A delicada relação entre autores nacionais e blogueiros literários [SoSeLit #08]

 Olá pessoal, tudo bem? No mês de agosto, nós da Sociedade Secreta Literária decidimos trazer na nossa blogagem coletiva o tema "Autores nacionais x Blogueiros literários".

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A delicada relação entre autores nacionais e blogueiros literários

 Se você participa de grupos de leitores, talvez já tenha visto pessoas que dizem não ler livros de escritores brasileiros. Alguns já leram e não gostaram ou não os acharam "tão bons" quanto os livros de estrangeiros. Fora o gosto pessoal, há a questão de como aquele livro foi editado. Uma editora dificilmente trará para o Brasil um livro que foi um fracasso no seu país de origem. Além de terem passado por essa peneira que teoricamente seleciona só as melhores publicações, o texto de autores estrangeiros que chega até nós, na maioria das vezes, foi muito mais trabalhado do que os nacionais, que não raramente são publicados sem uma boa revisão ortográfica e de conteúdo.

 E temos leitores que simplesmente não conhecem os nacionais contemporâneos. Muitos livros nacionais não chegam ao conhecimento do público, parte disso por causa das editoras que apostam mais em escritores estrangeiros que já trazem consigo um marketing maior. Para que haja interesse por um produto, é necessário que ele seja recomendado, livros não fogem dessa regra. E como fazer com que os leitores conheçam um livro? Conseguindo que ele seja visto e comentado. Um anúncio em TV, revista ou jornal nem sempre atinge o público interessado em leitura. Já uma resenha num blog literário com certeza vai ser vista por quem se interessa por livros. Sendo assim, os blogs (canais, Instagrams...) literários podem ajudar muito na divulgação de escritores nacionais.

 Recentemente houve um bafafá onde um autor queria que seu livro fosse divulgado num canal literário grande. Ele não concordou com os preços cobrados e expôs esses valores, dizendo não estar de acordo com alguém cobrar para falar sobre o livro dos outros. Com certeza o autor sabia da visibilidade que o seu livro ganharia se fosse divulgado nesse canal, ou nem teria entrado em contato, o que ele parece não entender é que ser blogueiro/booktuber/instagrammers também é um trabalho que exige investimento e precisa de retorno.

 Algumas das minhas resenhas chegam a ter o mesmo número de caracteres pedidos nos editais de antologias de contos, além de levarem até dias para serem escritas. E tem as fotos que precisam ser feitas em horários específicos por causa da iluminação e editadas, e todas as informações que são pesquisadas para o conteúdo de cada postagem. Dá muito trabalho, um trabalho feito por quem acredita que os livros são um bom entretenimento e podem mudar vidas, o que não torna tudo menos trabalhoso.

 São poucos os escritores no Brasil que conseguem viver da venda dos seus livros, e é menor ainda o número de blogueiros literários que conseguem se sustentar com seu trabalho no blog. Nenhum autor é obrigado a dar exemplares do seu livro de graça para blogs, assim como nenhum blogueiro é obrigado a ler e/ou postar sobre determinado livro de graça. Ainda que o meio literário não seja tão extenso se comparado a outros, há desde os autores que não fazem nenhum tipo de parceria, passando pelos que dão descontos ou frete grátis para blogueiros, enviam exemplares de cortesia ou o livro digital para resenha. Também há os blogs que cobram pelas divulgações, com valores que variam muito, os que pedem apenas o exemplar do livro, os que aceitam o e-book e os que não recebem nada dos autores. É tudo uma questão de procurar o que mais se encaixa nas suas possibilidades.

 Nesses anos como blogueira, encontrei muitos autores nacionais com livros excelentes e que sempre tento apoiar. Aprendi a avaliar quais parcerias valem ou não a pena para mim, se há muitas exigências do autor sem nada em troca, já nem perco meu tempo. E já vi vários casos de autores desvalorizando blogueiros, chamando os amigos para criticar uma resenha que apontasse os pontos negativos do seu livro, que não dão sequer uma curtida ou compartilhamento para ajudar na divulgação de uma resenha, pior ainda eram os que prometiam enviar isso e aquilo depois da publicação de um post e sumiam sem cumprir sua parte do acordo. Também há os blogueiros que não cumprem com o combinado, nesse caso cabe ao autor analisar bem com quem fecha as suas parcerias.

 Enfim, como para tudo na vida, nessa relação entre autores nacionais e blogueiros literários, fica a necessidade de se ter bom senso, de lembrar que o outro é tão humano quanto você e de ter humildade suficiente para saber aceitar críticas que sejam feitas de forma educada. Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Leitores, me contem: leem nacionais? Blogueiros e autores: fazem parcerias? Têm alguma história para contar sobre o assunto?



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Resenha: livro "Um grande problema", Carlie Ferrer

 Olá pessoal, tudo bem? Ontem eu resenhei "Test Drive", um romance da Carlie Ferrer que eu amei! Depois que terminei a leitura dele, fui correndo ver quais outros livros da autora estavam disponíveis no Kindle Unlimited. Aí eu vi que "Um grande problema", outro livro da Carlie, estava no meu Kindle desde 2017 (devo ter baixado quando ele estava gratuito)! Como a história de "Um grande problema" acontece bem antes de Test Drive e de uma duologia que antecede Test Drive, resolvi que seria minha próxima leitura (o mocinho de "Um grande problema" e amigo de um personagem que aparece em Test Drive).

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 A história é narrada em primeira pessoa pelos personagens principais: Carolina e Jake Dustin. Carolina cursava jornalismo e teria que fazer um trabalho sobre profissões modernas. Ela odiou ter ficado com o tema "muso fitness"! Parecia até uma piada, já que ela era gorda (característica que sua mãe sempre criticava). Como não tinha outro jeito, Carolina foi até um desfile fitness para escolher um participante que estivesse disposto a ser entrevistado.

 Acabou que ela teria que fazer seu trabalho sobre Jake Dustin, o americano destaque da temporada. O problema é que Jake sabia ser insuportável e fazia de tudo para irritá-la, ele adorava ver como ela era atrevida e não baixava a cabeça. E Carolina não baixava a cabeça mesmo! Era determinada e corria atrás do que queria. Jake gostava de mulheres assim e estava atraído por ela, embora Carolina não acreditasse num primeiro momento que ele, todo musculoso, quisesse alguém como ela, que não se encaixava no padrão de beleza que a sociedade exigia.

 O fato é que enquanto Jake estivesse no Brasil, rolaria um romance entre eles, mas Jake tinha um passado bem conturbado que inclusive o afastou das lutas e o fez optar pelas competições fitness. Tudo o que Jake viveu deixou marcas, que dificultariam muito a sua relação com Carolina. Como esses dois personagens tão diferentes por dentro e por fora conseguiriam se acertar?

 "Um grande problema" não superou "Test Drive", ganhou uma estrelinha a menos, mas acredito que seja pelo fato de "Test Drive" ser um livro bem acima da média. Já "Um grande problema" é um romance new adult erótico (não sei bem como classificar, parece que quando a gente fala que é um romance erótico as pessoas pensam que o casal vai ficar transando do começo ao fim sem nada mais na história) bom e que se equipara a muitos outros romances nacionais e internacionais do tipo que já li (e eu já li muitos!). Notei uma evolução muito grande na escrita da Carlie em "Test Drive", publicado dois anos depois de "Um grande problema"; o livro da resenha de hoje tem muito mais diálogo, já o livro da resenha de ontem trabalha melhor os sentimentos e pensamentos dos personagens fora dos diálogos.

 É bem bacana esse romance adulto trazer como protagonista uma mocinha acima do peso, mas  muito além da sua aparência, Carolina é uma mulher que corre atrás do que quer. E a história não defende que a Carolina tenha que seguir o estilo de vida do Dustin para ser feliz. Falando no estilo de vida dele, assim como a Carolina, eu confesso que não tinha uma visão muito lisonjeira do mundo fitness, mas a história conseguiu me fazer ver o quanto esse tipo de esporte pode trazer benefícios para seus adeptos, assim como trouxe para o Dustin. Sobre o que aconteceu no passado dele, determinado tipo de violência e de transtorno psicológico infelizmente podem sim se tornar presentes na vida de crianças e adolescentes. Mas isso não apaga o quanto, assim como a Carolina, eu fiquei com vontade de brigar com ele por ser tão arrogante no início do livro.

 Enfim, fica a minha indicação para quem curte romances mais apimentados e de leitura rápida, que trazem como pano de fundo o mundo fitness e o universo dos lutadores, com algumas reflexões sobre família e aparência.

 Detalhes: 259 páginas (e-book), Skoob. Observação: tenho quase certeza que vi um livro onde a história da Lilian (com quem a Carolina divide apartamento) e do Júlio (vizinho delas) é contada, mas não encontro o livro. Para quem quiser ler as histórias em ordem, acho que é Um grande problemaMinha melhor amiga, virgemMeu melhor amigo, devasso não deixem de ler por causa do título e Test Drive, todos disponíveis no Kindle Unlimited. 



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Resenha: livro "Test Drive", Carlie Ferrer

 Olá pessoal, tudo bem? A resenha de hoje é sobre mais um romance que li pelo Kindle Unlimited, o livro "Test Drive", escrito pela Carlie Ferrer e publicado em 2018. Vi uma recomendação dele em um grupo e numa tarde de sábado, onde novamente não tinha ânimo para mais nada, resolvi lê-lo, terminei encantada!

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 Brin, também conhecida como Sabrine Vega, é uma prostituta famosa. Ela não faz ideia de como tem sua fama, já que é um fiasco na cama e os homens mais lhe pagam para conversar do que para qualquer outra coisa. Ainda assim, ela recebe depoimentos de clientes super satisfeitos em seu site, atraindo outros interessados. Certo dia, ela vai se encontrar com um cliente que não a contratou para si, mas para seu filho. O senhor quer que ela descubra se o filho é ou não gay e lhe dê uma prova. Caso ele seja hétero, poderá ser apresentado à filha de um amigo desse senhor, caso seja gay, ele não perderá tempo com isso.

 O pagamento oferecido é bom, e então Brin decide que vai aceitar o trabalho. Ela começa a reunir informações sobre seu alvo: Stephen Ryan. Detalhe: eles estudam na mesma faculdade. Stephen é bonito, gosta de fotografia, de ler, mas tem outro grande hobby: luta livre em um clube clandestino.

"— Quem é que gosta de ler e de bater em pessoas?"

 Bom, o Stephen gosta. E a Brin vai fazer de tudo para se aproximar dele, rendendo algumas cenas hilárias, como essa tentativa nada discreta de segui-lo:

 "Num segundo, abro a boca completamente embasbacada com o que estou vendo, e no outro, bato com a moto no hidrante e caio rodopiando pelo chão.
 — Merda! Plano de observá-lo discretamente falhou com toda certeza!"

 Mesmo sendo tão atrapalhada, Brin vai conseguir se aproximar do seu alvo, e se surpreenderá com o jeito de Stephen tratá-la: sem julgá-la pela sua profissão. Ela ficará igualmente surpresa ao descobrir que o rapaz, tão bonito e tão legal, ainda é virgem! Stephen nunca quis alguém que lhe visse como um pedaço de carne ou uma conta bancária, por isso espera por uma mulher que faça o seu coração bater mais forte antes de mexer com outras partes do seu corpo. Ele acabou de passar por uma decepção amorosa, a garota que ele tinha escolhido para ser a sua primeira o trocou pelo maior desafeto dele: outro lutador do clube. E Brin aparece tentando-o e encantando-o. Será que ela conseguirá seduzi-lo? E quando ele descobrir que Brin só se aproximou pelo dinheiro oferecido pelo pai? Para complicar um pouco mais a situação, temos um segredo do passado de Brin que pode ameaçar todos que estão ao seu redor.

 "— Brin! — alerto tão logo percebo o quão perto estou de ceder. Perto como nunca estive antes. Não sei o que ela faz comigo, é essa sintonia estranha, essa conexão gostosa, o jeito como fala comigo e me toca, sua gentileza tanto quanto sua paixão, tudo nela me atrai, tudo nela me excita, tudo nela arrisca aquilo em que acreditei por tantos anos. Será que vale a pena esperar o amor quando a tentação diante de mim me parece tão prazerosa?"

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Fonte: fan page da autora.

 "Test Drive" realmente merece as boas avaliações que tem na Amazon. A escrita da Carlie é muito boa, a construção dos personagens foi bem feita. O Stephen, mesmo praticando um esporte de muito contato físico como a luta, é adorável, um mocinho muito legal. É totalmente compreensível a sua decisão de esperar por alguém que seja mais do que só um momento banal. Os conflitos familiares dele, os problemas com o pai, são outro ponto interessante da trama. A Brin é engraçadíssima, mas esconde algo bem pesado. Eu até desconfiei de parte do seu segredo, mas não imaginava que seria algo tão forte.

 E temos bons personagens secundários que deixam a trama ainda melhor, como o Tyler (gay, melhor amigo da Brin, tão divertido quanto ela), outros lutadores do clube, a garota por quem Stephen era apaixonado, o cara por quem ela o trocou (depois da leitura descobri que há dois livros anteriores onde o Stephen aparece e que contam sobre a garota de quem ele gostava, são "Minha melhor amiga, virgem" e "Meu melhor amigo, devasso", pelos títulos e capas talvez eu não me interessasse em ler, mesmo tendo centenas de boas avaliações na Amazon, mas agora que conheci a ótima escrita da autora e sua boa construção de personagens, fiquei querendo ler).

 Enfim, fica a minha recomendação de leitura para quem procura um bom romance nacional, bem escrito, com personagens marcantes (sem mocinho machista e mocinha boba) e de leitura fluida. A história é divertida, tem cenas hilárias, é romântica, tem ótimas cenas eróticas, e ainda traz um pouco de suspense. Só senti falta de descobrir a quem realmente pertencia o quarto onde a Brin trabalhava, mas quem sabe eu encontre a resposta em outro livro da autora, já que vários dos seus livros são interligados...

 "Espero que o amor dela seja como o meu, e que mesmo após pensar em tudo o que há contra nós, decida que nada mais importa além do que sentimos. Ela entra em seu prédio e fecha o portão, e vou para a casa com esse sorriso estampado no rosto. Essa alegria genuína que nem me deixa dormir, essa saudade imediata que me faz fica admirando sua foto. Esse amor, que é melhor do que tudo o que sempre esperei, que é imprevisível e sempre surpreendente"

 Detalhes: 259 páginas, Skoob,  o livro físico pode ser adquirido com a autora, clique para ler no Wattpad, clique para adquirir na Amazon




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Resenha: livro "Proibido pra mim", Halice FRS

 Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Proibido pra mim", escrito pela Halice FRS e, tenho quase certeza, publicado em 2014.

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A tela do Kindle é preto e branca, fiz essa montagem com a capa colorida, ficou torto mas não reparem :) .

 A história, narrada em terceira pessoa, se passa no Rio de Janeiro. Norah é uma fotógrafa de 42 anos, viúva há quase 7. Desde que perdeu o marido, vive para o trabalho e para seus filhos: Eliza, de 22 anos, e Cássio, de 25. Sua melhor amiga e assistente, Anita, preocupada com a possibilidade de a chefe se tornar depressiva, vivia tentado fazer com que Norah saísse mais, se relacionasse com outras pessoas. Com tanta insistência, Norah acabou se dando por vencida e decidiu fazer um curso de violão.

 Caio, amigo de seu filho, dava aulas de violão e convenceu Norah a ser sua aluna. O que ela não esperava era se sentir atraída por um rapaz tão mais jovem. E nem imaginava que ele pudesse guardar um segredo por anos: a paixão pela mãe do melhor amigo. Será que Norah e Caio poderiam viver um romance, mesmo com a diferença de idade? E como a família de Norah, mais especificamente o super protetor Cássio, reagiria ao descobrir sobre o caso? Uma citação para refletir:

 "― Eu não me importo. ― assegurou. ― Sabe disso. Nunca, ninguém, agrada todo mundo Norah. Sempre o cara é velho demais, ou a mulher é velha demais. Ou ele é feio demais para ela, ou vice e versa. Ou o negão destoa da loirinha ou a gordinha não combina com o bombado. Se todos fossem se importar com as críticas, quase não existiriam casais. Não dá pra ser perfeito sempre."

 Eu tinha o e-book de "Proibido para mim" há muito tempo. E num desses dias onde estava sem concentração nenhuma ou vontade de fazer nada (dias assim estão acontecendo bastante comigo), resolvi lê-lo. Já havia visto comentários positivos sobre o livro e tinha lido e gostado muito de outro da autora. Resultado: comecei a ler e só parei quando cheguei no final, de tão cativada que fui pela história.

 A escrita da Halice é muito boa. A forma como ela conduz a história é muito acertada, algo que eu já tinha visto no outro livro que li dela e que novamente aconteceu em "Proibido pra mim", a Halice consegue construir a trama de uma forma real e sem cair nos clichês. Os personagens tem noção da realidade, dos seus atos. A ambientação no Rio também ficou muito bem feita. A gente se sente dentro do apartamento da Norah, local de encontro favorito de Cássio, Caio e os outros rapazes do grupo de amigos. É muito fácil visualizar também a dedicação de Norah ao trabalho, as cenas na praia...

 Agora, vamos ao romance! Infelizmente, há sim preconceito com casais onde a mulher é mais velha do que o homem. No caso do livro, Caio é 17 anos mais novo que Norah. Mas ele já é adulto, com 25 anos, teve tempo para viver outros relacionamentos e perceber que seus sentimentos por Norah, nascidos ainda na adolescência, eram verdadeiros e duradouros. As aulas de violão foram a oportunidade que ele encontrou de mostrar para Norah que não era só um garoto que ia brincar com o filho dela. Era o momento de usar todas as suas cartas para descobrir se haveria alguma chance de ter seus sentimentos correspondidos.

 Além da diferença de idade, outro empecilho para o casal seria Cássio, o filho de Norah. Ele era daqueles filhos com dificuldade de aceitar que a mãe pudesse querer ter uma vida além da maternidade, com vontade de viver um novo amor. Durante parte da leitura, a gente fica bem em dúvida sobre o comportamento aparentemente obsessivo de Cássio em relação a mãe, parece que ele seria capaz de qualquer coisa para impedi-la de ficar com Caio. Temos também um toque de suspense, a autora nos faz questionar até onde o amor de Caio poderia levá-lo. Temi que o final não fosse como eu esperava, mas felizmente foi ainda melhor do que eu poderia imaginar.

 Enfim, "Proibido pra mim" foi uma leitura rápida (pelo número de páginas e fluidez da narrativa) que eu amei e recomendo. Deixem de lado qualquer preconceito e embarquem nessa história também. Venham se sentir no Rio de Janeiro, ao som de um bom violão, admirando a personalidade de Norah e a intensidade dos sentimentos de Caio. Li o e-book que tem boa revisão e uma capa condizente com a trama, disponível no Kindle Unlimited. Há outro livro que traz os mesmos personagens: "Perfeita pra mim", onde a história será contada pelo ponto de vista do Caio; comecei a ler mas ainda não terminei, acredito que não traga muitas novidades (o final de "Proibido pra mim" é fechado) mas seja bom para quem gostou do primeiro livro matar a saudade.

Detalhes: 152 páginas, Skoob. Clique para comprar na Amazon:

 Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: já conheciam o livro ou a autora?


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Unboxing: livros que comprei na promoção da Amazon

 Olá pessoal, tudo bom? Eu não fui na Bienal, mas também adquirir uns livrinhos novos graças a uma promoção que rolou na Amazon. Quem acompanha o blog pelas redes sociais deve ter visto os prints que postei com preços inacreditáveis. Tinha muito livro barato! No primeiro dia que vi a promoção, resisti, coloquei vários livros no carrinho e não finalizei a compra, também fiz isso no segundo dia, mas no terceiro... Fui vencida e resolvei fazer uma comprinha. Apertem o play para conferir quais livros adquiri ou continue lendo:



O Rei de Amarelo do Richard W. Chambers, Intrínseca, traz contos de terror publicados inicialmente em 1895. Comprei por causa do vídeo da Virgínia do canal Livros da Tuca sobre Literatura Amarela.

Pacote Completo da Lauren Blakely, Faro Editorial, é um romance que eu queria muito por causa da sinopse e por gostar de histórias do tipo narradas por personagens masculinos.

Quando Eu Parti da Gayle Forman, Record, traz uma mãe que deixa a família para se recuperar de um problema no coração. Ele veio com uma sujeirinha no plástico, tipo um mofo, resolvi tirar do plástico para evitar que pudesse estragar o livro. Resultado: já comecei a ler ele e estou quase na metade.

Desintegrados do Neal Shusteman, Novo Conceito. Eu já tenho Fragmentados, o primeiro livro da série distópica mas ainda não li, aproveitei o precinho ótimo para comprar logo o segundo.

Volúpia de Veludo e Romance Entre Rendas, terceiro e quarto livro da série de romances de época As Modistas da Loretta Chase, Arqueiro, foram os principais responsáveis por eu ter decidido fazer essa compra. O preço estava muito bom e como eu já tinha os dois primeiros da série, comprei os que faltavam para poder ler todos de uma vez.

O Segredo do Conde da Lorraine Heath, Gutenberg. Tinha comentado sobre o quanto desejava esse romance de época lá no vídeo da TAG DOS 50%. E mesmo ele não estando tão em promoção assim, comprei logo.

 No vídeo eu falo o preço de cada um e também comento um pouquinho sobre a história deles, mas clicando nas capas abaixo vocês podem conferir as sinopses. Nessa compra, apliquei parte do que disse lá no post Sobre o Preço dos Livros no Brasil, por exemplo, a reflexão sobre comprar um livro que não está a preço de banana, mas está com um preço justo dentro das minhas possibilidades.



 E por hoje é isso, me contem: já leram ou querem ler algum desses livros? Aproveitaram essa promoção também? Fiquem de olho nas redes sociais do blog, sempre aviso por lá quando encontro essas promoções ótimas.


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Resenha: livro "Bruto e apaixonado", Janice Diniz

 Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Bruto e apaixonado", escrito pela gaúcha Janice Diniz e publicado em 2018 pela editora parceira Harlequin.

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 Natália Esteves trabalha na empresa do pai em São Paulo, e é mandada para Santo Cristo, cidadezinha do interior do Mato Grosso, com a missão de fazer demissões numa fábrica adquirida pelo pai. Depois disso, se a fábrica não fosse vendida, poderia até mesmo fechada.

 A população de Santo Cristo está desesperada com a possibilidade de perder a fábrica tão importante para a economia local, e resolve pedir a ajuda de Mário Lancaster. O pai de Mário foi um advogado sempre disposto a auxiliar os moradores, e após sua morte, o povo acha que esse papel de mediador de conflitos caberia ao filho dele. Porém, Mário não era um advogado como o pai, e sim um peão de rodeio que se machucou e precisou ficar afastado das competições que tanto amava, lutando dia após dia para manter a fazenda da família.

 Depois de muita insistência, para ter sossego, Mário concorda que se uma mulher for a enviada para fazer o corte de pessoal na fábrica, ele tentará conversar com ela. Pelo sucesso que o ex-peão faz com as moças, a população de Santo Cristo acha que ele pode seduzi-la fazendo com que desista das demissões.

 "Apesar do alerta de Jean, ela jamais considerou que fosse ameaçada logo nas primeiras horas de sua chegada a Santo Cristo. Baixou a cabeça e encarou os próprios sapatos; antes deles, os tornozelos finos. A pose que encenou para o caubói nada tinha a ver com o que sentia de verdade. Não era durona; era a garota que precisava da aprovação do pai, a riquinha rejeitada e insegura, a problemática que lutava contra a baixa autoestima." (página 93)

 É aí que os caminhos do caubói e da workaholic (viciada em trabalho) se encontram. Só de ver uma foto de Natália, Mário já se sente laçado pela moça. Ela também fica atraída por ele. Mas Natália viveu a vida toda tentando ser boa o suficiente nos negócios para finalmente conseguir a aprovação do pai, ela não pode falhar nessa missão em Santo Cristo. Mesmo correndo o risco de ver a cidade contra sua família, Mário está decidido a não deixar que a madame seja expulsa de lá. Como será que Mário e Natália conseguirão ter um final feliz com toda Santo Cristo contra eles e com o fato de serem de mundos totalmente diferentes?

 "Afundou na água da sua carência emocional, e o gatilho para isso foi a rejeição. Sempre rejeitada pelos pais, agora por uma cidade inteira. Era um ímã ambulante de rejeição, um coração despedaçado com braços e pernas que tropeçava pelas ruas da vida batendo contra as paredes, as portas e janelas fechadas. Sentia-se tão pequena que era capaz de se afogar na gota de suas lágrimas.

(...) - Minha mãe me ensinou a chorar - ele começou a falar numa voz baixa e gostosa de ouvir. Ela não queria encará-lo com a face deformada pelo choro, apenas continuou a prestar atenção na voz dele: - Eu não chorava quando era moleque, segurava a coisa, sei lá o motivo. Um dia minha mãe me disse: 'Garoto idiota, se não chorar, a água do seu choro fica represada dentro de você e um dia vai te arrebentar todo'. Imaginei, então, aquelas represas inundadas destruindo diques avançando pelas cidades..." (página 121)

 Esse foi o meu primeiro contato com a escrita da autora e amei a forma como a Janice conseguiu criar todo um clima de fazenda e de interior. Moro numa cidade ainda menor que a fictícia Santo Cristo, não tão rural nem tão quente, e foi fácil imaginar as cenas. A ambientação ficou muito bem feita, o "tom" estava certo. Estejam preparados, pois a história já começa com um diálogo sobre a compra de uma vaca. Até podemos achar que a Natália exagera um pouco no seu incômodo inicial com a diferença de estilo de vida e de clima de Santo Cristo, mas temos que fazer o exercício de nos colocarmos no lugar dela e imaginar o choque de sair da agitação e do conforto refrigerado de São Paulo para um ambiente predominantemente rural, seco e quente.

 O livro tem algumas cenas de sexo, não são muitas, mas com um linguajar mais direto. Para Mário, a paixão é instantânea, o que pode não convencer todo mundo, mas é como se ele estivesse esperando a vida toda por aquele encontro. Já para Natália há um processo de descobrir o que e quem realmente ela quer para a vida e para o futuro. Gostei muito da forma como o machismo é abordado na obra. Num primeiro momento a gente pode até achar que o Mário é o machista da história, mas os capítulos vão passando e vamos tendo cenas onde ele está lavando louça ou se organizando para conviver com o espaço e a independência da Natália, enquanto ela trabalha numa empresa onde nenhuma mulher consegue um cargo de destaque, por mais que se esforce, e é aí que a gente descobre quem realmente vê as mulheres como inferiores. Essa parte, juntamente com a questão da reação da cidade à missão de Natália foi o que mais gostei no livro, mais até que do romance (Mário e Natália combinam um com o outro, mas não fiquei com aquela vontade de ser a Natália ou de ter alguém como o Mário).

 Não posso deixar de falar sobre a Dona Albertina, a mãe do Mário. Ela é uma figura! Fala e faz o que lhe der na telha, rendendo cenas engraçadíssimas. Amei essa personagem! Também tenho que mencionar os dois irmãos mais novos do mocinho: Thomas e Santiago, como o livro é o primeiro da série Irmãos Lancaster, só posso imaginar que teremos histórias dos dois também, já estou ansiosa por isso.

 "-Mãe, não estamos numa conferência de negócios, a Natália veio aqui a meu convite para provar o nosso café.
 A velhota deu uma boa olhada na forasteira e depois no filho. Esboçou um sorriso malandro como se tivesse captado a sua intenção de sedução no ar, o maldito plano de conquista.
 - Certo. - Voltou-se para a visita e, numa mudança sutil de humor, afirmou: - Vou preparar um cafezinho forte e gostoso bem igualzinho ao meu primogênito.
 Mário nunca ficava ruborizado. Mas várias vezes sentiu vontade de se jogar num buraco fundo. Dona Albertina lhe casava tal desejo, o de desaparecimento.
 Apertou a boca com amargor, sentindo o olhar divertido da loira para o seu lado. O melhor a fazer era mostrar que, sim, ele era forte e gostoso, então a paquerou descaradamente ao ponto de vê-la sorrir sem graça antes de baixar os olhos." (página 128, eis a delicadeza de Dona Albertina!)

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 A edição traz uma capa linda: com um homem de chapéu bem no estilo do protagonista, com a combinação das cores preto, verde e branco. As páginas são amareladas, a diagramação tem letras, margens e espaçamento de bom tamanho, além de detalhes no início de cada capítulo.

 "- Esse lugar é lindo.
 Ele se voltou para ela, a testa franzida, o olhar crítico.
 - Sinto muito, mas tenho que lhe dizer que você está apaixonada por mim - falou, bem sério e de modo analítico. - Tudo que fala inclui a palavrai lindo. Tirei a barba, não nasci de novo, e quase se derreteu ao meu ver. E, agora, diante de um monte de feno e sacos de ração e fertilizante, fica deslumbrada com os olhos brilhando. Fia, isso aí é a febre da paixão." (página 190)

 Enfim, fica a minha recomendação de leitura para quem procura um livro nacional bem ambientado no interior e bem escrito, com um romance divertido entre personagens de mundos opostos. Espero que tenham gostado da resenha. Me contem: já conheciam o livro ou a autora? Curtem essa ambientação no interior?

 Detalhes: 256 páginas, ISBN-13: 9788595082885, Skoob. Clique e compre online na Amazon (físico ou e-book):

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Resenha: livro “Fazendas ásperas”, Geny Villas-Novas

 Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro “Fazendas ásperas”, escrito pela Geny Villas-Novas e publicado pela Editora 7 Letras em 2017.

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 "Na conversa dos mineiros há sempre um soluço intuído e desconcertante no ar.
 Acaso são as nossas histórias mais dramáticas do que as dos outros? Somos mais sensíveis? Não sei. Muitas vezes as pessoas perguntam à Mãe: Você está emocionada? Sim. Por quê? Não sei. Penso que me criei entre montanhas altas e vales profundos. Esse acidente geográfico se chama angústia. Será que levamos muito a sério essa angústia?" (página 11)

 A narradora, que acredito se chamar Gabriela (por um trecho da página 91), vê sua mãe (ou talvez seja ela mesma) tentando escrever um livro de memórias sobre a família. Para isso, ela precisa conversar com parentes, resgatando os nomes e as histórias de seus ancestrais, voltando num espaço de tempo de aproximadamente 130 anos. Surgem obstáculos, como fazer contato com a parte da família que se distanciou após um discussão ou o temor de alguns parentes sobre expor as mortes e os casos de suicídio de alguns membros. E surgem também muitas lembranças. Boa parte delas acontecidas próximas ao Rio Doce, nas terras de Minas Gerais, onde a família nasceu, cresceu, casou, se multiplicou, morreu e foi enterrada.

 "As escolas gostavam de fazer piquenique no Rio Doce. Os adolescentes passavam cantando. Quando voltavam mudos, sabíamos que alguém havia ficado. O Rio Doce era um Gigante caudaloso. Depois vinha a notícia. O filho do coletor morreu. Equipes de resgate, alguns parentes, dias e dias rondando. O corpo aparecia preso aos galhos dos ingazeiros, debruçados na margem.
 Ainda ouço o Som e a Fúria das águas do Rio Doce." (página 52)

 "Fazendas ásperas” não foi uma leitura fácil. Uma história com personagens bem definidos e uma sequência de acontecimentos linear não é o que encontraremos aqui. Começando pela confusão com a própria narradora, que hora me parecia ser a filha observando a mãe tentando escrever e até mesmo ajudando-a nas investigações, hora me parecia ser a mãe falando de si mesma alternando em primeira e terceira pessoa... Na maioria das vezes, o nome dos personagens não era usado, optando-se por "apelidos" como "Peixinho Dourado" para a irmã mais nova, "mãe, lapidada em gemas raras" para a mãe da "Mãe"... Na página 41 há a seguinte citação: "Se uma obra não possuir corpo e alma, ela morre.", e o corpo de "Fazendas ásperas" estava nas minhas mãos, mas eu não consegui ver a alma dessa obra perto o bastante.

 "O ouro, os diamantes, as águas marinhas enfeitam os museus do mundo. Fazem parte da coleção de príncipes, princesas e celebridades. As lavouras de café e os animais silvestres se foram com as matas. A nossa última chaga, da qual ainda não conseguimos estancar o Sangue, é a dos retirantes que emigram para os Estados Unidos. Santo Deus! O que está acontecendo com Minas Gerais?" (página 74)

 Não encontrei só pontos negativos nessa leitura. Há várias aspectos que me agradaram. Por exemplo, a ligação da família com Minas Gerais, seus costumes, o jeito de ser mineiro, ler sobre isso foi um encanto para mim, uma mineira apaixonada pela minha terra, pela minha gente e pela nossa História. Ver meu sobrenome - Pereira - como sobrenome da família, também me fez ficar mais conectada à leitura.

 "Falei: Vovó não era bonita, tinha a testa muito grande. Ela olha para o filho que a trouxe e sorri: É a marca registrada da família." (página 206, testa grande também temos nos Pereiras aqui de Liberdade)

 Alguns capítulos da obra funcionariam facilmente como crônicas. A autora traz muitas referências a assuntos da atualidade, como a migração de mineiros em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos. Geny aborda especialmente a tragédia de 2015, onde uma barragem da mineradora Samarco se rompeu, encheu de lama o Rio Doce, causando mortes de pessoas, animais e vegetação. Se para uma pessoa comum, o fato já foi revoltante, imaginem para alguém que tinha tantas boas memórias vindas do Rio Doce, e de uma hora para outra, ver destruído o seu lugar favorito no mundo!

 "As águas do Rio Doce são translúcidas, os peixes fazem marolas reluzindo à luz do sol. Elas caminham descalças pelas areias da praia, sentam-se à beira d'água molhando os pés. Molham as mãos fechadas, cheias de fubá, e os peixinhos vêm comer. Quando termina o alimento, eles ficam mordiscando a pele fina das nossas mãos. Gostávamos de sentir aqueles beijinhos. Daqui a mil anos, outras crianças farão o mesmo. E os peixes? Devem morar em alguns afluentes e voltarão em momento propício. Outra criança terá o mesmo Rio Doce como endereço, e seu ponto de referência no mundo. Onde fica o Sítio de Cima? A três quilômetros da margem direita do Rio Doce, na altura de Pedra Corrida. Ah! Nós não sobreviveremos, mas o Rio Doce ainda terá muita história para contar. Ele tem a seu favor os milênios. Se o homem acabar com a terra, ele se muda para Vênus? É isso que ele está pensando? As gerações futuras, talvez, nem saberão o que aconteceu com o Rio Doce, e nem se ele existiu. Ninguém sente falta do que nunca teve. Nós? Nós estamos perdendo, e muito." (página 169)

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 A edição traz uma capa predominantemente verde, com a imagem de uma velha casa, muito semelhante aos velhos casarões que encontro aqui em Minas. Temos páginas amareladas, com letras, margens e espaçamento de bom tamanho. Não me lembro de ter encontrado erros de revisão.

 “Por que os artistas mineiros são tão amargos? Falam de suas obras à beira do choro. Parece que estão interpretando as Troianas. Sacodem as cabeças para se despentearem e assim dar mais ênfase ao desespero. As mãos viram garras e por um milagre não puxam os cabelos. A Inconfidência Mineira ainda arranca lágrimas. Geram discussões inflamadas, principalmente se quem estiver desabonando não for mineiro.
 Fica um soluço desconcertante no ar.
 Falam que Minas Gerais é a terra das assombrações e dos fantasmas. Escravos arrastando correntes. Senhores estropiando cavalos, ao se descobrirem com lepra; Homens cavando a terra, procurando baús cheios de ouro enterrados pelos antepassados.” (página 25)

 Enfim, se a resenha parecer um pouco confusa, sem abordar muito personagens ou história, é apenas um reflexo de como foi a leitura para mim, com pontos altos e baixos, uma experiência bem diferente das minhas expectativas. Um livro interessante, mas difícil de ler (não pela linguagem utilizada) e difícil de resenhar. Sugiro que confiram outras resenhas dele no Skoob para terem mais opiniões. Por hoje é só, me contem: já conheciam o livro ou a autora? Gostam de livros com memórias familiares? E de histórias que falem sobre o estado de vocês?

 Detalhes: 216 páginas, ISBN-13: 9788542106145, Skoob. Clique e compre no site da editora. Clique para comprar na Amazon:


 "Aqui em casa, quando um começa a me aborrecer, meus filhos falam: Não brinque com a mamãe, ela é perigosa; para colocar você no livro, ela não muda de roupa." (página 85)

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Caixa de Correio: os livros que chegaram em julho

 Oi, tudo bom com vocês? O post de hoje é para mostrar os livros que chegaram na minha casa no último mês, quase todos lançados esse ano, apertem o play ou continuem lendo:



Caixa de Correio: livros de julho - Blog Literário Pétalas de Liberdade

 Só comprei um livro (além do que veio na caixa da TAG Experiências Literárias e dos dois da caixa do Clube do Livros & Citações):

 "Nihil" da Carolina Mancini publicado numa edição caprichada pela Editora Estronho. É uma obra  com ambientação meio apocalíptica. Veio com vários brindes. Li os primeiros capítulos para fazer o post de Primeiras Impressões (clique para conferir). Para comprar também, entre em contato com a autora.

 "Bruto e Apaixonado", romance da Janice Diniz foi o lançamento enviado pela parceira Harlequin Brasil. Inclusive já comentei sobre ele no post sobre as leituras de julho (clique para conferir). Ainda estou devendo a resenha, talvez por, confesso, estar um pouco desanimada com o canal e o blog ultimamente.

 "A Noiva do Barão", um romance de época escrito pela Simone O. Marques (que também escreveu a fantasia sensacional "Dois Mundos") é um lançamento da Ler Editorial, que caprichou na edição. Estou super contente por termos a Simone no time de autores de Ler.

 "Só Escute", young adult da Sarah Dessen, publicado Seguinte, ficou por meses no Correio até chegar para mim.

 "Céu Sem Estrelas" da Iris Figueiredo, lançamento da Seguinte, é minha leitura atual e estou gostando muito!

"A Nuvem" é a continuação de "O Ceifador" do Neal Shusterman, também da Seguinte.

"Despertar" e "Desejar" são os dois primeiros livros da trilogia de romances "Espiral do Desejo", escritos pela Nina Lane e publicados pela Paralela.

"Em Pedaços" da Lauren Layne é mais um romance da Paralela.

 "O Tempo Desconjuntado" é ficção científica do Philip K. Dick em edição de capa dura da Suma.

 Me contem: já leram ou querem ler algum desses?

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