. Adorei suas observações.
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirComo li o livro sei de quais personagens você tá falando. E realmente buscar informações sempre ajuda.
Realmente, por mais que as pessoas que amamos queiram nos ajudar somente os profissionais que vão conseguir orientar da melhor forma possível. Eu nunca li nada dessa autora e estou com esse livro me esperando na estante. Para ser sincera eu não sabia nem do que se tratava. Obrigada por compartilhar a sua experiência e fico feliz que tenha buscado ajuda e que está aqui hoje escrevendo essa publicação maravilhosa =)
ResponderExcluirSai da Minha Lente