Resenha: livro "Raio de Sol", Kim Holdem

 Olá, pessoal! Como estão? Na resenha de hoje, venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Raio de Sol", escrito pela Kim Holdem e publicado no Brasil pelo selo Outro Planeta em 2016.


 A narradora, Kate Sedgwick, é uma jovem de dezenove anos que saiu da ensolarada San Diego para fazer faculdade na fria Grant, Minnesota. Em San Diego, ficou Gus, seu melhor amigo e vocalista de uma banda de rock em ascensão.

 Kate precisará ficar uns dias na casa de Maddie, uma tia com quem não tinha muito contato e que é pouco mais velha que ela, até poder se mudar para o alojamento da faculdade, onde fará alguns amigos e também encontrará pessoas que não serão muito simpáticas.

 Para se manter, Kate buscará um emprego, e apreciará muito os cafés preparados no Grounds, estabelecimento onde trabalha Keller, um rapaz muito bonito e que também narrará alguns capítulos. Surgirá uma atração entre eles, porém, Kate não estava buscando um amor, pois já precisava lidar com muita coisa em sua vida, além de guardar alguns segredos, mas Keller também tem seus segredos.

 Raio de Sol é o livro favorito da Lana, colaboradora aqui do blog, e  já vi várias pessoas que também amam o livro e dizem o quanto ele foi emocionante. Então, peguei o e-book no Kindle Unlimited ansiando por um novo livro favorito, mas não foi o que encontrei.

 Kate é descrita como uma pessoa super otimista por outros personagens, como Gus, mas talvez a narração em primeira pessoa e a boca suja de Kate não tenham me deixado ver tanto esse lado dela. Sobre a questão da emoção, acho que, se desde o primeiro capítulo, eu soubesse sobre o maior segredo da Kate, talvez conseguisse ver a história de outra forma, entender melhor a maneira como ela agia.

 Fui passando pelos capítulos e pensando "será que é agora que o livro vai ficar bom?", "será que é agora que ele vai melhorar?". Acabou que, para mim, foi uma leitura maçante. Porém, consigo compreender os motivos pelos quais a história foi marcante para outros leitores, só não funcionou para mim por uma questão pessoal mesmo. Por exemplo, quase abandonei os dez por cento finais do livro, pois o que foi descrito nesses capítulos é um assunto que evito ler.

 Senti que foi colocada muita coisa na história, com muitos personagens, e nem tudo foi bem explorado. Além dos muitos segredos e tragédias que marcaram a vida de Kate e Keller (pensem em duas pessoas que passaram por coisas pesadíssimas na vida), tivemos: no início, a Kate começando sua vida universitária, a relação dela com os colegas que foram ficando meio de lado conforme ela e o Keller foram se aproximando, aí vieram umas partes hots, e tinha os problemas da tia e problemas com a colega de quarto e a relação com a amiga... enfim, acho que ficou muita coisa para um new adult estudantil, pra um romance, para um mistério/suspense ou um Sick- lit. 

 Confesso que gostei mais dos capítulos narrados pelo Keller, e que teve sim uma cena que me emocionou lá pelos 85%.

 Enfim, mesmo que a leitura tenha sido diferente das minhas expectativas, "Raio de Sol" é um livro que pode sim agradar outros leitores, tem romance, mistério, drama. Nada impede que se torne o seu livro favorito.

 Detalhes: 448 páginas, ISBN-13: 9788542207453, Skoob, tradução: Regiane Winarski, clique para comprar na Amazon:



 Confira algumas citações:

"— Você está me perguntando isso mesmo? Gus. Você me conhece. Esse é praticamente meu lema: sem arrependimentos. Arrependimentos só servem para imaginarmos alternativas e sentirmos raiva e tristeza, e não posso me dar ao luxo de nada disso."

"Adoro criar uma ligação com as pessoas por meio da música, principalmente quando posso apresentar músicas novas que as pessoas nunca ouviram. Descobrir uma coisa nova é como magia. A música está no mundo para ser ouvida, e sou da opinião de que o maior número de pessoas devia ouvir. De tudo. Porque música é uma coisa poderosa. Conecta as pessoas."

"Estou começando a me perguntar se emito um aroma de leite azedo como uma mãe que amamenta, porque certas pessoas gravitam até mim por um motivo, e por um só motivo: elas precisam de alguém que cuide delas. Tenho uma nova missão: proteger Clayton da tempestade, ou pelo menos apresentá-lo delicadamente a ela. Tenho a sensação de que nem tudo foi fácil para Clayton. Ele escolheu a amiga certa. Sou uma guia fantástica, pode acreditar."

"Sei que é estranho, mas gosto de pensar em Deus como meu amigo. Não sou religiosa; só falo com ele com frequência. Peço muitos favores. Às vezes, as coisas funcionam a meu favor, e às vezes, não. É a vida. A gente só precisa aproveitar ao máximo."

"Se você começa um livro e depois de dois capítulos decide que não gostou é uma coisa, mas quando se chega na metade, não dá para voltar. É obrigação." (discordo desse pensamento da Kate)

"— Eu jamais teria vindo assim. Admiro sua espontaneidade, Katie. Não consigo ser assim.
 — Odeio dizer isso, mas você acabou de conseguir. Eu teria perdido alguns dos melhores momentos da minha vida se não fosse espontânea. Sinceramente, tento não pensar demais no futuro. Sou uma grande fã do presente.
 — Estou sempre olhando para o futuro — diz ele, sério. — Não posso não ser assim. O futuro é tudo que tenho.
 — Às vezes, o futuro é supervalorizado. — E assustador.
 — Não para mim.
 — Não estou dizendo que você não deva seguir seus sonhos e objetivos. Só não deixe o presente de lado por um futuro desconhecido. Muitas felicidades são deixadas para trás, ignoradas ou adiadas para um momento que pode não chegar nunca. Não fique esperando as coisas e perca o momento por um amanhã sem garantia."

"Algumas pessoas se superam na arte de abraçar. Elas conseguem abraçar com o corpo todo, não só com os braços. O calor cerca cada centímetro da gente. Faz a gente se sentir amada e reconfortada."

"mas aprendi que os vivos também precisam ser amados. E amar outra pessoa não diminui o amor que senti por ela."

"— Você sabe quantas vezes reclamei com orientadores, professores e diretores ao longo dos anos em que sofri bullying ou apanhei?
 Deus, meu coração não quer saber.
 — Vezes demais, Katherine. E ninguém nunca fez nada. Me disseram que eu estava exagerando, que era um mal-entendido ou até que eu estava pedindo para que essas coisas acontecessem. Você consegue acreditar? As pessoas olharam nos meus olhos e me disseram que, por ser gay, eu estava pedindo para pegarem no meu pé. E me disseram isso mais de uma vez, então, ao que parece, não é uma opinião pertencente a uma única pessoa ignorante.
— Você não pode deixar os babacas vencerem, Clay.
 Ele bufa.
 — Não é um jogo. É minha vida. E estou cansado, Katherine. Eu só esperava que a faculdade fosse ser diferente. Mais tolerante…
 Eu o interrompo.
 — Tolerância é babaquice. Não há nada que tolerar. Nós não toleramos pessoas adoráveis, nós apreciamos. Eu odeio essa palavra."

"E isso me deixa triste. Não quero ficar triste, porque na verdade… tenho uma vida bem incrível.
 Hoje, minha vida é incrível.
 Não quero pensar no amanhã.
 Nem no dia seguinte.
 Então, repito para mim mesma: Hoje, minha vida é incrível."

"— Ela é um exemplo de positividade. É toda raio de sol. Ela não só vê o lado bom das coisas… ela mora lá."

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