Olá, pessoal! Como estão? Na resenha de hoje, venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Pistas Submersas", escrito pela sueca Maria Adolfsson e publicado em 2020 no Brasil pela Faro Editorial.
A trama se passa em Doggerland, um conjunto de três ilhas entre o Reino Unido e os países nórdicos. Na manhã seguinte ao Festival da Ostra, que atraiu muitos turistas para a região, uma mulher foi encontrada morta em casa. Os indícios levam a crer que se trata de um assassinato.
Karen Eiken Hornby será a detetive responsável pela investigação, já que Jounas Smeed, seu superior, não poderá trabalhar no caso pelo fato de ser ex-marido de Susanne, a mulher que foi morta. E há um detalhe: apesar de não se darem bem no trabalho, depois de alcoolizados no festival, Karen e Jounas passaram a noite juntos num hotel!
Será que Jounas está envolvido na morte da ex-esposa? Ou o crime teria sido cometido por alguém que estava no Festival da Ostra? Ou será que o assassinato de Susanne teria algum envolvimento com a comunidade hippie da qual seus pais fizeram parte nos anos 1970? São perguntas que Karen tentará responder ao longo da investigação.
"Pistas Submersas" não é um thriller de ritmo alucinante como "Sem Saída" (outro lançamento da Faro que li recentemente), mas sim um romance policial nórdico, ao estilo da série Millennium (citada na capa) e de "O Homem de Areia". Além disso, é o primeiro da série Doggerland, onde acompanharemos as investigações da detetive Karen. Sendo assim, o enredo tem um ritmo mais lento inicialmente, enquanto a autora vai nos apresentando o cenário e a História das ilhas. Há um número grande de personagens secundários, como os demais policiais, os amigos e a família da Karen, e cada um tem sua importância em determinado momento. Vemos também como Karen precisa lidar com o machismo no ambiente de trabalho e com coisas que aconteceram em seu passado.
Karen foi uma personagem bem interessante de se acompanhar e que quero reencontrar nos próximos livros da série. Ressalto que o assassinato de Susanne é totalmente solucionado em "Pistas Submersas". Foi um caso daqueles bem complexos, com pequenas pistas espalhadas e vários suspeitos, difícil de solucionar, mas com um desfecho que foi surpreendente para mim.
Eu gostei bastante de "Pistas Submersas". O cenário das ilhas foi interessante. Os personagens e as ligações que eles formaram foram marcantes. A narrativa da autora conseguiu me deixar curiosa com o rumo da investigação. Enfim, é uma leitura que recomendo para quem gosta de romances policiais.
Algumas citações:
"Para seu espanto, Karen se sente tocada. Várias fotografias poderiam perfeitamente ter saído de seus próprios álbuns de família; a súbita percepção de conexão e da falta de sentido dessa existência passageira a emociona. Tantas mulheres, homens e crianças, com semblantes sérios ou alegres, que testemunharam a passagem de décadas, e agora provavelmente estão todos mortos. Geração após geração, lutando para sobreviver e perpetuar a raça humana - e talvez para obter um pouco de felicidade. Todos esses ancestrais cujas mágoas e alegrias agora só podem ser vislumbrados num punhado de fotografias desbotadas. Pessoas que um dia significaram tudo para outro alguém, e no entanto acabam esquecidas poucas gerações mais tardes." (página 183)
"- Você viu como eles são? A maioria se veste como vagabundos, cabelos longos, vestidos longos. (...) E as criancinhas deles também, eles têm um bando de filhos. Deus sabe como cuidam deles. E para que escola vão quando tiverem idade? Para a nossa escola na vila? Vão ficar junto com as nossas crianças? Gente assim deveria ser proibida de procriar, se quer a minha opinião (...)." (página 145, comentário de uma moradora sobre os pais de Susanne, que vieram para Doggerland na década de 1970 para formar uma comunidade hippie)
"Quando uma mulher é assassinada, segundo as estatísticas, em nove de cada dez casos o autor do crime é o marido ou ex-marido." (página 98)
A edição da Faro traz uma capa com elementos que remetem à trama, relevo no título, páginas amareladas, boa revisão e diagramação.
Detalhes: 368 páginas, ISBN-13: 9788595811027, Skoob, clique para comprar na Amazon:
Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: já leram algo de autores escandinavos?
A trama se passa em Doggerland, um conjunto de três ilhas entre o Reino Unido e os países nórdicos. Na manhã seguinte ao Festival da Ostra, que atraiu muitos turistas para a região, uma mulher foi encontrada morta em casa. Os indícios levam a crer que se trata de um assassinato.
Karen Eiken Hornby será a detetive responsável pela investigação, já que Jounas Smeed, seu superior, não poderá trabalhar no caso pelo fato de ser ex-marido de Susanne, a mulher que foi morta. E há um detalhe: apesar de não se darem bem no trabalho, depois de alcoolizados no festival, Karen e Jounas passaram a noite juntos num hotel!
Será que Jounas está envolvido na morte da ex-esposa? Ou o crime teria sido cometido por alguém que estava no Festival da Ostra? Ou será que o assassinato de Susanne teria algum envolvimento com a comunidade hippie da qual seus pais fizeram parte nos anos 1970? São perguntas que Karen tentará responder ao longo da investigação.
"Pistas Submersas" não é um thriller de ritmo alucinante como "Sem Saída" (outro lançamento da Faro que li recentemente), mas sim um romance policial nórdico, ao estilo da série Millennium (citada na capa) e de "O Homem de Areia". Além disso, é o primeiro da série Doggerland, onde acompanharemos as investigações da detetive Karen. Sendo assim, o enredo tem um ritmo mais lento inicialmente, enquanto a autora vai nos apresentando o cenário e a História das ilhas. Há um número grande de personagens secundários, como os demais policiais, os amigos e a família da Karen, e cada um tem sua importância em determinado momento. Vemos também como Karen precisa lidar com o machismo no ambiente de trabalho e com coisas que aconteceram em seu passado.
Karen foi uma personagem bem interessante de se acompanhar e que quero reencontrar nos próximos livros da série. Ressalto que o assassinato de Susanne é totalmente solucionado em "Pistas Submersas". Foi um caso daqueles bem complexos, com pequenas pistas espalhadas e vários suspeitos, difícil de solucionar, mas com um desfecho que foi surpreendente para mim.
Eu gostei bastante de "Pistas Submersas". O cenário das ilhas foi interessante. Os personagens e as ligações que eles formaram foram marcantes. A narrativa da autora conseguiu me deixar curiosa com o rumo da investigação. Enfim, é uma leitura que recomendo para quem gosta de romances policiais.
Algumas citações:
"Para seu espanto, Karen se sente tocada. Várias fotografias poderiam perfeitamente ter saído de seus próprios álbuns de família; a súbita percepção de conexão e da falta de sentido dessa existência passageira a emociona. Tantas mulheres, homens e crianças, com semblantes sérios ou alegres, que testemunharam a passagem de décadas, e agora provavelmente estão todos mortos. Geração após geração, lutando para sobreviver e perpetuar a raça humana - e talvez para obter um pouco de felicidade. Todos esses ancestrais cujas mágoas e alegrias agora só podem ser vislumbrados num punhado de fotografias desbotadas. Pessoas que um dia significaram tudo para outro alguém, e no entanto acabam esquecidas poucas gerações mais tardes." (página 183)
"- Você viu como eles são? A maioria se veste como vagabundos, cabelos longos, vestidos longos. (...) E as criancinhas deles também, eles têm um bando de filhos. Deus sabe como cuidam deles. E para que escola vão quando tiverem idade? Para a nossa escola na vila? Vão ficar junto com as nossas crianças? Gente assim deveria ser proibida de procriar, se quer a minha opinião (...)." (página 145, comentário de uma moradora sobre os pais de Susanne, que vieram para Doggerland na década de 1970 para formar uma comunidade hippie)
"Quando uma mulher é assassinada, segundo as estatísticas, em nove de cada dez casos o autor do crime é o marido ou ex-marido." (página 98)
A edição da Faro traz uma capa com elementos que remetem à trama, relevo no título, páginas amareladas, boa revisão e diagramação.
Detalhes: 368 páginas, ISBN-13: 9788595811027, Skoob, clique para comprar na Amazon:
Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: já leram algo de autores escandinavos?
Até o próximo post!
Me acompanhe nas redes sociais:
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Obrigada por comentar :)!!! Sua opinião é muito importante para mim. Tem um blog? Deixe seu link que visitarei sempre que possível.
*comentários ofensivos serão apagados