Resenha e sorteio: livro "A verdade sobre amores e duques", Laura Lee Guhrke

 Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre a minha experiência de leitura com o livro "A verdade sobre amores e duques", escrito pela Laura Lee Guhrke e publicado em 2018 pela Harlequin (leiam até o final, pois tem sorteio para vocês).

Livro "A verdade sobre amores e duques", um romance de época de Laura Lee Guhrke, Editora Harlequin

 A história é narrada em terceira pessoa e se passa no ano de 1892 em Londres. A família de nosso protagonista, Henry Cavanaugh, o Duque de Torquil, é composta por duas jovens irmãs, um irmão mais novo casado, um cunhado, dois sobrinhos terríveis e a mãe viúva. Certa manhã, Henry descobriria que, após ser aconselhada por Lady Truelove numa coluna de jornal, sua mãe havia resolvido fugir com um pintor que não tinha boa fama, o que seria um escândalo terrível para a reputação da família.

 Talvez, a tal Lady Truelove tivesse alguma informação que pudesse ajudar Henry a localizar a mãe e impedir o escândalo. E por isso ele foi ao jornal onde a coluna era publicada. Lá, o duque encontrou a senhorita Irene Deverill, a editora do jornal, que não lidou bem com a sua exigência de ajudá-lo a trazer a duquesa viúva de volta para casa. E daí que ele era um duque? No mundo de Irene, duques não eram tão importantes assim.

 "- Você tem noção de que, ao se casar com ele, minha mãe será repudiada por todos os seus amigos e conhecidos?
 - Tenho, sim. E o mais importante é que ela também tem, mas parece se sentir como eu, que considero que perder amigos tão fúteis não é uma perda tão grande assim.
 - As filhas dela, cujo futuro será decidido na obtenção de um bom casamento, indiretamente partilharão da desgraça da mãe, e suas opções de parceiros desejáveis para o casamento diminuirão. As perspectivas de minhas irmãs já estavam um tanto quanto complicadas, dadas as herdeiras americanas que estão invadindo nosso território ofertando dotes obscenos aos homens qualificados da nossa...
 - Uma mera comprovação do caráter de tais jovens, que se permitem serem comprados com tamanha facilidade. Mas entendo seu ponto de vista. Não é o fato de Foscarelli ser um aproveitador que o perturba. É o fato de ser um aproveitador ser um título." (página 76)

 Anos atrás, as finanças da família estavam arruinadas por culpa do pai de Irene. Para não passar fome, a jovem reergueu o que ainda restava do jornal da família, mudou completamente a linha editorial, criando o Society Snippets, voltado em grande parte para as fofocas da aristocracia. Isso garantiu as contas pagas, além do suficiente para manter a casa, os poucos empregados, Irene, sua irmã mais nova Clara e o pai.

 Depois de tanta luta, ela não abaixaria a cabeça para um duque esnobe, mas Henry não desistia fácil do que considerava o melhor para a sua família. Será que ele convenceria Irene a fazer com que a duquesa viúva desistisse de seu relacionamento inapropriado? Uma coisa eu lhes digo: Henry usaria todas as armas que tinha, mas acabaria se aproximando mais do que gostaria de Irene, ela também acabaria descobrindo que a sociedade aristocrata poderia ser muito além do que imaginava! O desfecho dessa história vocês até já podem imaginar, pois se trata de um romance de época, mas teremos um longo caminho até lá!

 "- Como o senhor, ou meu pai, aliás, poderia pensar que este mundo, em que roupas são mais importantes que a bondade e a conveniência é mais valorizada que o amor, é um mundo no qual eu um dia iria querer viver?
 Ele não fazia ideia de como responder àquela pergunta, pois mulheres como a srta. Deverill, jovens para as quais o seu mundo não detinha atrativo algum, eram tão rara quanto galinhas com dentes." (páginas 114 e 115)

 Esse foi meu primeiro contato com a ótima escrita da autora, e apesar de não ter virado um livro favorito, gostei bastante de "A verdade sobre amores e duques". Irene Deverill com toda certeza é uma personagem que se destaca. Sua luta para estar à frente do seu jornal numa época em que o mercado de trabalho era tão fechado às mulheres é admirável. Admirável também é a iniciativa dela de empregar outras mulheres em seu jornal, em ser uma sufragista, defendendo o voto feminino e a ampliação dos direitos do sexo feminino. A alma de Irene não pertence ao mundo da aristocracia, e era dolorido vê-la sendo julgada nesse mundo da qual ela não fazia parte, um mundo onde estava presente por aqueles e aquilo que amava: pelo seu jornal, por Clara.

 "Torquil podia ser extremamente irritante, terrivelmente rígido. Mas, ainda assim, Irene não podia negar o amor dele por sua família. Era, agora ela sabia, absoluto e generalizado - o centro de seu mundo." (página 165)

 Agora, vamos falar sobre Henry, um homem que no passado se deixou ser guiado pelos sentimentos e acabou sofrendo, e que acreditava precisar se punir de certa forma, um homem que carregava uma culpa, e decidiu seguir todas as regras e reprimir suas emoções dali em diante. Henry tentava ser o que se esperava dele, mas volta e meia sua verdadeira essência aparecia, pois ninguém consegue se controlar o tempo todo, e a convivência com Irene mostraria isso.

 O romance entre Irene e Henry é realmente bem complicado, visto que eles são de mundos opostos e nenhum deles quer ceder. Eu diria que esse romance de época tem um tom mais sério, ao mostrar como os protagonistas teriam que rever seus conceitos pelo relacionamento, e talvez por isso ele não tenha me encantado tanto quanto outros romances de época, ainda que seja sim um livro que eu recomendo muito, pois as emoções e os dilemas dos personagens foram bem construídos. Temos uma mocinha muito certa das suas convicções e um mocinho que demora bastante para se render aos sentimentos. Confesso que senti falta de um epílogo, algumas questões ficaram um pouco em aberto para mim, como a verdadeira intenção de Foscarelli, mas como esse é o primeiro livro da série "Querida conselheira amorosa..." e o próximo livro é sobre a Clara, irmã da Irene, talvez ainda possamos ver um pouco mais da família do duque de Torquil.

 É inegável o quanto a capa da editora Harlequin é encantadora, muito bonita! A parte de dentro da capa segue o mesmo tom de vermelho das letras do título. As páginas são amareladas, a diagramação tem letras, margens e espaçamento de bom tamanho.

 Detalhes: 320 páginas, ISBN-13: 9788539825387, Skoob. Clique e compre na Amazon (disponível em e-book e físico):

SORTEIO:

 Vou sortear meu exemplar entre os seguidores do Instagram, para participar, acesse e curta a foto oficial: https://www.instagram.com/p/BjsHbngH1cK/?taken-by=marijleite, me siga e marque dois amigos nos comentários. Inscrições até 06/07/2018, resultado em até uma semana após o término das inscrições na foto do sorteio. Envio do livro em até 30 dias após o recebimento do endereço do ganhador.

 Por hoje é só, espero que tenham gostado da resenha e que participem do sorteio. Me contem: já conheciam o livro ou a autora?

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Até o próximo post!

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