Resenha: livro "Dias de despedida", Jeff Zentner

 Olá pessoal, tudo bem? Na resenha de hoje venho comentar sobre minha experiência de leitura com o livro "Dias de despedida", escrito pelo Jeff Zentner e publicado no Brasil pela Editora Seguinte em 2017.

 " Ninguém sabe como as pessoas superam as coisas. Elas apenas superam." (página 213)

Resenha: livro "Dias de despedida", Jeff Zentner, Seguinte

 "Aceno com a cabeça, grato, voltando a mim, como se estivesse acordando de um daqueles pesadelos em que você chora até encharcar o travesseiro. É uma tristeza brutal, disforme, enlouquecida no absurdo dos sonhos. Você acorda e não lembra a razão de estar chorando. Ou lembra e estava chorando porque recebeu uma chance de se redimir. Então, quando percebe que era apenas um pesadelo, continua chorando porque sua chance de redenção é mais uma coisa que você perdeu. E você está cansado de perder coisas.
 Ajudo a carregar o caixão de Blake até o carro funerário. Pesa uns mil quilos. Um professor de ciências uma vez perguntou para a gente: 'O que pesa mais, um quilo de penas ou um quilo de chumbo?'. Todo mundo respondeu chumbo. Mas algumas dezenas de quilos de melhor amigo em um caixão não pesam o mesmo que algumas dezenas de quilos de chumbo ou de penas. Pesam muito mais." (página 19)

 Nosso narrador é Carver Briggs, que tem dezessete anos e mora em Nashville. Ele tinha três melhores amigos: Blake, Eli e Mars. Certo dia, enquanto esperava que eles lhe buscassem no trabalho para aproveitarem a tarde, Carver enviou uma mensagem de texto para Mars perguntando onde eles estavam. Mars estava dirigindo e bateu o carro num caminhão, ele, Eli e Blake morreram na hora.

 "Observo a ponta da minha gravata balançar para a frente e para trás, e me pergunto como os humanos chegaram a um ponto em que dizemos: 'Opa. Espere aí. Para eu levar você a sério, você tem de usar em volta do pescoço uma faixa de tecido colorido com uma ponta estreita'. (...) Reflito sobre isso porque a certeza do absurdo do mundo é uma das poucas coisas que conseguem me distrair, e preciso muito de distrações agora." (página 13) 

 Carver nunca recebeu a resposta de sua mensagem de texto, e agora precisa lidar com a possibilidade de Mars ter se distraído ao tentar respondê-lo e isso ter causado o acidente. Se não bastasse a dor pela perda dos amigos, ainda há o juiz Edwards, pai de Mars, que pode abrir um processo para que Carver seja responsabilizado pelo acidente e preso. Também tem a Adair, irmã de Eli, que vai complicar a vida do Carver na escola.

 "- Nossa mente busca causa e efeito porque isso sugere uma ordem no universo que talvez não exista, mesmo se você acreditar em algum poder superior. Muita gente prefere aceitar uma parcela indevida da culpa por alguma tragédia do que aceitar que não existe ordem nas coisas. O caos é assustador. É assustadora uma existência inconstante em que coisas ruins acontecem a pessoas boas sem nenhum motivo lógico." (página 229)

 Mas Carver não está sozinho. Ele tem seus pais e Georgia, sua irmã mais velha, lhe dando apoio incondicional. E se aproximará de Jesmyn, que namorava Eli e passa a ser sua única amiga na escola. Carver também é convencido por Georgia a fazer terapia com o Dr. Mendez. E ainda tem a vovó Betsy, com quem Blake morava, que sugere que ela e Carver façam um dia de despedida, onde fariam pela última vez todas as coisas que mais gostavam de fazer com Blake. Carver conseguirá lidar com seu luto? O juiz Edwards provará a culpa do garoto no acidente? O dia de despedida será uma boa ideia? É o que descobriremos ao ler a história que Jeff Zentner tem para nos contar.

 "O universo e o destino são cruéis e aleatórios. As coisas acontecem por inúmeros motivos. Acontecem sem motivo nenhum. Carregar nas costas o fardo dos caprichos do universo é demais pra qualquer pessoa. E não é justo com você." (página 372)

 Peguei "Dias de despedida" para ler em um daqueles dias de desânimo, onde olhava para minha estante e nenhum título chamava minha atenção. E como sei que sick lit (livros que abordam temas como luto, depressão, doenças) young adults são leituras que costumam me trazer algum alento para esperar que os dias difíceis passem, decidi começar a ler "Dias de despedida", obra que foi pros meus desejados logo após o lançamento, pela premissa e opiniões de outros leitores.

 "- Quero ser feliz de novo antes de morrer. É tudo o que eu quero." (página 313)

 O fato é que chorei pela primeira vez lendo um livro! Eu, que já li mais de quinhentos livros e não entendia como algumas pessoas iam às lágrimas com leituras que para mim foram super tranquilas (disseram que pode ser coisa de capricorniana; que fique claro que já me emocionei inúmeras vezes lendo, mas nada que me causasse choro), finalmente me vi tento que parar a leitura por alguns segundos por causa das lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Foi mais ou menos na metade do livro, e aconteceu novamente em outros capítulos, sempre em cenas sobre coisas que os personagens queriam ter dito para os falecidos e não tiveram tempo ou lembranças singelas que guardavam da infância deles.

 "- Se importa de se sujar um pouco?
 - Não.
 - Ótimo, porque pensei em começar com uma das coisas que eu e o Blake mais gostávamos de fazer numa manhã de sábado: pesca depressiva. Depois vamos para o Waffle House, nosso lugar favorito para tomar café da manhã.
 - Espera, você quis dizer pesca esportiva?
 - Pesca depressiva. No carro eu explico." (página 182)

 Mas também ri muito com esse livro. Vovó Betsy escolheu homenagear seu neto (que tinha um canal de humor no YouTube) de forma bem inusitada. As conversas da trupe do Molho, como o grupo de quatro amigos se nomeava, eram bem divertidas (ainda que eu não entenda a graça que garotos enxergam em excrementos). Georgia volta e meia atacava o irmão de um jeito nada adulto. Aliás, a maneira como Georgia defende o irmão com unhas e dentes é admirável. Assim como é admirável a diversidade presente na obra: Jesmyn é de origem filipina, Mars é negro, há personagens homossexuais... Além do luto, temas importantes como ataques de pânico também são abordados.

 "- E agora estou com medo de morrer antes de fazer tudo o que queria. Dezessete anos não é o bastante. Tem tantas peças que quero aprender a tocar. Quero gravar álbuns e me apresentar. Nunca fui obcecada com a morte.
 - Eu também não. Agora, às vezes, olho pra minha prateleira e penso que um dia vou morrer sem ter lido vários daqueles livros. E um pode ser bom a ponto de mudar a minha vida e nunca vou ter como saber." (página 90)

 Os adolescentes estudam numa academia de artes, então música, ilustração e literatura (Carver sonhava em ser escritor) são bem presentes na obra. Algo que achei curioso foi o fato de todos os três amigos de Carver não terem "famílias modelo". Blake morava só com a avó, os pais de Eli viviam brigando, os de Mars eram separados. Só Carver tinha pai e mãe que viviam em harmonia, e mesmo assim ele tinha dificuldade em se abrir com eles.

 "- Eu acredito no céu - ela murmura. - Acredito na ressurreição da carne quando os mortos vão ascender aos céus. Acredito em tudo isso. E você pode achar que isso torna as coisas mais fáceis. Acreditar que vou abraçar o Blake de novo algum dia. Deveria ser tão fácil quanto se eu estivesse mandando Blake para passar o verão em um acampamento. Mas não é." (página 193, vovó Betsy)

 Os sentimentos dos personagens de Jeff Zentner são muito compreensíveis, e nos permitem refletir sobre como agiríamos se estivéssemos no lugar de Carver, de Jesmyn, de Adair ou do juiz. Acho que dificilmente imaginamos que enviar uma mensagem de texto pode causar um acidente, talvez a obra nos conscientize um pouco sobre isso. A gente também nunca espera que um jovem morra repentinamente, mas pensando rapidamente, consigo listar pelo menos cinco jovens da minha cidade que tiveram mortes prematuras na última década, três casos em acidentes de carro. Se fica alguma mensagem disso tudo, talvez seja a de como somos finitos, mas continuamos existindo através das memórias que deixamos nos que conviveram conosco.

 "- Existe um ciclo da água. A água nunca via embora. Nunca morre ou é destruída. Ela só muda de uma forma à outra num ciclo contínuo, como energia. Num dia quente de verão, você bebe a água que um dinossauro já bebeu. Pode ter chorado lágrimas que Alexandre, o Grande, chorou. Então devolvo a energia de Eli, o espírito, e tudo o que ele continha. Sua vida. Sua música. Suas lembranças. Seus amores. Todas as coisas bonitas nele. Dou isso à água para que ele possa viver assim agora. De uma forma pra outra. De uma energia pra outra. Talvez eu volte a encontrar meu filho na chuva ou no oceano. Talvez ele não tenha tocado meu rosto pela última vez." (página 276, teoria semelhante à do som presente no maravilhoso O mal de Lázaro)

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Uma das capas estrangeiras (prefiro a nacional)

 A edição da Seguinte tem uma capa com textura macia (soft touch) mas parece que meu livro está sujo como se tivesse arrastado ele na lama, tomara que não dê pra perceber na foto. Amei essa fonte em que o título está escrito, mas fiquei morrendo de medo em determinada cena por causa desse copo quebrado, felizmente um personagem não voou no pescoço do outro como temi. Vem um marcador de páginas para cortar da orelha, mas falta-me coragem. As páginas são amareladas. Não encontrei erros de revisão. As margens são grandes, a letra e espaçamento tem um bom tamanho.

 "Tristeza é um negócio esquisito. Parece que vem em ondas, do nada. Num minuto estou tranquila no mar. No outro, estou me afogando." (página 132)

 Enfim, "Dias de despedida" é realmente merecedor de todos os elogios que já recebeu. Apesar de não ter roubado o lugar de "A montanha", "As vantagens de ser invisível" ou "O céu está em todo lugar" no topo da minha lista de livros favoritos (talvez pela minha dúvida sobre o capítulo final ser ou não uma lembrança, pela curiosidade sobre o que estava na mensagem não finalizada ou pela minha vontade de tampar a boca do Carver numa cena dele com a Jesmyn [compreensível, mas quis interferir]); me encontro tentada a marcá-lo como favorito, afinal, me fez chorar. Fica a minha recomendação para que também leiam "Dias de despedida". Divertido, reflexivo e emocionante! Uma obra com personagens cativantes (especialmente a vovó Betsy♥), escrita fluida (já quero ler ouros livros do autor) e temas importantes.

 "Na maioria das vezes, a gente não guarda as pessoas que ama no coração porque elas nos salvaram de um afogamento ou nos tiraram de uma casa em chamas. Quase sempre, nós as guardamos no coração porque, em um milhão de formas serenas e perfeitas, elas nos salvaram da solidão." (página 272)

 Detalhes: 392 páginas, ISBN-13: 9788555340635, Skoob, leia um trecho. Curiosidade: o autor morou por dois anos no Brasil e fala português, no canal da Seguinte no YouTube tem uma entrevista com ele, clique para conferir. Clique para comprar na Amazon:


 Por hoje é só, espero que tenham curtido essa resenha cheia de citações (não consegui deixá-las de fora). Me contem: já conheciam o livro ou o autor?

 "Você venceu a infecção na ferida, então agora ela pode se curar." (página 372)

 Tem vários sorteios de livros legais rolando, clique aqui para conferir os do blog e aqui para conferir os do Instagram.

Até o próximo post!
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20 comentários

  1. Oie, tudo bem?
    Quero muito ler esse livro, mas ainda não tive a oportunidade :( Adorei sua resenha, e nem quero ver quando eu - a pessoa que chora com tudo - ler esse livro! Se você chorou, eu devo me desidratar hahhaha

    Beijos,

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  2. Eu já encontrei várias fotos no instagram e confesso que esse livro nunca despertou o meu interesse. Mas isso porque eu nunca tinha lido uma resenha sobre ele. Pensei que fosse sobre outra coisa, nossa julguei o livro pela capa literalmente. Agora sabendo que essa leitura mexeu com vc a ponto de chorar, me deixou curiosa. Adicionei na lista <3

    Sai da Minha Lente

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  3. Olá! Há alguns dias li a primeira resenha desse livro e, como você, a pessoa também se emocionou e disse ser uma história com uma grande carga emocional e reflexiva. Eu adoro livros desse jeito e já coloquei na minha lista. Adorei conhecê-lo através dos seus olhos e espero ler em breve também.
    Abraços

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  4. Não curto muito este tipo de livro, mas parece que ele traz várias reflexões.
    Acredito que eu n gostaria, mas vai que estou enganda, vou até procurar mais sobre ele.

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  5. Oi.
    Eu gosto de livros desse estilo, mas tenho que estar no clima para ler. Não é sempre que quero ler livros que me deixem triste ou reflexiva. Apesar de que as pitadas de humor são um ponto muito positivo.
    Adorei a resenha e fiquei curiosa para ler. Anotei a dica aqui para um dia que estiver no clima.
    Beijos.

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  6. Eu acho a capa desse livro maravilhosa e não parece que você arrastou na lama hahaha eu tenho muita curiosidade com a leitura e adorei a tua resenha!

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  7. Amo a capa desse livro, e agora que sei a fundo sobre o que se trata, estou apaixonada. Simm, me apaixonei pelo livro só de ler sua resenha, de tão maravilhosa que está. Amo livros emocionantes que deixam marcas nos leitores, mesmo que isso seja raro de encontrar.
    Obrigada pela indicação <3

    https://porvarioslugares.blogspot.com/

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  8. Nossa, pelo seu relato, esse livro realmente mexeu com você.
    Eu nunca chorei lendo um livro, mas teve um recentemente que quase conseguiu a proeza. Foi História É Tudo Que Me Deixou. Pelo que li da sua resenha, acho que segue o mesmo estilo de Dias de Despedida.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  9. Oi Mari tudo bem? Não conhecia esse livro nem o autor, mas fiquei curiosa para saber o final desse enredo. Uma coisa que me incomodou foi o pai do rapaz que morreu, querer culpar o outro pelo acidente, não vejo lógica nisso, mas vou ter que ler para saber bem kkk, adorei sua resenha bem detalhada e ao mesmo tento deixando um ponto de interrogação, parabéns! Obrigado pela dica e está anotada, bjs!
    ivrosetalgroup.blogspot.com.

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    Respostas
    1. Num primeiro momento também não via lógica, mas quando a gente vai lendo...

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  10. Oi!
    Ano passado, li alguma resenha sobre esse livro, também falando muito bem e já tinha ficado interessada nele. Mas passou um tempo e acabei esquecendo dele.
    Lendo hoje a sua resenha, me lembrei dele de novo e a vontade de ler voltou, rsrs.
    Eu adoro essas edições mais recentes da Seguinte por causa dos marcadores destacáveis.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/

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  11. Oiiii,

    Achei super interessante a premissa do livro, e quando for ler já vou me preparar para muitas lágrimas, porque eu sou exatamente o tipo de leitura que chora, e chora muito kkkkk. Quero saber como o juiz vai provar que a culpa foi dele, sendo que mesmo que ele tenha mandado a mensagem, a responsabilidade pela resposta não era dele, não faz muito sentido para mim e fiquei curiosa para saber como isso vai funcionar rs.

    Beijinhos...
    http://www.paraisoliterario.com

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  12. Oi, tudo bem?
    Já tinha ouvido falar desse livro, mas confesso que a capa nunca me despertou muito o interesse.
    A sua resenha está incrível, destacou todos os pontos para que me deixasse com vontade de ler rsrs
    Ultimamente não estou na vibe de livros do gênero, mas vou anotar a dica para uma possível leitura ♡

    Beijos - anne and cia

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  13. Oii!
    A capa desse livro é linda e fiquei ainda mais encantada ao ver você descrevendo a edição - já quero -.
    É a segunda resenha que leio, e já tinha colocado na minha lista de desejados, espero conseguir ler em breve.
    Parabéns pela resenha!

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  14. Oie!

    Já tinha visto esse livro por ai mas ele não me chamou atenção. Queria ser como você e não chorar lendo, mas já perdi as contas de quantas vezes chorei no transporte público lendo hahaha

    Gosto bastante de livros dramáticos e reflexivos mas nem tenho estado na vibe!

    Ótima resenha!

    Beijos
    Carol
    www.thereviewbooks.com.br

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  15. Olá tudo bem?
    Então, diferente de ti, eu meio que fujo de livros desse genero, não que eu não goste, pois eu adoro, mas é que eu sou uma manteiga derretida e choro por absolutamente TUDO! Esse livro acredito que iria me causar desidratação kk
    Amei a sua resenha e em como ressaltou o que realmente achava que valia a pena. Adoro historias que me leva aos limites das emoções - do riso ou choro - e isso que me chamou a atenção na sua resenha.

    beijos
    http://www.livrosetalgroup.blogspot.com.br

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  16. Olá ♥
    Esse livro será uma das minhas proximas leituras e estou muito animada. Se você que nunca se emocionou com um livro se emocionou com esse, imagina minha pessoa que chora igual manteiga derretida? A premissa é instigante e creio que nos faz refletir em certos momentos e até mesmo nos faz questionar. Não vejo a hora de poder fazer a leitura desse livro por que sempre vejo resenhas positivas e muitas pessoas recomendando, parabéns pela resenha, beijos.

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  17. Olá!
    Eu já tinha visto esse livro em divulgações, mas aí da não tinha lido nenhuma resenha. Não esperava que a história trouxesse essa carga de drama e emoção. Com certeza colocarei na minha lista.
    Bjim!
    Tammy

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  18. Olá!
    Eu já li algumas recomendações desse livro, mas acho que nenhuma foi tão forte como a sua. Adorei a forma como vc contou a história em suas próprias palavras, ao mesmo tempo sem soltar spoilers. Sua experiência foi única e agora quero ler esse livro para ontem!
    Bjs
    Lucy - Por essas páginas

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