Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje, venho comentar minha experiência de leitura com o livro "Confissões de um cafamântico", escrito pelo Ricardo Coiro e publicado pela Editora Schoba em 2015.
O livro já estava na minha estante há alguns meses, até que veio o Projeto Lendo Nacional e finalmente consegui lê-lo. Já acompanhava o Ricardo pelo Instagram, e estava curiosa para descobrir que confissões alguém que se divide entre ser romântico e cafajeste teria para fazer. A obra reúne crônicas do autor, divididas por temas: saudade, egoísmo, tesão, paixão, morte...
"Desconheço alguém nesse universo grandioso que não tenha perdido o chão, a cabeça, a pose, e até mesmo a sanidade quando deu de cara com esse tal sentimento com aparência de muralha intransponível e cheiro de fotos velhas. Não existe colete à prova de saudade, nem formas de blindar nossa vida dos estilhaços daquilo que vai e nem sempre volta.
Sendo bem sincero, se não quiser esbarrar com a saudade: recuse toda e qualquer alegria que te faça gargalhar até sentir dor nos músculos da barriga, nunca se envolva com pessoas capazes de colorir seus dias cinzas e chuvosos, coma tudo sem sal e sem tempero, não viaje, não saia de baixo do edredom por nada, não beije, nem na bochecha, não faça sexo e, em hipótese alguma, conheça seus avós se a vida lhe der essa oportunidade imperdível." ("Aquela coisa chamada saudade", página 17)
São crônicas curtas, que podem ser lidas em poucos minutos, mas extremamente bem escritas. O autor desenha com as palavras, consegue passar sentimentos em cada frase. E foi uma leitura que eu gostei demais, sendo impossível destacar uma única crônica como preferida, pois me identifiquei com tantas.
"Volte logo, pois não sei se suportarei ter tudo arrumado. Vá e volte, antes que eu ache normal ver tudo no lugar e você fora dele." ("Vá, mas não demore para voltar", página 16)
Confesso que tinha um certo receio de que o lado cafajeste falasse mais alto, mas a "cafajestice" que temos no livro não chega a incomodar.
Preciso destacar o capricho da edição da Schoba: a capa é bem bonita e a escolha e combinação das cores e fontes ficou linda. A obra está bem revisada, as páginas são amareladas e a diagramação traz letras, margens e espaçamento entre uma linha e outra com um ótimo tamanho. Há páginas pretas que dividem as crônicas por temas, e cada tema tem seu significado explicado como encontraríamos num dicionário.
"São Paulo agora pulsa, sem querer, sem poder parar e parece não sentir nada enquanto o relógio marca quatro e dezesseis da madrugada. E, mesmo dentro desse escuro sempre iluminado, percebo que os cortiços do centro precisam de uma mão urgente. Uma mão de tinta. Algumas muitas mãos de gente. Talvez um braço forte que aguente o baque, ou melhor, um corpo inteiro capaz de sobreviver ao choque." ("Padroeiro do egoísmo", página 45)
Fica a minha super recomendação para quem gosta de crônicas e até para quem não tem o hábito de lê-las, tenho certeza que você gostará de pelo menos uma delas, que desejará grifar várias citações e que se encantará pela escrita desse autor nacional tão talentoso. O Ricardo Coiro escreve para vários sites, e é possível encontrar algumas das crônicas presentes no livro para leitura nesses sites, deixo aqui o link para "Enquanto houver paixão", uma das minhas favoritas (assim como as demais citadas no post): www.entendaoshomens.com.br/enquanto-houver-paixao/.
O livro já estava na minha estante há alguns meses, até que veio o Projeto Lendo Nacional e finalmente consegui lê-lo. Já acompanhava o Ricardo pelo Instagram, e estava curiosa para descobrir que confissões alguém que se divide entre ser romântico e cafajeste teria para fazer. A obra reúne crônicas do autor, divididas por temas: saudade, egoísmo, tesão, paixão, morte...
"Desconheço alguém nesse universo grandioso que não tenha perdido o chão, a cabeça, a pose, e até mesmo a sanidade quando deu de cara com esse tal sentimento com aparência de muralha intransponível e cheiro de fotos velhas. Não existe colete à prova de saudade, nem formas de blindar nossa vida dos estilhaços daquilo que vai e nem sempre volta.
Sendo bem sincero, se não quiser esbarrar com a saudade: recuse toda e qualquer alegria que te faça gargalhar até sentir dor nos músculos da barriga, nunca se envolva com pessoas capazes de colorir seus dias cinzas e chuvosos, coma tudo sem sal e sem tempero, não viaje, não saia de baixo do edredom por nada, não beije, nem na bochecha, não faça sexo e, em hipótese alguma, conheça seus avós se a vida lhe der essa oportunidade imperdível." ("Aquela coisa chamada saudade", página 17)
São crônicas curtas, que podem ser lidas em poucos minutos, mas extremamente bem escritas. O autor desenha com as palavras, consegue passar sentimentos em cada frase. E foi uma leitura que eu gostei demais, sendo impossível destacar uma única crônica como preferida, pois me identifiquei com tantas.
"Volte logo, pois não sei se suportarei ter tudo arrumado. Vá e volte, antes que eu ache normal ver tudo no lugar e você fora dele." ("Vá, mas não demore para voltar", página 16)
Confesso que tinha um certo receio de que o lado cafajeste falasse mais alto, mas a "cafajestice" que temos no livro não chega a incomodar.
Preciso destacar o capricho da edição da Schoba: a capa é bem bonita e a escolha e combinação das cores e fontes ficou linda. A obra está bem revisada, as páginas são amareladas e a diagramação traz letras, margens e espaçamento entre uma linha e outra com um ótimo tamanho. Há páginas pretas que dividem as crônicas por temas, e cada tema tem seu significado explicado como encontraríamos num dicionário.
"São Paulo agora pulsa, sem querer, sem poder parar e parece não sentir nada enquanto o relógio marca quatro e dezesseis da madrugada. E, mesmo dentro desse escuro sempre iluminado, percebo que os cortiços do centro precisam de uma mão urgente. Uma mão de tinta. Algumas muitas mãos de gente. Talvez um braço forte que aguente o baque, ou melhor, um corpo inteiro capaz de sobreviver ao choque." ("Padroeiro do egoísmo", página 45)
Fica a minha super recomendação para quem gosta de crônicas e até para quem não tem o hábito de lê-las, tenho certeza que você gostará de pelo menos uma delas, que desejará grifar várias citações e que se encantará pela escrita desse autor nacional tão talentoso. O Ricardo Coiro escreve para vários sites, e é possível encontrar algumas das crônicas presentes no livro para leitura nesses sites, deixo aqui o link para "Enquanto houver paixão", uma das minhas favoritas (assim como as demais citadas no post): www.entendaoshomens.com.br/enquanto-houver-paixao/.
"A mesma árvore, cuja espinha dorsal ontem parecia estar prestes a quebrar devido à fúria dos ventos, hoje repousa sólida, cheia de postura e apresenta-me cabelos floridos. É inverno, mas vejo pétalas na copa, pétalas no chão, pétalas dentro de mim. Não preciso mais da primavera, não para sorrir. Posso parar em qualquer estação e sei que lá, onde quer que lá seja, a paixão fará o favor de estar para perfumar meus horizontes." ("Enquanto houver paixão", páginas 78 e 79)
Detalhes: 125 páginas, ISBN-13: 9788580134209, 2° edição, Skoob. Onde comprar online: site da editora, Submarino.
Por hoje é só, espero que tenham gostado do post. Me contem: já conheciam o autor ou o livro?
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Detalhes: 125 páginas, ISBN-13: 9788580134209, 2° edição, Skoob. Onde comprar online: site da editora, Submarino.
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Até o próximo post!
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Não sou muito chegada a ler crônicas, mas fiquei interessada nessa obra.
ResponderExcluirA forma que ele escreve parece ser bem bacana e que consegue envolver o leitor.
Ainda mais sendo uma obra nacional. Fiquei realmente curiosa!
A edição parece estar bem caprichada mesmo. Dica anotada!!!
Beijos
Caroline Garcia
Uau! Já me ganhou só pela capa haha
ResponderExcluirGosto de Crônicas, com certeza darei uma chance à ele ^-^
Belíssimo post!!
Beijos ❤
Jardim de Palavras
Olá !
ResponderExcluirLivro nacional \o/
Não gosto muito de crônicas mas daria uma chance ao livro .. Adorei !
Bjo
Oi Mari :)
ResponderExcluirEu lia mais crônicas na adolescência e adorava. Não conhecia o autor e nem as obras dele. Achei interessante a estrutura do livro e bem caprichada. Os temas são bem diversificados pelo que eu vi.
Obg pela indicação ;)
Abc
Mari!
ResponderExcluirGosto muito de crônicas e quando bem escritas, ainda melhor.
Ver que o autor se denomina um romântico cafajeste e disseca essa característica em seus escritos, deve ser magnífico, ainda mais quando o lado cafajeste não é tão exacerbado quanto esperávamos.
Uma semana esplendorosa!
“O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo.” (William Shakespeare)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE JULHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Olá!
ResponderExcluirNão costumo ler muitas crônicas, mas isso é algo que pretendo mudar esse ano, então vou anotar essa dica <3
O autor parece escrever super bem e estou louca pra conhecer seu trabalho (:
Beijos
Olá, gosto de crônicas pelo fato de não termos que nos ater a linha cronológica e podermos variar. Não conheço a escrita do autor, mas com certeza vou ler sua obra quando puder. Beijos.
ResponderExcluirOi, Maria!!
ResponderExcluirAdoro livros de cronicas e essa é a primeira vez que vejo falar desse livro, o que mas me chamou minha atenção foi o titulo principalmente o nome cafamântico que nunca tinha ouvido falar nessa palavra e tive que procurar no dicionário para saber o que significado que é cafajeste romântico!!
Beijoss
Não sei opinar muito bem sobre Crônicas porque faz tempo que não leio, mas não conhecia essa.
ResponderExcluirGostei de conhecer o livro através de sua resenha e vou anotar a dica.
beijinhos!
#Ana Souza
https://literakaos.wordpress.com/
Olá!
ResponderExcluirÀ muito tempo que não leio crónicas, e depois de ler a sua resenha fiquei curiosa para conhecer este!! Obrigada pela dica!!
http://a-lilianaraquel.blogspot.pt/
Oi, Mari!
ResponderExcluirNão conhecia a obra. Parece ser crônicas bem bacanas. Ah! Adorei a citação da página 16. Bem profunda! rsrs...
Beijão!
http://www.lagarota.com.br/
http://www.asmeninasqueleemlivros.com/
Apesar de parecerem interessantes, não sou muito fã de crônicas. Talvez eu leia algumas delas no site primeiro, antes de tomar a minha decisão a respeito da obra.
ResponderExcluirNossa, lendo a sua resenha e os trechos que você adicionou foram suficientes para despertar a minha curiosidade para ler essa obra. A edição está realmente muito linda e o autor parece ter o dom de conectar o leitor com as suas palavras. Vou adicionar com certeza. Bjss!
ResponderExcluirOlá! Que delícia de leitura me pareceu esse livro! Pelo que você nos conta, as crônicas parecem mesmo lindas e bem reflexivas! E os temas escolhidos são mesmo os do dia-a-dia! Também gostei bastante da capa.
ResponderExcluirBeijos!
Karla Samira
http://pacoteliterario.blogspot.com.br/
Olá! Amo ler crônicas, e escrever também rs. Dica anotada, fiquei feliz em conhecer novos autores e talentosos cronistas. Já vou deixar na minha lista de desejados para ler o mais rápido possível.
ResponderExcluirOiii!
ResponderExcluirque bacana! Eu adoro crônicas e mesmo não lendo tantas, sempre quero ter um livro no estilo na minha estante. Dica anotadinha para leitura próxima <3
Beijnho,
Pensa numa pessoa que lei cafamantico e ficou pensando "o q é isso?", até que comecei a ler a resenha e me toquei que juntaram as palavras :/
ResponderExcluirDe toda forma eu não gosto muito de crônicas e por mais que a avaliação seja positiva eu vou deixar a dica passar nesse momento, qm sabe em outra hr
bjos
Olá Maria ;)
ResponderExcluirNão gosto muito de ler livros em formato de crônicas, só isso que me desestimulou de ler. Achei engraçado o autor fazer no título essa junção de romântico e cafajeste, nunca tinha pensado nisso kkk
Mas como você adorou o livro e indica, vou dar uma chance a leitura, quem sabe eu não me surpreendo né ;)
Bjos