Olá pessoal, tudo bem? Quem me acompanha no Stories do Instagram talvez tenha visto que aproveitei uma tarde de sábado para finalmente assistir o filme "Orgulho e Preconceito" na Netflix.
No mês passado, resenhei o clássico livro da Jane Austen (clique aqui para ler a resenha), publicado pela primeira vez em 1813. O filme que assisti é o de 2005, com Keira Knightley e Matthew MacFadyen como protagonistas. Caso não saibam, a história se passa na virada para o século 19, na Inglaterra rural. A família Bennet é composta por pai, mãe e cinco filhas. Quando o Sr. Bingley aluga uma residência próxima, a matriarca dos Bennets fica empolgada com a possibilidade de ele se interessar por Jane, sua filha mais velha. Darcy não é simpático como o amigo Bingley, e ele e Elizabeth Bennet protagonizarão um improvável romance.
Falando sobre os pontos positivos do filme, destaco primeiramente a possibilidade de ver detalhes dos cenários e das roupas, nos permitindo entender melhor o contexto da época. Eu, por exemplo, não imaginava que um baile pudesse ser tão barulhento como mostrado no filme. O visual e a trilha sonora são muito agradáveis. Também fica bem visível a diferença de modo de vida entre a família Bennet, mais rural, e a família de Bingley e de Darcy.
Outro grande acerto para mim foram os personagens, todos eles mantiveram as características mais marcantes que tinham no livro (alguns tiveram sua chatice, esnobismo ou frivolidade acentuadas, e tornaram-se mais odiáveis). Gostei especialmente de Elizabeth, seu humor e sua vivacidade são ainda mais fortes no filme. Darcy, no início, parece muito mal-humorado e nem um pouco simpático; no livro foi bem mais fácil perceber o seu interesse por Elizabeth do que no filme (talvez se eu ler "O Diário de Mr. Darcy" da Amanda Grange, consiga entendê-lo melhor)... Isso nos leva ao tema da blogagem coletiva da Sociedade Secreta Literária de outubro: as adaptações de livros para outras mídias.
Nas primeiras cenas do filme, estranhei como tudo parecia acontecer rápido demais, e depois fui percebendo como cenas e personagens foram cortados. Isso não tirou a essência da história e eu entendo que foram modificações necessárias para colocar toda a trama em cerca de duas horas, mas para quem leu o livro, é impossível não notar essas diferenças.
Podemos encontrar livros que foram base para músicas, peças de teatro, novelas, filmes, séries (o contrário também acontece, embora não me pareça tão frequente), e essas adaptações nem sempre agradam a todos. Muita gente prefere sempre o livro ao filme, caso de "Percy Jackson e o Ladrão de Raios" (amei o filme, mas todo mundo diz que o livro é infinitamente melhor, preciso ler a série logo), e para mim também é raro acontecer de eu gostar mais da adaptação do que da história escrita ("Querido John" foi uma exceção, amei o fato de terem feito um final diferente do final do livro).
Me lembro de ter visto Harry Potter e a Pedra Filosofal em 2012, e depois fui ler o livro, e me ajudou muito a imaginar as cenas e a reencontrar o prazer da leitura, foi uma adaptação que gostei bastante. "As vantagens de ser invisível" é meu livro favorito, não é muito longo em número de páginas e o autor Stephen Chbosky foi um dos diretores, e mesmo assim teve cenas cortadas, o que prova a dificuldade de fazer um livro caber em um filme.
Mas nem tudo é questão de duração ou de o autor estar envolvido na produção, como pude comprovar com "Carbono Alterado", livro de ficção científica lançado no ano passado e que eu amei. Foi adaptado para uma série com dez episódios, o que daria tempo suficiente para desenvolver bem a história sem cortar personagens e partes importantes. Fui assistir a série toda empolgada e quebrei a cara. A cada episódio, além de pular as excessivas cenas de luta, eu só pensava "Ei, não tem isso na história não!". Levaram a trama para um lado religioso que não tem nada a ver!
Sei que tem gente que já perdeu as esperanças e quando vê que algum livro será adaptado, não fica nem um pouco empolgado. Já eu confesso que fico sim animada, e gosto de assistir as adaptações, especialmente se eu já tiver lido o livro. Vi há algum tempo uma matéria sobre "Orgulho e Paixão", novela que acompanhei boa parte e que foi inspirada nos livros da Jane Austen, ter aumentado a procura pelos livros da autora. Também conheço pessoas que assistiram os filmes de "Crepúsculo", se interessaram pelos livros e tornaram-se leitores. Há ainda os casos de livros, como "A barraca do beijo", que são publicados no Brasil de olho no sucesso da adaptação.
Enfim, acredito que as adaptações de livros para outras plataformas, possam ser benéficas e ajudar a aumentar o interesse pela leitura (o que não é visto não é lembrado, certo?!). Nem sempre a adaptação vai ser compatível com nossa imaginação, mas devemos lembrar que são adaptações e que nossa imaginação sempre será mais poderosa. E por hoje é isso, me contem: já viram o filme "Orgulho e Preconceito"? Gostam de assistir séries e filmes adaptados de livros?
♥ Conheça os demais participantes da SoSeLit: Eu Insisto, My Dear Library, La Oliphant, Um Metro e Meio de Livros, Livro Lab, Yara Guez, Barda Literária, Coleções Literárias, Diário de uma leitora compulsiva.
♥ Veja os posts dos meses anteriores: Meu gosto literário mudou com o blog?, Preconceito Literário, Problemas com editoras, O preço dos livros no Brasil, A delicada relação entre autores nacionais e blogueiros literários , Ainda vale a pena ter um blog literário?.
Mas nem tudo é questão de duração ou de o autor estar envolvido na produção, como pude comprovar com "Carbono Alterado", livro de ficção científica lançado no ano passado e que eu amei. Foi adaptado para uma série com dez episódios, o que daria tempo suficiente para desenvolver bem a história sem cortar personagens e partes importantes. Fui assistir a série toda empolgada e quebrei a cara. A cada episódio, além de pular as excessivas cenas de luta, eu só pensava "Ei, não tem isso na história não!". Levaram a trama para um lado religioso que não tem nada a ver!
Sei que tem gente que já perdeu as esperanças e quando vê que algum livro será adaptado, não fica nem um pouco empolgado. Já eu confesso que fico sim animada, e gosto de assistir as adaptações, especialmente se eu já tiver lido o livro. Vi há algum tempo uma matéria sobre "Orgulho e Paixão", novela que acompanhei boa parte e que foi inspirada nos livros da Jane Austen, ter aumentado a procura pelos livros da autora. Também conheço pessoas que assistiram os filmes de "Crepúsculo", se interessaram pelos livros e tornaram-se leitores. Há ainda os casos de livros, como "A barraca do beijo", que são publicados no Brasil de olho no sucesso da adaptação.
Enfim, acredito que as adaptações de livros para outras plataformas, possam ser benéficas e ajudar a aumentar o interesse pela leitura (o que não é visto não é lembrado, certo?!). Nem sempre a adaptação vai ser compatível com nossa imaginação, mas devemos lembrar que são adaptações e que nossa imaginação sempre será mais poderosa. E por hoje é isso, me contem: já viram o filme "Orgulho e Preconceito"? Gostam de assistir séries e filmes adaptados de livros?
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Até o próximo post!
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