Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é “Alice e as armadilhas do outro lado do espelho”, o segundo da trilogia “Alice e o País das Armadilhas”, escrito pelo indiano Mainak Dhar e publicado no Brasil pela Única Editora em 2016.
“- (...) Não podemos libertar aqueles que querem ser escravizados.” (página 131)
A história é uma distopia, que se passa num futuro não muito distante. Recapitulando o cenário (mas podem ficar tranquilos que vou evitar ao máximo os spoilers): surgiu um vírus que transformou pessoas em zumbis denominados Mordedores (pois mordiam outras pessoas e as transformavam em mortos-vivos); para tentar combatê-los, diversos tipos de armas e bombas foram usadas, o que devastou grandes áreas e tornou o mundo um lugar hostil para se viver, foi a Insurreição.
No primeiro livro, conhecemos a protagonista, Alice, uma garota que nasceu após a Insurreição e morava onde hoje é a Índia, mais especificamente numa região denominada País das Armadilhas. Ela teve sua vida mudada ao entrar em um buraco seguindo um Mordedor com orelhas de coelho e descobrir a verdade sobre eles e sobre o Comitê Central, uma espécie de governo desse novo mundo que supostamente oferecia proteção e segurança, mas que tirava a liberdade da população. Depois disso, Alice tornou-se a líder de uma revolução.
No segundo livro, tudo parecia bem para Alice, ela tinha um lugar para morar com os outros humanos a quem ela liderava, o País das Maravilhas; o problema é que parte da população estava se esquecendo muito rápido de tudo o que passaram para chegar até aquela aparente situação de normalidade, e começaram a se revoltar contra ela e os seus amigos mais próximos, mas por trás dessa revolta tinha a interferência do Comitê Central. Será que Alice conseguiria vencer novamente?
“Os Mordedores eram capazes de arriscar a vida para proteger um deles sem titubear e, ao contrário dos humanos, pareciam não desejar nada em troca. Alice ainda era muito jovem, mas já conhecia o mundo e os humanos o suficiente para saber que essa era uma qualidade muito rara. As pessoas brigam por poder, dinheiro e controle. Os Mordedores brigam apenas para proteger a própria espécie.” (página 77)
Eu estava ansiosíssima por esse livro (como comentei no meu último vídeo) e gostei dele, mas o primeiro me pareceu mais emocionante e surpreendente. “Alice e as armadilhas do outro lado do espelho” é uma leitura com altos e baixos, com partes eletrizantes e outras nem tanto. O fato de haver dois personagens com nomes parecidos (Arjun e Arun) acabou me incomodando e atrapalhando um pouco a leitura. Estava curiosíssima para ver como seria a vida da Alice nessa nova fase (quem já leu o livro 1 sabe do que eu estou falando) e acho que ainda é uma área que pode ser melhor explorada. Ficou bem visível a diferença entre ela, que desde que nasceu precisou aprender a lutar para sobreviver, e as demais pessoas que conheciam o mundo antes da Insurreição ou que não viveram os horrores causados pelas guerras.
A situação em outras áreas do planeta ficou mais clara nesse segundo volume, matando um pouco da minha curiosidade de saber como os demais países estavam "se virando", achei plausível a justificativa para o nível de resistência apresentado pelos Estados Unidos, embora me preocupe um pouco vê-los como "os mocinhos" e a China como vilã. Num geral, “Alice e as armadilhas do outro lado do espelho” traz uma crítica social bem forte, especialmente no que diz respeito à verdadeira liberdade, que nem sempre anda junto com a democracia.
Sobre a edição: eu gosto da capa (embora ainda ache que ela dá uma ideia de um livro mais assustador do que ele realmente é), as páginas são amareladas e a diagramação tem margens, espaçamento e letras de bom tamanho.
“- (...) um livro é capaz de captar o melhor que as pessoas podem ser. Um livro nos mostra o que é possível quando deixamos nossos instintos primitivos de lado. É a habilidade de criar algo que vai durar além da nossa existência e levará nossas ideias para a próxima geração.” (página 121)
Detalhes: 256 páginas, Skoob, clique aqui para ler a resenha do primeiro livro. Onde comprar online: Submarino, Americanas.
Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Fica a recomendação para quem gosta de distopias, de zumbis, de protagonistas femininas fortes e de histórias que, mesmo fazendo parte de uma série, tem um final fechado e sem pontas soltas. Me contem: já conheciam o livro?
“Os Mordedores eram capazes de arriscar a vida para proteger um deles sem titubear e, ao contrário dos humanos, pareciam não desejar nada em troca. Alice ainda era muito jovem, mas já conhecia o mundo e os humanos o suficiente para saber que essa era uma qualidade muito rara. As pessoas brigam por poder, dinheiro e controle. Os Mordedores brigam apenas para proteger a própria espécie.” (página 77)
Eu estava ansiosíssima por esse livro (como comentei no meu último vídeo) e gostei dele, mas o primeiro me pareceu mais emocionante e surpreendente. “Alice e as armadilhas do outro lado do espelho” é uma leitura com altos e baixos, com partes eletrizantes e outras nem tanto. O fato de haver dois personagens com nomes parecidos (Arjun e Arun) acabou me incomodando e atrapalhando um pouco a leitura. Estava curiosíssima para ver como seria a vida da Alice nessa nova fase (quem já leu o livro 1 sabe do que eu estou falando) e acho que ainda é uma área que pode ser melhor explorada. Ficou bem visível a diferença entre ela, que desde que nasceu precisou aprender a lutar para sobreviver, e as demais pessoas que conheciam o mundo antes da Insurreição ou que não viveram os horrores causados pelas guerras.
A situação em outras áreas do planeta ficou mais clara nesse segundo volume, matando um pouco da minha curiosidade de saber como os demais países estavam "se virando", achei plausível a justificativa para o nível de resistência apresentado pelos Estados Unidos, embora me preocupe um pouco vê-los como "os mocinhos" e a China como vilã. Num geral, “Alice e as armadilhas do outro lado do espelho” traz uma crítica social bem forte, especialmente no que diz respeito à verdadeira liberdade, que nem sempre anda junto com a democracia.
Sobre a edição: eu gosto da capa (embora ainda ache que ela dá uma ideia de um livro mais assustador do que ele realmente é), as páginas são amareladas e a diagramação tem margens, espaçamento e letras de bom tamanho.
“- (...) um livro é capaz de captar o melhor que as pessoas podem ser. Um livro nos mostra o que é possível quando deixamos nossos instintos primitivos de lado. É a habilidade de criar algo que vai durar além da nossa existência e levará nossas ideias para a próxima geração.” (página 121)
Detalhes: 256 páginas, Skoob, clique aqui para ler a resenha do primeiro livro. Onde comprar online: Submarino, Americanas.
Por hoje é só, espero que vocês tenham gostado da resenha. Fica a recomendação para quem gosta de distopias, de zumbis, de protagonistas femininas fortes e de histórias que, mesmo fazendo parte de uma série, tem um final fechado e sem pontas soltas. Me contem: já conheciam o livro?
Até o próximo post!
Não li ainda o primeiro, mas fiquei com vontade de ler. Gostei da sua crítica.
ResponderExcluirBjos!
Eu ainda nem li o primeiro e já tem o segundo? Nossa, sou muito desinformada mesmo. mas isso de livro com continuação já me desanimou. Eu desisti de livros com continuação, mas não nego o fascínio que nutro por esse enredo.
ResponderExcluirOiii Maria, tudo bem?
ResponderExcluirConfesso que não tenho nenhuma vontade de realizar a leitura dessas duas obras, por mais que tenha resenhado apenas uma, e por isso irei pular a dica, mas fiquei feliz que tenha dito sobre a capa, achei bem sobrecarregada também.
Beijinhos
Que legal ver sua resenha, estou lendo no momento o primeiro da trilogia e estou gostando muito, é totalmente diferente do que eu esperava mas não de um jeito ruim, espero ler o logo o segundo volume.
ResponderExcluirOi Maria,
ResponderExcluirJá vi algumas resenhas sobre o primeiro livro, mas não me chamaram muito a atenção. As capas eu acho bem "carregada" de informações. Você escreveu uma ótima resenha, mas deixo passar a dica dessa vez. Beijinhos
Não li ainda Alice no País das Armadilhas, mas queria muito. Quando a Única soltou pedido de solicitação, prefiro não pegar o segundo porque achei que não entenderia nada. Parece mais politizado né? As artes são lindas!
ResponderExcluirwww.cantaremverso.blogspot.com.br
Nossa...
ResponderExcluirEu não sabia quejá tinha o segundo livro :o
O primeiro está na minha lista de desejados e agora eu já tenho que colocar esse kk
Concordo com você... essa capa é meio assustadora né?
beijos
Mayara
Livros & Tal
Eu comecei a ler distopias esse ano e tive boas experiências, porém eu não me interesso nem um pouco sobre histórias de zumbis. Até esse filme que vão misturar Zumbis e Jane Austen está me deixando com o pé atrás... E olha que eu sou fã dela.
ResponderExcluirAliás, também sou fã de Alice, mas essa dica eu vou deixar pra próxima
Beijos