Resenha: livro "Querida Jane Austen, uma homenagem"

 Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Querida Jane Austen, uma homenagem", antologia publicada pela Editora Bezz no selo Leque Rosa em 2017 pela ocasião do bicentenário de falecimento da escritora Jane Austen.

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 SOBRE CADA CONTO:

 Em "Sinceramente sua", Luciana Viter dá um final feliz para Margaret Dashwood, a irmã mais nova de Elinor e Marianne, protagonistas de "Razão e Sensibilidade". Margaret encontra o Sr. Jennings de forma inusitada: com ela caindo de uma árvore!

 "Os acasos do amor" da Júlia Ventura é sobre Anne (cujo livro favorito é "Persuasão") e Fred. Anos atrás, Fred lhe convidou para ir morar com ele em Los Angeles, mas Anne recusou por causa da família que precisava dela. O tempo passou, Fred se tornou um lutador de MMA, e eles se reencontraram num final de semana na casa de amigos. Esse reencontro faria Fred perceber que Anne era uma pessoa muito mais generosa e altruísta do que ele imaginava, e faria Anne entender que já viveu demais por sua família e que era hora de viver para si mesma.

 Já imaginaram o que aconteceria se Darcy de "Orgulho e preconceito" perdesse a memória? É o que temos em "Algo em seu olhar" da Raquel Cavalcanti. Sete meses depois do casamento com Elizabeth, Darcy sofreu um acidente e se esqueceu de tudo o que viveu nos últimos anos. Imaginem como ele ficou ao descobrir que estava casado com alguém como Elizabeth!

 "- Como pude cometer tamanha loucura? - iniciou seu desabafo - Ou está zombando de mim, ou eu sou o homem mais insensato da face da Terra! Quero saber o que me fez tomar por esposa uma mulher sem classe, sem berço e que não me parece ter nada de excepcional. Acabo de descobrir que expus o nome de minha respeitável família, os Darcy, ao escárnio da sociedade, e sem ao menos ter como voltar atrás em minha infeliz decisão. - Aproximando-se de Elizabeth, tentando encontrar alguma lógica num casamento que agora não lhe parecia ter razões para existir." (página 66)

 Assim como "Os acasos do amor", "Uma pausa no tempo" da Naiara Aimee também traz um casal que se separou no passado. Antes da faculdade, Ryan pediu Audrey em casamento, mas caso se casassem, Audrey sabia que Ryan não conseguiria se dedicar ao seu maior talento: o futebol americano. Para que ele pudesse seguir sua carreira no esporte, Audrey rompeu seu compromisso. Oito anos depois, Ryan e Audrey foram convidados para padrinhos no casamento de um casal de amigos. Rever Ryan fez com que Audrey se lembrasse do quanto ainda o amava, mas parecia que para ele a fila havia andado. Será?

 "Então, tristemente percebo que, para sentimentos ão intensos, oito anos podem ser o mesmo que nada." (página 94)

 "O legado de Mary Bennet" de Cacá Smith traz uma nova chance de felicidade para Mary, uma das irmãs de Elizabeth ("Orgulho e Preconceito") muitos anos depois do casamento de Lizzy e Darcy.

 "Garotaausten.com" da Katherine Salles nos apresenta Catarina, uma jovem que tem um canal no Youtube onde chamou atenção por se vestir como na época de Jane Austen. Ela tinha Isabela como sua melhor amiga, apesar de nunca terem se visto pessoalmente, apenas pela internet. Catarina amava as fanfics que Isabela escrevia. Depois de meses economizando, Catarina finalmente conseguiu dinheiro e permissão da mãe para viajar de Mogi das Cruzes ao Rio de Janeiro e passar alguns dias na casa de Isabela. A casa era um antigo hotel, e Isabela não parecia tão legal pessoalmente como na internet. Será que a amizade virtual resistiria à realidade?

 Em "Um encontro com Mr. Darcy e companhia", Tânia Picon coloca Mr. Darcy, o gentil Charles Bingley e o libertino George Wickham (de "Orgulho e Preconceito") como seres com a missão de ajudar Amanda que nunca se dava bem nos relacionamentos (seu último namorado lhe traiu com a melhor amiga dela). Os três, na verdade, os dois, já que Wickham não era de muita ajuda, lhe alertaram sobre como ela estava julgando erroneamente Daniel, um rapaz que conheceu no trabalho. Seria ele o seu Mr. Darcy?

 "Pera, uva, maçã ou salada mista?" da Moira Bianchi mostra um grupo passando alguns dias numa fazenda que oferece a programação turística de misturar o Vale do Café com a época de Jane Austen no século dezenove. Os turistas se vestem como na época e tem atividades típicas daquele período. Lenny vai com o tio para o passeio, onde também está Vicente, que trabalha no ramo da hotelaria e estava interessado na experiência da viagem. Lenny estudou História e tem consciência das incongruências daquela salada cultural do passeio, enquanto Vicente fazia sua própria salada, misturando referências de personagens de todos os livros e filmes, algo que irritava Lenny, profunda conhecedora do assunto.

" - Não tive a intenção de ser rude...
 - Imagina se tivesse! - Ele bufou. - Veja se acha uma chance de se desculpar. Coitada, não fez faculdade de História como você.
 - Como sabe? - Madalena desafiou, sempre odiou tomar pito.
 - Conversei com eles no café da manhã. Ela é fã dos filmes, está aqui realizando um sonho.
 - Aposto que nunca leu as obras de Austen. - Levantou o nariz caprichando na petulância. - Nem viu os seriados ingleses.
 - É fã como você. Não se esqueça disso." (página 186)

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 OPINIÃO:

 Confesso: ainda não li nenhum livro da Jane Austen nem assisti filmes ou séries baseados neles, mas já vi inúmeros comentários sobre suas obras, além de alguns capítulos de "Orgulho e Paixão", novela inspirada em seus romances (não é a adaptação deles, apenas uma inspiração), de forma que considero saber o básico sobre a autora que continua conquistando leitores mesmo depois de dois séculos de seu falecimento.

 Comecei a ler "Querida Jane Austen, uma homenagem" sem expectativa alguma, e já no prefácio (escrito pela Adriana dos Santos Sales, da JASBRA [Jane Austen Brasil]), me vi fascinada ao descobrir um pouco sobre a vida e as obras da autora.

 Finalizei a leitura do primeiro conto com um suspiro de contentamento e um sorriso no rosto, e isso se repetiu até o último e oitavo conto. Depois, ainda tive o prazer de ler um artigo da Mara Sop sobre como os figurinos das adaptações das obras de Austen estavam ligados aos períodos históricos em que as tramas se passavam, com direito a ilustrações muito fofas. Temos ainda um segundo artigo da Vânia Nunes sobre a relação da família Austen com a comida e como a alimentação estava nas entrelinhas de suas obras (na época, falar sobre necessidades básicas como a comida não era de bom tom).

 "Querida Jane Austen, uma homenagem" foi uma leitura da qual gostei muito (ganhou cinco estrelinhas na minha avaliação no Skoob) e que recomendo, mesmo para quem (assim como eu) ainda não leu nenhuma das histórias onde os contos foram baseados. Nos textos que são continuações, espécies de spin-offs dos livros da Jane Austen ("Sinceramente sua", "Algo em seu olhar" e "O legado de Mary Bennet"), não tive dificuldade de entender as histórias, e uma rápida pesquisa no Google pode sanar alguma curiosidade sobre, por exemplo, quem era Margaret Dashwood. Os outros cinco contos que se passam nos dias atuais são igualmente bem escritos, românticos, e trazem personagens tão encantadores e apaixonantes quanto os demais. Falando em personagens, é possível ver que a essência dos Bennets, de Darcy, de Charles Bingley e dos demais personagens de Jane continua presente nos contos, mostrando uma ou outra faceta diferente de acordo com o que a trama pede.

 Não consigo escolher um conto favorito, todos tem histórias e personagens interessantes e são muito bem escritos (sério, anotei os nomes das autoras e vou correndo procurar os livros de cada uma para ler!), de forma que eu poderia falar horas sobre cada um. Mas destaco que amei a escrita divertida de "Uma pausa no tempo", com a delicadeza de um amor que nasceu em um casal muito jovem. "Garotaausten.com" roubou meu coração ao falar sobre uma amizade virtual e sobre como tentamos mostrar só o nosso melhor nessas relações, e quando elas vão para o mundo real, as coisas nem sempre são como imaginamos. E "Pera, uva, maçã ou salada mista?" traz uma mensagem bem bacana sobre respeitar os sonhos dos outros, não se julgar melhor e com mais direito de ser fã só por conhecer mais do trabalho de algum autor.

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 A edição tem uma capa condizente com esse ar de época, mas para um livro tão lindo, confesso que poderíamos ter algo mais elaborado. As páginas são amareladas e lisas. Posso contar nos dedos os erros de revisão. A diagramação traz letras, margens e espaçamento de bom tamanho.

 Detalhes: 290 páginas, ISBN-13: 9788568695708, Skoob. Onde comprar online: loja da editoraAmazon (e-book ou físico).

 Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Fica a minha super recomendação de leitura. Para quem tem receio de contos, podem ler sem medo, pois eles não são curtinhos e as autoras souberam desenvolver bem as histórias. Preparem o coração para um livro apaixonante! Me contem: gostam da escritora Jane Austen? Já leram algo das autoras presentes na antologia? Qual conto lhes chamou mais a atenção?


Até o próximo post!

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TAG Experiências Literárias, unboxing e preconceito literário [SoSeLit #05]

 Olá pessoal, tudo bem? No mês de maio, o clube de assinaturas TAG Experiências Literárias enviou para seus associados na modalidade Curadoria o livro "Tempo de Migrar para o Norte", escrito pelo sudanês Tayeb Salih, indicação do curador Milton Hatoum. Aperte o play para conferir o vídeo onde abro a caixa, mostro o brinde do mês e as informações contidas na revista (também conto sobre o brinde especial que virá em julho):



Tempo de Migrar para o Norte, Tayeb Salih, ISBN-13: 9788542212488, 176 páginas. Sinopse: Neste romance conta-se a história das viagens e visões de Mustafa Said que se encontra dividido entre dois continentes. Mustafa Said é órfão de pai e quando jovem abandona a mãe e parte para Londres onde se destaca profissionalmente. Mas a visão dos britânicos sobre o continente africano e sua própria condição de expatriado são motivos que causam revolta e decepção em Mustafa.



 Com a loucura que foi o VEDA, acabei não postando aqui no blog sobre o kit de abril, só postei o vídeo lá no canal, então, confiram o que veio no mês passado:



The Underground Railroad - Os Caminhos para a Liberdade, Colson Whitehead, ISBN-13: 9788595082953, 320 páginas. Sinopse: Cora é escrava em uma plantação de algodão da Geórgia, na década de 1800. Ela não conhece outra vida mas, diferentemente de seus companheiros, ela ousa sonhar com a liberdade. Quando Caesar, um escravo recém-chegado da Virgínia, conta a ela sobre um caminho de fuga do sul para o norte do país, eles decidem correr o risco. 
Na concepção fabulosa de Colson Whitehead, a ferrovia subterrânea não é uma metáfora, mas uma rede secreta de trilhos, condutores e túneis intricados, espalhados pelos Estados Unidos.

 Associe-se pelo meu link de indicação e ganhe R$35,00 para usar na loja exclusiva para assinantes: https://taglivros.com/associe-se/escolha-sua-caixinha?codigo_indicacao=MARRESUA.

 Agora que já mostrei os kits dos últimos meses, venho falar sobre o infográfico infeliz (abaixo) que a TAG enviou por e-mail mostrando as diferenças entre suas duas modalidades (Inéditos e Curadoria) e que levantou discussões volta e meia presentes no meio literário, onde sempre aparece algum tolo arrogante querendo criticar os livros que outra pessoa lê. Episódio que eu e outros blogueiros literários resolvemos trazer como tema da nossa blogagem coletiva do SoSeLit de maio.



 O infográfico coloca claramente de um lado, os clássicos como livros maçantes e que fazem pensar, e do outro, os best-sellers como young adults e chicklits como livros que não exigem muita concentração, não fazem pensar e destinam-se à leitores inciantes, algo de que discordo fortemente.

 Infográficos como esse servem apenas para aumentar o preconceito literário, e a gente sabe que preconceito não traz nada de bom. Ter preconceito com livros que entram para os mais vendidos logo após o lançamento e criticar quem os lê como se esse leitor fosse inferior ao leitor que só lê clássicos do século dezenove só mostra a soberba de quem despreza o que é popular e não exclusivo ou elitizado (lembrando que com a baixíssima média de leitura do brasileiro, a leitura chega a ser denominada como algo da "elite").

 É inegável o preconceito que os clássicos também sofrem, espantando leitores que os consideram livros chatos e maçantes. Ainda assim, já vi relatos de pessoas que nunca tinham lido um livro sem ser os da escola, e resolveram começar logo por Guerra e Paz, romance do russo Lev Tolstoi numa edição com mais de mil páginas, e assim criaram o hábito de ler. Hábito que também nasceu em pessoas que tiveram Crepúsculo ou Cinquenta Tons de Cinza como primeira leitura.

 Se Crepúsculo e Cinquenta Tons de Cinza (garanto que há livros mais problemáticos que o do Grey) continuarão a ser lembrados nos próximos séculos, é alo que não estaremos vivos para descobrir. Mas acho que vale lembrar que nem todos os livros publicados na época do Tolstoi são lidos até hoje, e que Harry Potter, rejeitado por várias editoras, está há duas décadas conquistando leitores.

 A própria TAG Curadoria, que não envia exclusivamente clássicos e faz um trabalho importantíssimo ao trazer diversidade para as estantes brasileiras, é vítima de preconceito literário. Nos posts onde mostro os livros enviados, recebi vários comentários de leitores dizendo que não curtem o estilo de livros enviados pelo clube. Mas que estilo é esse? Livros de autores de diferentes cantos do mundo, de diferentes décadas, a autobiografia de uma cantora, um livro de contos, uma história sobre pessoas de religiões diferentes atravessando o deserto numa caravana não pertencem ao mesmo gênero nem ao mesmo estilo literário.

 O problema são os rótulos, a divisão, o julgamento antes de ler, o preconceito.

 Leio de tudo e raramente rotulo um livro em minhas resenhas como recomendado apenas para um público, pois um romance policial ou um romance de época podem ser igualmente boas leituras para um mesmo leitor. Obviamente, se pedirem sugestões de romance policial, não indicarei um romance de época, assim como não indicarei um livro erótico para uma criança. Não diria para um leitor que está começando a ler, que ele não é capaz de apreciar um clássico; acredito que quando estamos descobrindo o prazer da leitura, é a fase onde somos mais abertos ao novo e ao diferente, ainda que um maior vocabulário ou repertório de referências pode mudar a forma como vemos uma história.

 Em segundos no Google se encontra a definição do que é literatura (algumas definições: 1. lit uso estético da linguagem escrita; arte literária. 2. lit conjunto de obras literárias de reconhecido valor estético, pertencentes a um país, época, gênero etc. 3. p.ana. conjunto das obras científicas, filosóficas etc., sobre determinada matéria ou questão; bibliografia. 4. ofício, trabalho do profissional de letras. 5. conjunto de escritores, poetas etc. que atuam no mundo das letras. 6. disciplina escolar composta de estudos literários.), e menosprezar o colega que lê romances eróticos, thriller, young adults ou chicklits não vai ajudar em nada a promover a leitura no país.

 Cada livro pode acrescentar algo ao leitor, uma palavra nova, um lugar, uma música... Assim como Agatha Christie pode alertar sobre sinais de envenenamento, "Tudo e todas as coisas" cita o que é limerique, "Divina Essência" relembra um antigo costume dos casamentos ingleses, "Meu coração e outros buracos negros" apresenta um tipo de pimenta (além da conscientização sobre o suicídio). E dentro do mesmo nicho, por exemplo, o dos romances de época, há uma diversidade enorme (ambientação no Brasil, Inglaterra, Escócia, foco nas diferenças entre países, conflitos entre aristocratas e burgueses, pano de fundo envolvendo guerras...).

 Enfim, o assunto renderia parágrafos e mais parágrafos, e para não me estender ainda mais, fica o meu pedido para que pensemos mais antes de despejar os nossos conceitos prévios disfarçados de opinião. Precisamos propagar a leitura, não desmotivá-la com a falsa preocupação com o colega que não lê "livro de qualidade", sendo que o que é bom hoje pode não ser o mesmo de séculos atrás ou da próxima década. Espero que tenham gostado do post de hoje.

 ♥ Conheça os demais participantes da SoSeLit: Eu InsistoMy Dear LibraryLa OliphantUm Metro e Meio de LivrosLivro LabYara GuezBarda LiteráriaColeções Literárias.

Até o próximo post!

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5 livros com mães que você precisa conhecer


 Olá pessoal, tudo bem? O tema do projeto Próximo Capítulo de maio, por ser o mês do Dia das Mães, era fazer um post que abordasse as mamães e os livros. Eu resolvi indicar para vocês cinco livros que tenham mães como personagens interessantes. Eu não tenho filhos, mas tenho a dádiva de ter minha mãe por perto, e venho refletido muito sobre essa relação entre mães e filhos. Muitas vezes a gente esquece que antes de ser mãe, se é mulher, e que também já se foi filha um dia... Sem mais delongas, vamos às minhas indicações:

Mamãe Walsh: pequeno dicionário da Família Walsh, Marian Keyes, Bertrand Brasil, 2014, clique para ler a resenha, clique para comprar.

O livro dá voz à matriarca da família Walsh, casada com o Senhor Walsh (citado no post de melhores pais literários), mãe de cinco filhas: Claire, Margaret, Rachel, Anna e Helen. Cada uma das cinco teve sua história contada em um livro da série, começando pela Claire em "Melancia". As aparições da Senhora Walsh nos dois livros da série que li sempre me agradavam, e não foi diferente no livro só dela. Aliás, ela merecia mesmo esse livro para poder falar abertamente o que quisesse, pois criar suas cinco filhas não foi tarefa fácil. Conhecemos mais dessa mulher colecionadora de guarda-chuvas, que se preocupa e procura conviver com suas meninas, outra obra onde Marian Keyes consegue de forma brilhante escrever com humor sobre situações difíceis mas muito presentes em nossa realidade.

Série "Uma geração. Todas as decisões", Eleonor Hertzog, Mundo Uno Editora, clique para comprar.

 Vamos agora para uma mamãe da fantasia e da ficção científica: a bióloga marinha Doris Melbourne, casada com Henry (também citado no post de melhores pais literários), mora num barco com nada menos que OITO filhos, sete biológicos e uma adotiva! E se cuidar dessa turminha já é um trabalho e tanto, vocês precisam ver a capacidade que Dóris tem pra fazer todo mundo se comportar, eu não me lembro em qual dos três livros da série (Cisne, Linhagens, Talismãs [clique nos títulos para ver as resenhas]), mas eu amo a cena onde ela mostra o seu poder e faz um bando de marmanjos ficar quietinho.



"Cadê você, Bernadette?", Maria Semple, Companhia das Letras, 2013, clique para ler a resenha, clique para comprar.

 Pois mães também podem ter problemas psicológicos! Para Bee, sua mãe Bernadette era a melhor mãe do mundo. A filha não percebia como a mãe era antissocial, até que Bernadette desapareceu. Através de bilhetes, e-mails, e até do FBI, Bee descobrirá quem era Bernadette Fox muito além do lado mãe, e o que fez com que ela deixasse de ser uma arquiteta genial e se tornasse deprimida. Muitos filhos idealizam as mães e só conseguem ver essa faceta delas, esse livro da Maria Semple aborda essas questões de forma emocionante.




"A linguagem das flores", Vanessa Diffenbaugh, Editora Arqueiro, 2011, clique para ler a resenha, clique para comprar (há mais de uma capa, mas a minha preferida é essa ao lado).

 Victoria Jones era órfã, passou por mais de 30 casas e abrigos para menores, foi maltratada a ponto de passar a odiar o mundo. Aos 10 anos, teve a única mãe adotiva que talvez pudesse lhe ensinar o que era uma família, mas Elizabeth não era perfeita, como ninguém é, ela tinha problemas que Victoria tentou resolver do seu jeito, criando uma confusão e fazendo a garota perder de vez suas esperanças de ter uma vida normal. Muitos leitores julgam as atitudes de Victoria, mas como alguém que não teve amor familiar poderia dar esse amor? Até hoje, guardo comigo a citação da página 282 desse livro: "Talvez os indiferentes, os rejeitados, os mal-amados pudessem aprender a dar amor com tanta abundância quanto qualquer outra pessoa.".

"A Torre do Terror", Jennifer McMahon, Record, 2017, clique para ler a resenha, clique para comprar.

 E por último, mamães de um livro de terror! Margot está grávida e liga para a irmã Piper contando que Amy, amiga das duas na adolescência, é suspeita de matar o marido e o filho e logo depois se suicidar. O fato é que Amy deixou uma espécie de mensagem que as duas precisam decifrar se quiserem desvendar a morte da amiga, morte que pode ter ligação com o fato de Amy ter sido criada pela avó, já que depois que a tia de Amy sumiu, a mãe dela passou a ter problemas com álcool e nunca mais foi a mesma.

 Como vocês podem ver, nem todas as mães que escolhi mostrar para vocês são "convencionais", vivendo situações longe da maternidade romantizada, mas são personagens de livros que gostei muito e que acho que vocês podem gostar também, além de nos ajudarem a lembrar, como já comentei nesse post, que ser mãe não faz com que a mulher deixe de ser um ser humano. Se você tem a sorte de ter sua mãe por perto, nunca se esqueça de que ela é alguém que também tem sentimentos, desejos e sonhos, e não é uma empregada que tem que fazer tudo para você, e se você é mãe, lembre-se de que filhos não são propriedades que você pode gerir eternamente, são pessoas. Enfim, essa relação entre mães e filhos dá pano pra manga, mas espero que vocês tenham gostado do post de hoje. Me contem se já conheciam alguma dessas mamães.

Veja os outros posts do Próximo Capítulo: apresentação10 capas mais bonitas da estante5 livros com personagens femininas, primeiras impressões. Outros blogs que participam do projeto de blogagem coletiva Próximo Capítulo: Enjoy BooksInstantes MemoráveisDegradê InvisívelGaláxia dos DesejosPróxima PrimaveraCapítulo 1.

Até o próximo post!

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Resenha: livro "Segredos de uma noite de verão", Lisa Kleypas

 Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Segredos de uma noite de verão", escrito pela Lisa Kleypas e publicado no Brasil pela Editora Arqueiro em 2015.

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 A história é narrada em terceira pessoa e se passa em Londres, em 1843. Já era o final da temporada de bailes, e mais uma vez Annabelle Peyton não tinha conseguido um pretendente, ainda que fosse linda, de boa família e bem educada. O problema era a falta de dote, seu pai morreu há alguns anos e seu irmão Jerremy, o outro homem da casa, ainda estava na escola. Como na época as mulheres da classe de Annabelle não podiam trabalhar, a família precisava se virar com as economias que tinham e que estavam acabando. Em poucas semanas, ela completaria 25 anos, e seria considerada velha demais para mais uma temporada. Algo pelo que alguns homens torciam, pois poderiam convencê-la mais facilmente a se tornar uma amante para conseguir se manter. A situação era desesperadora!

 Mas Annabelle não era a única tomando chá de cadeira, sem ser tirada para dançar, naquela temporada. Em certo baile, ela reparou em três outras jovens: Lillian e Daisy (as irmãs Bowmans, vindas dos Estados Unidos, muito ricas, mas sem um título) e Evie (deixada de lados nos bailes por sua gagueira). As quatro começaram a conversar e resolveram se unir para conseguirem bons casamentos. Já que Annabelle era a mais velha, portanto, mais próxima de se tornar uma solteirona, ela seria a primeira a ser ajudada. As Bowmans lhe emprestariam roupas e joias para que ela parecesse mais bela (Annabelle não tinha sequer um sapato adequado para andar na grama), e iriam para as duas semanas de festa de final da temporada na propriedade de lorde Westcliff no campo, onde fariam o possível para que Annabelle fisgasse um nobre disponível.

 "Annabelle ficou olhando para a moça americana fingindo estar chocada.
 - Você é cruel - disse por fim.
 - Herdei isso da minha família. Os Bowmans são cruéis por natureza. Embora também possamos ser diabólicos quando a ocasião assim nos exige.
 Rindo, Annabelle se voltou para Evie, que as fitava com uma expressão desconcertada.
 - Evie - principiou com doçura -, até hoje sempre tentei fazer as coisas da forma certa. Mas não surtiu grandes resultados. Portanto, de agora em diante estou disposta a experimentar um método diferente..." (página 55)

 Poderia ser um ótimo plano, mas temos Simon Hunt nessa história, não que ele quisesse atrapalhar as garotas, mas Hunt também fazia parte do time que gostaria de ter Annabelle como amante. Um casamento entre eles não era a primeira opção, já que Simon era filho de um açougueiro, sem sangue nobre nem título, mas que aos 33 anos, havia se tornado muito rico ao investir em empresas que fabricavam equipamentos agrícolas, navios e locomotivas (ramo que estava em ascensão na época) possibilitando que ele estivesse em muitos dos eventos da aristocracia, além de ser amigo de Westcliff. Dois anos antes, Hunt e Annabelle trocaram um beijo, e desde então, ele sempre lhe pedia uma dança nos bailes, e ela nunca dizia sim.

 "Um homem podia ser perdoado por ser um emergente, desde que possuísse uma boa dose de cavalheirismo. No entanto, Simon Hunt não tinha. Não era possível travar conversas educadas com um homem que sempre dizia exatamente o que pensava, não importava quão pouco lisonjeiras ou censuráveis fosses suas opiniões." (página 20)

 Mas na propriedade de Westcliff, os dois acabariam ficando mais próximos, se conheceriam melhor e teriam que decidir se poderiam ficar juntos apesar da diferença de classes.

 Ler "Segredos de uma noite de verão" me fez lembrar o motivo de a Lisa Kleypas ser minha autora favorita de romances de época! É fascinante como ela consegue descrever bem as roupas e os cenários da época, misturando ficção com realidade, ao citar comidas, músicas, instituições como bancos e teatros; a gente acredita mesmo na ambientação da história. A sucessão de acontecimentos e os personagens também são pontos altos, um enredo bem desenvolvido e coeso.

 A situação de Annabelle é realmente desesperadora por causa da falta de dinheiro. É impossível não se comover com o que a família dela precisa passar. Imaginem tomar chá com o mínimo de açúcar possível, ir aos eventos com roupas remendadas e joias falsas! Annabelle não conhece outra vida além da que teve, não circulou por outros meios além da sociedade aristocrática, então, o casamento com um nobre é a única saída que encontra.

 Simon Hunt tem consciência de que, apesar de rico, continua sendo um plebeu. Ele não é nenhum santo, e eu confesso que gostaria de ter entendido melhor o momento em que ele decidiu que Annabelle poderia ser sua esposa e não somente sua amante.

 Falando em não ser santo, essa é outra característica dos personagens, eles são reais, com defeitos e qualidades. Armar para conseguir um casamento pode não ser uma atitude muito louvável, e a tímida Evie até reluta um pouco em aceitar participar do plano, mas por outro lado, ela quer viver, ser livre da tia que a maltrata. Lillian (protagonista do próximo livro) é uma força da natureza, determinada, esperta, jamais seria como uma dócil dama inglesa, e Daisy é super divertida, rendendo algumas das cenas mais engraçadas do livro: para fazer uma bola de couro para jogar sem que desconfiem, diz que está fazendo uma almofada (horrível!) para alfinetes, depois é só tirar os alfinetes e a bola está pronta (página 84), não se contenta por ser baixinha com seu pouco mais de metro e meio por sentir que as mulheres baixinhas são tratadas como crianças e quando ia fazer vestidos, ficava nas pontas dos pés, resultado: bainhas que precisavam ser refeitas (página 87).

 Uma das coisas que mais gostei no livro foi como ele aborda a amizade. Já li vários livros onde as personagens femininas se tornavam amigas por terem algum laço com um homem em comum, por exemplo, a mocinha do segundo livro se torna amiga da mulher do mocinho do primeiro, ou seja, elas se aproximavam por causa de um homem. Em "Segredos de uma noite de verão" isso não acontece (e parece que é do mesmo jeito nos próximos volumes). Haja ou que houver, cassem-se com quem for, Annabelle, Lillian, Daisy e Evie continuarão sendo amigas e leais umas às outras. Sempre darão um jeito de conversar e se divertir. No início do livro há varias cenas só delas, ondem se divertem por se divertirem, sem a necessidade de estarem pensando em romance. Também é interessante a amizade entre Hunt e Westcliff, o segundo parece um nobre meio esnobe e insensível inicialmente, mas mostra seu valor nos capítulos finais.

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 A edição segue o padrão dos romances de época da Arqueiro, com uma capa em tons de rosa, páginas amareladas, boa revisão, diagramação com margens, espaçamento e letras de bom tamanho.

"Nos últimos anos, havia se tornado extremamente rico, tendo adquirido títulos majoritários em empresas que fabricavam equipamentos agrícolas, navios e locomotivas. Apesar do seu modo nada polido, Hunt era convidado para festas da alta sociedade, porque era demasiado rico para ser ignorado. Ele personificava a ameaça que as indústrias representavam para a centenária aristocracia britânica presa à propriedade agrícola." (páginas 20 e 21)

 Enfim, "Segredos de uma noite de verão" foi um livro que eu gostei muito e que recomendo, pela boa construção da história, por seu pano de fundo com o embate entre a aristocracia inglesa e a ascensão industrial, por trazer um romance bem desenvolvido e com algumas cenas quentes intensas mas não vulgares, falar de amizade e ainda ter cenas bem divertidas. As situações vividas pelos personagens no século dezenove ainda causam empatia e reconhecimento no leitor dos dias de hoje. Estou me segurando para não jogar todos os compromissos pro alto, me trancar no quarto com os próximos volumes da série "As quatro estações do amor" (cada um é sobre um casal) e só sair de lá quando chegar na última página. Como estratégia para não fazer isso, o segundo volume, "Era uma vez no outono", encontra-se ainda embalado no plástico, pois sei que a hora que abri-lo, vou querer espiar as primeiras páginas e aí, "Adeus vida, trabalho, blog...".

 Detalhes: 288 páginas, Skoob, ISBN-13: 9788580414271, leia um trecho. Curiosidade: essa série se passa alguns anos antes da série "Os Hathaways" (já resenhada aqui no blog), mas não é preciso ler uma para ler a outra. Clique e compre na Amazon:

 Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: já leram ou querem ler algo da Lisa?

Até o próximo post!

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TOP 10: Livros de Psicologia


Olá Leitores (as), como estão? Espero que estejam todos bem. Bom, já faz algum tempo que quero mostrar para vocês minha pequena coleção de livros acadêmicos. Na verdade são títulos que tenho utilizado durante minha graduação de Psicologia. Por essa razão resolvi trazer o “TOP 10: Livros de Psicologia” para que vocês possam conferir em detalhe todos os livros que possuo. Vejam só:


Tenho vários livros que abordam temas voltados para a Psicologia, no entanto esses 10 livros são os que mais utilizei para fins didáticos, mas que poderá ser utilizados até depois da graduação, enquanto estiver atuando. Dessa forma acredito que este investimento, que na verdade não foi nada barato vai valer a pena. Por isso se você tem interesse de cursar graduação de Psicologia, ou se interessa pela área não perca tempo e continue lendo esse post, pois vocês vão adorar as dicas.

O primeiro livro que irei apresentar para vocês e o título “Psicologias”, na qual utilizei bastante, principalmente nos três primeiros anos da faculdade. E percebo que muitos estudantes de psicologia utilizam essa obra, mesmo sendo de outra faculdade. Inclusive o livro possui uma escrita de fácil compreensão, e um amplo conteúdo. Desde a histórias  da Psicologia, e algumas áreas de atuação.
O outro livro e o título “Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais” que praticamente estudei o livro inteiro, e é de muito fácil compreensão, e super completo. E como o título já faz referência vem tratar das Psicopatologia, e os transtornos mentais, apresentando sintomas, explicando capa patologia, entre outros.
Já o título “História da Psicologia Moderna” se usei duas vezes foi muito, e por isso me arrependo de ter adquirido, no entanto é uma obra interessante, mas que poderia ter sido melhor utilizada.



O livro “Psicologia e Educação” utilizei como base enquanto estava realizando o estágio em Psicologia Escolar, e como é uma área na qual me interesso bastante, achei que seria interessante adquirir. A obra “Teorias da Personalidade” também estudei praticamente todos os autores citados, e é um livro muito interesse, pois mostra a perspectiva de vários autores a respeito da personalidade. E “A História da Psicologia: Rumos e Percursos” utilizei poucas vezes, e ao meu ver possui uma escrita muito complexa, e como usei no começo do curso, isso talvez tenha ajudado para minha dificuldade de entender.  O título "Psicodiagnóstico- V" e muito interessante, pois mostra em detalhes a atuação do psicologo na clínica, como montar os laudos, entre outros documentos, entretanto e uma obra que infelizmente esta desatualizada, por esse motivo deveriam republicar em uma nova edição após revisarem o conteúdo.


Para finalizar vou falar sobre os livros CID-10, e DSM-5, que são obras que são utilizadas tanto por psiquiatras, quanto por psicólogos, e como é necessário utilizar de uma mesma linguagem na qual qualquer profissional da saúde irá entender, principalmente em laudos, entre outros documentos, esses títulos acabam se tornando obras essenciais. Necessariamente esses livros será como base para descrever critérios de diagnósticos, já que as doenças estão catalogadas nessas obras, contudo esses títulos estão sempre atualizando, e como são livros caros deve se pensar se vale a pena ou não investir. Porém como sempre precisamos utilizar nos trabalhos acadêmicos e depois quando estiver atuando, achei que naquele momento seria importante adquirir. O Guia de Estudo para o DSM-5 possui vários estudos de casos, com as doenças citadas , e apontando a partir dos sintomas  como isto e muitas vezes é apresentado na clínica, em hospitais, etc.


Então Leitores, este são os livros acadêmicos de Psicologia que possuo, espero que tenham gostado de conferir um pouco mais sobre cada um deles. Quero deixar claro, que esses foram livros que os próprios professores utilizaram como base bibliográfica para as aulas, e por isso  os adquirir. No entanto isso pode se distinguir de faculdade para faculdade, ou até mesmo de professor. Mas, e vocês leitores já conheciam algum desses livros, ou se interessaram por algumas das obras? Deixe nos comentários a opinião de vocês, e quais são os livros que mais lhe interessaram, ou qual desses títulos vocês me indicariam ler primeiro,  já que a opinião de vocês é sempre muito importante e bem vinda.

Espero que tenham gostado, e por hoje é só.

Até o próximo post


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Comprei um Kindle: unboxing e primeiras impressões

 Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje venho contar para vocês que comprei um Kindle, o leitor de livros digitais da Amazon, e falar sobre o que estou achando dele. Vocês podem apertar o play para conferir o unboxing (gravei abrindo a caixa no trabalho mesmo, estava muito curiosa para ver como ele era e já ligar, desculpem qualquer bagunça, rsrs obviamente derrubei um monte de coisas da mesa) e ver como ele veio bem embalado e conferir minhas primeiras impressões ou continuar lendo para ver minha opinião:



 Eu baixei o programa gratuito do Kindle no meu computador e o aplicativo (também gratuito) no celular em 2016, eu acho, e desde então, sempre fico de olho nos e-books gratuitos e nas promoções no site da Amazon. Com isso, já tenho mais de MIL e-books baixados (de forma legal). O problema é que não li nem 10% deles, pois gosto mais dos livros físicos, sempre uso o computador para outras coisas que não sejam a leitura, o celular tem uma bateria com duração vergonhosa além da tela pequena e dos outros aplicativos que sempre causam distrações. Até lia num tablet baratinho que comprei há alguns anos, mas além da concorrência com a minha sobrinha que ama ele por causa do Pou, o tablet parou de atualizar mostrando os novos e-books que baixo.

 Dia desses, acabei olhando no site da Amazon e vi que dava para comprar o Kindle parcelado em até 12 vezes e sem juros, e a parcela caberia no meu bolso. Continuei pesquisando e vi que o Kindle Paperwhite seria mais interessante para mim por ter uma iluminação embutida para ler em ambientes escuros que o Kindle comum não tem. Pensei, pensei, e comprei!

O-que-vem-na-caixa-do-kindle
O que vem na caixa.

 Meu Kindle chegou dentro do prazo, bem embalado, e como eu mostro no vídeo, ligá-lo e configurá-lo é rápido e simples. O que me chamou a atenção logo de cara é a leveza do Kindle, ele é muito leve. Por já ter tido uma experiência com um tablet branco, optei pelo Kindle preto.

 Passei uns três meses para chegar em 20% da leitura de "Romance em San Marino II" lendo pelo celular, em um dia lendo pelo Kindle, já cheguei em 40%, ou seja, a leitura fluiu bem mais! A tela, diferente da tela do celular ou do tablet, realmente não cansa a vista e proporciona uma leitura muito confortável, com a possibilidade de aumentar ou diminuir o tamanho da letra e o brilho.

 Dá para entrar na internet pelo Kindle, o navegador dele é bem básico, mas quebra um galho. Ele vem com um dicionário, você pode clicar em uma palavra e ver o significado dela. A bateria dura mesmo muito tempo!

Dicionário-kindle-paperwhite
Exemplo do dicionário do Kindle.

 A única desvantagem que encontrei entre o Kindle e o aplicativo do celular ou tablet, é a ausência de cor, o fato de ser preto e branco. Sou uma pessoa que ama cor, então, ver todas as capas em preto e branco é algo que acho feio, mas não é nada que atrapalhe a leitura.

kindle-paperwhite-amazon
Capas em preto e branco no Kindle

 Comprei o Kindle Paperwhite na promoção, por R$399,00, hoje ele não está na promoção e o valor está um pouco mais alto, mas é só ficar de olho para ver quando preço baixar. Não achei necessário comprar o adaptador de tomada nem a capa.

 Ganhei um mês de Kindle Unlimited gratuito, esse serviço de assinatura é uma espécie de Netflix de e-books, onde por R$19,90 você pode ler o quanto conseguir do catálogo que conta com mais de um milhão de títulos de editoras e autores independentes. Depois eu conto para vocês o que li no Kindle Unlimited pelo Kindle, pois quando assinei o serviço por três meses pelo celular/tablet/computador, acabei não finalizando nem um e-book!

 Então, minhas primeiras impressões do Kindle Paperwhite são totalmente positivas e estou bem satisfeita com a compra. Ainda continuo preferindo os livros físicos, mas há títulos que a gente só encontra em e-book. Finalizo o post lembrando que você pode fazer uma conta na Amazon e baixar o programa ou o aplicativo totalmente de graça, que sempre há e-books gratuitos para ler e que não precisa ter o dispositivo para assinar o Kindle Unlimited.

 * Para comparar os preços e os modelos de Kindle, acesse a página de dispositivos Kindle: https://amzn.to/2xgkgXZ.
 * Para baixar os e-books gratuitos, acesse a página dos 100 mais baixados gratuitamente: https://amzn.to/2J8iGfC.
 * Para assinar o Kindle Unlimited (e-books da série Harry Potter, Orgulho e Preconceito, Clube da Luta e O Conde de Monte Cristo são alguns dos títulos disponíveis), acesse: https://amzn.to/2s8FP7N (é possível testar o Kindle Unlimited gratuitamente por 30 dias, APROVEITEM!).

 Me contem: vocês têm ou querem ter um Kindle? Ficaram com alguma dúvida? Me recomendam algum e-book disponível no Kindle Unlimited?

Até o próximo post!

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