RESENHA: Correndo Descalça, de Amy Harmon

Olá Leitores (as), como estão? Hoje trago a vocês a resenha do livro Correndo Descalça, da autora Amy Harmon publicado pela editora Verus. Eu estava louca procurando um livro que me prendesse e esta história me proporcionou isso e muito mais, por isso os convido a conferir minha opinião completa sobre esta obra tocante.

Título: Correndo Descalça
Autora: Amy Harmon
Editora: Verus
Ano: 2018
Páginas: 349
Gênero: Literatura Estrangeira / Romance / Jovem Adulto / Ficção

SINOPSE

Um romance emocionante sobre amizade, amor e família, da autora de Beleza Perdida.Quando Josie Jensen, uma desajeitada menina prodígio da música, conhece Samuel Yates, um garoto confuso e revoltado descendente dos índios Navajos, uma amizade improvável floresce. Apesar de ser cinco anos mais nova, Josie ensina a Samuel sobre palavras, música, sonhos, e, com o tempo, eles formam um forte vínculo de amizade.Após se formar no colégio, Samuel abandona a cidadezinha onde vivem em busca de um futuro, deixando sua jovem amiga com o coração partido. Muitos anos depois, quando Samuel retorna, percebe que Josie necessita exatamente das coisas que ela lhe oferecerá na adolescência. É a vez de Samuel ensinar a Josie sobre a vida e o amor e guiá-la para que ela encontre seu rumo, sua felicidade.Profundamente romântico, Correndo Descalça é a história de uma garota do interior e um garoto indígena, sobre os laços que os ligam a suas casas e famílias e sobre o amor que lhes dá asas para voar.

Eu já li outros dois livros dessa autora: Beleza Perdida e Infinito + Um, que inclusive tem resenha aqui no blog; e havia gostado bastante de ambas as história. Este fato me estimulou a querer adquirir este título assim que houve seu lançamento, e mesmo passando por uma super ressaca literária esta história conseguiu me fisgar e prender de uma forma extraordinária. 
“Ninguém esperava que eu superasse. Como um sapato cujo o par é perdido e nunca mais e usado, eu havia perdido meu par e não sabia como correr descalça.” (pag.10)


O livro conta a história da personagem Josie, que aos 9 anos de idade perdeu sua mãe precocemente para o câncer de mama. Depois desse fatídico acontecimento ela teve que ocupar o lugar de sua mãe nos afazeres domésticos e  da fazenda, pois ela mora no interior. Tudo isso fez com que com ela aos 13 anos fosse mais madura que as outras crianças da sua idade, já que possuía responsabilidades de um adulto, cozinhava, limpava, cuidava das galinhas, estudava. E graças a Sonja, uma mulher idosa que havia se mudado para cidade, ainda conseguia conciliar tudo isso com as suas aulas de piano que ela lhe dava. Por isso, Josie acabou construindo um grande amor pela música clássica, por livros e pelo piano e isso fez com ela se tornasse uma pessoa sonhadora. Um dia Josie, que ia e voltava todos os dias da escola de ônibus, descobriu que os bancos passaram a ter lugar marcado, e que ela teria que se sentar ao lado de ninguém menos que Samuel. Samuel é um garoto mais velho, possui 18 anos, reservado, e mestiço (descendente de brancos e de índios).  Ao ver o quanto Josie gostava de ler, resolve lhe pedir ajuda para compreender um livro, do qual precisa para fazer um trabalho da escola. Esta situação fez com que eles se aproximassem e virassem melhores amigos. No entanto Samuel já tinha planos para o futuro, sair da cidade e se alistar no exército. Desse modo, eles acabaram se afastando, e Josie apesar de apaixonada seguiu com sua vida, mas situações difíceis fez com que ela mudasse seus planos e desistisse de seus sonhos. Anos depois Samuel volta a cidade, mas nem ele, nem Josie são as mesmas pessoas de quando tinham 13 e 18 anos. Mas, será que a amizade entre eles continua intacta? 
“(...) A Sr. Grimaldi diz que você não pode construir muros e ficar bravo quando ninguém quiser passar por cima deles.” (pag.46)

O que me fez gostar dessa história é que os personagens são reais, ambos são cheios de defeitos, sonhos e já passaram por momentos difíceis que fizeram ser quem eles são. Apesar de a história começar quando Josie tinha nove anos, depois treze e por fim vinte e três, conseguimos compreender todo o decorrer linear da trama, sem que seja corrido ou que fiquemos perdidos. A amizade entre eles vai sendo construída aos poucos e não há um relacionamento amoroso instantâneo, você torce para que eles fiquem juntos, mas para além disso, que sejam felizes, independente de suas escolhas.

“Todos nós  devemos tudo a Deus. Não existe tamanho de dívida. Não sou menos devedor do que o homem que quase perdeu a vida pelas minhas mães. O filho mais fiel não é menos devedor que o seu irmão pródigo. Todos nós devemos tudo a Jesus Cristo.” (pag. 272)

Além disso, a autora aborda outras reflexões, como amizade, relacionamento familiar, música clássica, descobrimos a história de vários compositores como Beethoven, etnia, cultura, dentre outros temas. Isso deixou a leitura ainda mais rica, cativante e surpreendente. As páginas vão passando sem que você perceba. Mesmo que a história tenha características clichês, não deixe se enganar, pois tenho certeza que você irá se surpreender. O livro é narrado em primeira pessoa, pela perspectiva de Josie, uma personagem real, cativante e muito inteligente. 



“Crescer e sair de casa não é a mesma coisa que abandonar, você tem que entender.” (pag.301)

Mais uma vez a autora Amy Harmon conseguiu me surpreender, me emocionar e me fisgar do começo ao fim de seu livro. Há muito tempo não lia uma história tão bem construída, real e rica em conteúdo, pois além de haver romance, a autora nos proporciona aprender coisas que poderemos levar para a vida. Por esses motivos é claro que eu super recomendo a leitura dessa obra, e espero que seja tão incrível para vocês quanto para foi para mim. Mas, e vocês já tiveram oportunidade de ler este ou outro livro dessa autora? Se interessaram por esta obra? Deixem nos comentários a opinião de vocês, é sempre muito importante e bem vinda. 

Espero que tenham gostado, e por hoje é só.

Até o próximo post

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5 comentários

  1. Não é um estilo de livro que eu compre, que sinta vontade de ler, o próprio selo Verus não possui muitas coisas no catálogo que me desperte o mínimo interesse. De qualquer forma, acho a história bem bacana para entretenimento e ao público mais jovem, que é o perfil do selo. Essas abordagens reflexivas de amizade família, etc., em minha opinião são ótimas, fora que deixar os personagens mais reais, aproxima do leitor.

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  2. Olá,
    Eu acho essa capa em feia e talvez por isso não tenha dado uma chance. Porém ao ler a resenha percebi que tem relacionamento familiar, o que muito autores deixam de lado neste tipo de livro, então neste ponto eu super aprovo.

    Debyh
    Eu Insisto

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  3. Oie, tudo bem? Já tinha ouvido falar sobre o livro anterior mas esse não conhecia. Achei o enredo incrível. Conforme fui lendo a sinopse já me envolvi com os personagens e fiquei bem curiosa para saber mais sobre os dois. Parece uma história linda. Um abraço, Érika =^.^=

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  4. Olá, tudo bem? Essa autora sempre nos surpreende né? Já li livros delas, e amei, porém ainda não esse. Fiquei super curiosa e espero curtir que nem você. Adoro as mensagens subentendidas que ela passa, fora sempre ser um romance de aquecer o coração. ADOREI as fotos!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com/

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  5. eu lembro da época do bum dessa obra, todo mundo lendo e amando e eu só observando kkkkk, sou chata com livros hypados kkk mas gostei das temáticas que voce citou, deixou a obra mais interessante pra mim.

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