Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "A Rosa Selvagem", um romance de época medieval escrito pela Simone O. Marques e publicado pela Ler Editorial em 2019.
"Eu aprendi com minha mãe e meu pai que histórias têm que ser contadas, assim elas sobrevivem e ajudam aqueles que virão depois de nós." (página 189)
"Eu aprendi com minha mãe e meu pai que histórias têm que ser contadas, assim elas sobrevivem e ajudam aqueles que virão depois de nós." (página 189)
Para escapar de ser morta com a família, Rose O'Kelly fugiu da Irlanda para a Inglaterra. Certa noite, ela se deparou com um bêbado que parecia querer atacá-la. Para se defender, ela o feriu com uma adaga.
Rose reencontraria esse homem e sentiria alívio ao ver que não o matou, mas ficaria chocada ao descobrir que ele era William, o temido barão Davon, um homem com fama de violento, que poderia exigir que Rose pagasse por feri-lo.
"Rose tremia inteira, pois, assim que o barão saíra detrás de sua mesa e ficara de pé no meio da saleta, ela o reconheceu. Era impossível não fazê-lo, pois ficara tão impressionada pela figura dele que até sonhara. E, quando ele sorriu, soube que tudo estava perdido para ela. O homem que a atacara, que ela esfaqueara e de quem fugira, era o barão Davon, de quem tanto mal falavam." (página 52)
No livro anterior da série Família Davon, já conhecemos o barão, quando Robert, seu irmão mais novo, se apaixonou por Lisie, a mulher que o rei havia ordenado que se casasse com William.
Após a suposta morte de Lisie, o rei não desistiu de casar William e conseguir uma aliança vantajosa em tempos conturbados. Por isso, enviou uma nova pretendente para que ele conhecê-se. O problema é que William não ficou interessado nessa pretendente, mas sim em Rose, a mulher cujos olhos tinham uma cor incomum e que teve a coragem de feri-lo, e seu interesse foi correspondido. Porém, Margareth, a pretendente enviada pelo rei, com a ajuda da mãe, faria de tudo para conseguir esse casamento.
As armações de Margareth e Lady Gisela, o fato de Rose não ser uma nobre, o risco de contrariar as ordens do rei, além da má fama que William não merecia, mas que não fazia nada para combater, serão alguns dos vários desafios que William e Rose precisarão enfrentar para que o romance deles tenha um final feliz.
Eu estava muito ansiosa por esse livro, já que William foi meu personagem favorito do livro anterior. Em "A Rosa Selvagem", entendemos mais sobre o peso que ele carregava: as marcas que as maldades do pai e o destino trágico da mãe lhe deixaram, fazendo-o se esconder atrás da fama de violento construída ao longo dos anos. William começou a sentir o peso da máscara que usava ao ver que poderia ser ele a ter o casamento feliz que Robert tinha, se tivesse tido tempo de conhecer Lisie sem ser um barão temido por todos (inclusive pelo próprio Robert, que inicialmente quis proteger Lisie do irmão).
"William estava com trinta e dois anos, conquistara vitórias em campos de batalha, herdara o título de seu pai, a confiança do rei, mas não tinha talento algum para o casamento ou para o amor. Prova disso era aquela mulher linda diante dele, que escolhera seu irmão sem lhe dar nenhuma chance de mostrar quem realmente era." (página 7)
"Rose tinha uma força que não dependia de seu corpo. Fugira sozinha de suas terrar e chegara ali sem deixar que seu sorriso doce desaparecesse, apesar de tudo pelo que passou. Vinha de uma família nobre na Irlanda, mas não reclamou quando foi trabalhar como criada. Perdera sua casa e todos de sua família, mas dedicava à Emma e às crianças um amor digno de quem compartilha o sangue." (página 132)
O fato de termos uma protagonista irlandesa é bem interessante, além de toda a determinação de Rose, ainda podemos ver um pouco da questão histórica da época como pano de fundo. Os personagens secundários também são bacanas: destaco os empregados de William que sabiam que o patrão não era o monstro que diziam, e Emma e seus filhos, os fofos Tomy e Madie, que acolheram Rose; já Lady Gisela e a filha Margareth são detestáveis.
"A Rosa Selvagem" tem um número maior de páginas do que seu antecessor, "A Noiva do Barão", ainda assim, eu confesso que gostaria que a história fosse mais desenvolvida (talvez seja só por causa da expectativa enorme que eu tinha sobre o livro ou pelo fato de eu estar lendo muitos romances no momento), o que não quer dizer que o livro não seja um bom romance de época medieval.
A edição da Ler tem uma capa linda! As páginas são amareladas, há detalhes na diagramação, além de margens, letra e espaçamento de bom tamanho. Há poucos erros de revisão, mas acho que expressões como "fulano sorriu, corou, sentiu um bolo no estômago" poderia ter aparecido menos vezes.
Fica a minha recomendação para quem procura um romance de época medieval, mas aconselho a ler na ordem de lançamento: primeiro "A Noiva do Barão", depois "A Rosa Selvagem", pois as histórias estão bem interligadas.
"A mãe de Rose sempre dizia que quando a pessoa certa aparece é como um raio que encontra uma árvore. Haveria tantos outros lugares para que ele caísse, mas ele escolhe aquela árvore, e seu encontro é tão forte que o fogo nasce feroz. Pode consumir a árvore, mas, por um momento infinito, raio e árvore são apenas um." (página 154)
Detalhes: 252 páginas, ISBN-13: 9788568925799, Skoob. Resenha de "A Noiva do Barão". Clique para comprar na loja da editora. Clique para comprar na Amazon (e-book disponível no Kindle Unlimited):
Rose reencontraria esse homem e sentiria alívio ao ver que não o matou, mas ficaria chocada ao descobrir que ele era William, o temido barão Davon, um homem com fama de violento, que poderia exigir que Rose pagasse por feri-lo.
"Rose tremia inteira, pois, assim que o barão saíra detrás de sua mesa e ficara de pé no meio da saleta, ela o reconheceu. Era impossível não fazê-lo, pois ficara tão impressionada pela figura dele que até sonhara. E, quando ele sorriu, soube que tudo estava perdido para ela. O homem que a atacara, que ela esfaqueara e de quem fugira, era o barão Davon, de quem tanto mal falavam." (página 52)
No livro anterior da série Família Davon, já conhecemos o barão, quando Robert, seu irmão mais novo, se apaixonou por Lisie, a mulher que o rei havia ordenado que se casasse com William.
Após a suposta morte de Lisie, o rei não desistiu de casar William e conseguir uma aliança vantajosa em tempos conturbados. Por isso, enviou uma nova pretendente para que ele conhecê-se. O problema é que William não ficou interessado nessa pretendente, mas sim em Rose, a mulher cujos olhos tinham uma cor incomum e que teve a coragem de feri-lo, e seu interesse foi correspondido. Porém, Margareth, a pretendente enviada pelo rei, com a ajuda da mãe, faria de tudo para conseguir esse casamento.
As armações de Margareth e Lady Gisela, o fato de Rose não ser uma nobre, o risco de contrariar as ordens do rei, além da má fama que William não merecia, mas que não fazia nada para combater, serão alguns dos vários desafios que William e Rose precisarão enfrentar para que o romance deles tenha um final feliz.
Eu estava muito ansiosa por esse livro, já que William foi meu personagem favorito do livro anterior. Em "A Rosa Selvagem", entendemos mais sobre o peso que ele carregava: as marcas que as maldades do pai e o destino trágico da mãe lhe deixaram, fazendo-o se esconder atrás da fama de violento construída ao longo dos anos. William começou a sentir o peso da máscara que usava ao ver que poderia ser ele a ter o casamento feliz que Robert tinha, se tivesse tido tempo de conhecer Lisie sem ser um barão temido por todos (inclusive pelo próprio Robert, que inicialmente quis proteger Lisie do irmão).
"William estava com trinta e dois anos, conquistara vitórias em campos de batalha, herdara o título de seu pai, a confiança do rei, mas não tinha talento algum para o casamento ou para o amor. Prova disso era aquela mulher linda diante dele, que escolhera seu irmão sem lhe dar nenhuma chance de mostrar quem realmente era." (página 7)
"Rose tinha uma força que não dependia de seu corpo. Fugira sozinha de suas terrar e chegara ali sem deixar que seu sorriso doce desaparecesse, apesar de tudo pelo que passou. Vinha de uma família nobre na Irlanda, mas não reclamou quando foi trabalhar como criada. Perdera sua casa e todos de sua família, mas dedicava à Emma e às crianças um amor digno de quem compartilha o sangue." (página 132)
O fato de termos uma protagonista irlandesa é bem interessante, além de toda a determinação de Rose, ainda podemos ver um pouco da questão histórica da época como pano de fundo. Os personagens secundários também são bacanas: destaco os empregados de William que sabiam que o patrão não era o monstro que diziam, e Emma e seus filhos, os fofos Tomy e Madie, que acolheram Rose; já Lady Gisela e a filha Margareth são detestáveis.
"A Rosa Selvagem" tem um número maior de páginas do que seu antecessor, "A Noiva do Barão", ainda assim, eu confesso que gostaria que a história fosse mais desenvolvida (talvez seja só por causa da expectativa enorme que eu tinha sobre o livro ou pelo fato de eu estar lendo muitos romances no momento), o que não quer dizer que o livro não seja um bom romance de época medieval.
A edição da Ler tem uma capa linda! As páginas são amareladas, há detalhes na diagramação, além de margens, letra e espaçamento de bom tamanho. Há poucos erros de revisão, mas acho que expressões como "fulano sorriu, corou, sentiu um bolo no estômago" poderia ter aparecido menos vezes.
Fica a minha recomendação para quem procura um romance de época medieval, mas aconselho a ler na ordem de lançamento: primeiro "A Noiva do Barão", depois "A Rosa Selvagem", pois as histórias estão bem interligadas.
"A mãe de Rose sempre dizia que quando a pessoa certa aparece é como um raio que encontra uma árvore. Haveria tantos outros lugares para que ele caísse, mas ele escolhe aquela árvore, e seu encontro é tão forte que o fogo nasce feroz. Pode consumir a árvore, mas, por um momento infinito, raio e árvore são apenas um." (página 154)
Detalhes: 252 páginas, ISBN-13: 9788568925799, Skoob. Resenha de "A Noiva do Barão". Clique para comprar na loja da editora. Clique para comprar na Amazon (e-book disponível no Kindle Unlimited):
Oi, Marijleite como vai? Eu não li nenhuma obra dessa autora. Pela sua resenha parece uma obra um tanto boa para ler não é? Adorei a resenha. Um abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
oi!
ResponderExcluirAdoro romance de época,ja estou curiosa para ler esta serie :D
Oi Maria, o único romance de época medieval que li era hot e não curti muito. Este parece ter uma história envolvente e fiquei interessada, vou procurar saber mais do volume 1.
ResponderExcluirBjos
Vivi
http://duaslivreiras.blogspot.com/
Olá, não leio muitos romances de época mais adorei a dica e anotei para leituras futuras.
ResponderExcluirOlá! Gostei muito da indicação dos dois romances, acabei pegando os dois pelo Unlimited! rs Espero gostar da leitura tanto quanto vc!
ResponderExcluirBjs
Lucy - Por essas páginas
Olá! Adorei saber sobre a série, pois amo romances de época nesse estilo! Que bacana uma protagonista irlandesa e obstinada, me pareceu uma personagem muito forte que dá vontade de conhecer. Abraço! Karla Samira
ResponderExcluirApesar de ler muito romance de época, não leio tantos na era medieval, achei a ideia interessante. Amei a capa do livro também, achei bem atraente.
ResponderExcluirBeijos
Mari
Pequenos Retalhos
Olá!
ResponderExcluirConheço a autora de nome, mas nunca li nada dela. Achei a premissa interessante e uma novidade para mim já que os romances de época que estou acostumada passam em outra época. Enfim, diferente de você eu não curti muito a capa não, mas é uma questão de gosto, então eu não leria por ela, mas sua resenha me despertou interesse.
Beijos
Ainda não conhecia a autora e nem suas obras, mas gostei. Romance medieval, com uma personagem irlandesa... bem diferente, eu diria. Gostei da resenha e fiquei curiosa para lê-lo :D
ResponderExcluirBeijos,
Blog PS Amo Leitura
Olá! Tudo bem?
ResponderExcluirEu sou apaixonada por romances de época e o primeiro livro já está na minha lista de desejados, e agora, depois de ler a sua resenha desse, ele também já está entrando! Adorei a trama e espero conseguir conferir em breve!
Então, eu não curto romance romântico, e praticamente nunca leio romance de época. Não faz minha cabeça. Mas, eu amo tudo que é medieval. Fiquei no meio do caminho com essa sua resenha. hahahaha Não sei se topo ler, mas acho que se acontecer, eu vou gostar da experiência.
ResponderExcluirBeijão
Carol, do Coisas de Mineira
Olá, tudo bem? Dica super anotada! Fã de romances medievais, ainda não tive oportunidade de ler nada nacional do estilo, e agora temos uma indicação. Ficarei de olho e lerei na ordem. Adorei <3
ResponderExcluirBeijos,
http://diariasleituras.blogspot.com
Olá, tudo bom?
ResponderExcluirApesar de amar romances de época, só comecei a me aventurar pelos medievais recentemente e tenho que confessar que estou amando tudo o que ando lendo. Fiquei curiosa para conhecer essa história e a anterior, mesmo que você tenha sentido que faltou um pouco mais de desenvolvimento. Vou me aventurar na leitura tendo isso em mente. Espero gostar tanto quanto você do protagonista deste livro ♥ rs
Beijos!