Olá pessoal, tudo bem? O livro da resenha de hoje é "A mamãe é rock", escrito pela Ana Cardoso e publicado em 2016 pela Editora Belas Letras.
"A mamãe é rock" é um pequeno livro de crônicas divertidas, reflexivas e de leitura rápida. Os textos de Ana Cardoso, mãe de duas filhas, giram em torno não só da maternidade, mas do que acontece quando convivemos com crianças, das alegrias e dificuldades por quais passamos. Não tenho filhos, mas moro na mesma casa que a minha sobrinha de cinco anos, então, acabo participando um pouco dessas situações.
Digo "um pouco", porque não sou mãe e, por isso, não carrego o peso que a sociedade coloca nessa palavra. O livro de Ana traz a maternidade sem romantizá-la, algo de extrema importância para que paremos de exigir perfeição e não querer ver as dificuldades e o enorme trabalho que ser responsável por um ser humano em fase de crescimento traz.
"A mamãe é rock" é um pequeno livro de crônicas divertidas, reflexivas e de leitura rápida. Os textos de Ana Cardoso, mãe de duas filhas, giram em torno não só da maternidade, mas do que acontece quando convivemos com crianças, das alegrias e dificuldades por quais passamos. Não tenho filhos, mas moro na mesma casa que a minha sobrinha de cinco anos, então, acabo participando um pouco dessas situações.
Digo "um pouco", porque não sou mãe e, por isso, não carrego o peso que a sociedade coloca nessa palavra. O livro de Ana traz a maternidade sem romantizá-la, algo de extrema importância para que paremos de exigir perfeição e não querer ver as dificuldades e o enorme trabalho que ser responsável por um ser humano em fase de crescimento traz.
"Chorei muito depois que as minhas filhas nasceram. nem sempre foi de felicidade. Muitas vezes foi de desespero, de não saber o que fazer. De solidão, de frustração.
Felizmente, um sopro feminista vem libertando não só a mim, como a diversas mulheres que perceberam que não estão sós. Podemos ser honestas com nossos sentimentos e admitir que a mensalidade do clube das mães é mais cara do que dizem por aí." (página 20)
Deve ser muito, muito doloroso para uma mãe ou um pai ouvir que aquela criança que eles tratam com tanto amor, que admiram tanto a cada conquista, é menos inteligente e se tornará um adulto menos capaz apenas pelo fato de ser uma menina e não um menino.
A minha crônica preferida foi "Só a metade", onde a autora questiona sobre em que momento a autoestima feminina é massacrada, enquanto a masculina continua crescendo, trazendo dificuldades para que nós, mulheres, reconheçamos nosso valor, nosso potencial e nos orgulhemos de nossas conquistas, e essas dificuldades proporcionam a inferiorização, o sofrimento.
"O que me falta e o que eu desejo para minhas filhas e para todas as outras meninas é muito simples: apenas a metade da autoestima de um homem branco médio. Mas, se possível, o dobro. Tô trabalhando nisso, e você?" (página 43)
"O que me falta e o que eu desejo para minhas filhas e para todas as outras meninas é muito simples: apenas a metade da autoestima de um homem branco médio. Mas, se possível, o dobro. Tô trabalhando nisso, e você?" (página 43)
Deve ser muito, muito doloroso para uma mãe ou um pai ouvir que aquela criança que eles tratam com tanto amor, que admiram tanto a cada conquista, é menos inteligente e se tornará um adulto menos capaz apenas pelo fato de ser uma menina e não um menino.
"O papo estava ótimo até que o pai falou: 'Tô meio perdido, tenho problema para me localizar', e concluiu: 'Eu tenho esse lado feminino'.
Não precisei conferir o meio das minhas pernas para saber que estávamos no Campo Limpo. Fiquei chateada com a colocação dele, que certamente não viu nada de mal ou de errado no que falou. De onde as pessoas tiram essas coisas e, o mais importante, quando vão parar de reproduzir essas bobagens? (...)
Não é justo que as meninas sejam obrigadas a crescer ouvindo essas e outras tantas bobagens sobre nós sermos mentalmente incapazes ou inferiores." (página 69)
Garanto que, mesmo que você não conviva com crianças, vai dar boas risadas de algumas situações ou se lembrar de quando você é que tinha menos de dezoito anos e colocava os seus pais em situações complicadas ("A festa das bruxas é uma das mais engraçadas).
Não é justo que as meninas sejam obrigadas a crescer ouvindo essas e outras tantas bobagens sobre nós sermos mentalmente incapazes ou inferiores." (página 69)
Garanto que, mesmo que você não conviva com crianças, vai dar boas risadas de algumas situações ou se lembrar de quando você é que tinha menos de dezoito anos e colocava os seus pais em situações complicadas ("A festa das bruxas é uma das mais engraçadas).
A edição da Editora Belas Letras está muito linda, capa bonita e com cores vibrantes, muitas ilustrações e detalhes, margens, letras e espaçamento de bom tamanho e ótima revisão. Postei lá na página um jogo dos sete erros, cliquem aqui e vejam se conseguem solucionar. E tem a Malala Yousafzai, uma das pessoas que eu mais admiro, logo no começo!
O marido da Ana, Marcos Piangers, também escreveu dois livros de crônicas sobre sua família: "O Papai é pop" e "O Papai é Pop 2" (lançados antes do livro da Ana, eu acho), uma boa sugestão para quem gostar do livro dela e quiser ler mais sobre essa família rock/pop.
"Prefiro a liberdade e o risco, porque a vida é assim, cheia de pessoas prontinhas para empurrar com força o gira-gira quando estamos distraídos. Prefiro estar junto nas primeiras vezes que isso acontecer, porque vai acontecer." (página 97)
"A mamãe é rock" é um livro que eu gostei bastante de ler e que eu recomendo para todo mundo! Todo mundo mesmo! Acho que não tem como não gostar dele! É um livro para você levar na bolsa e ler aos poucos nos intervalos, para ler depois de uma ressaca literária, para rir com as partes engraçadas, se emocionar e refletir com as partes sérias. Independente de quem você seja, certamente vai ter algo acrescentado à sua vida com a leitura (nem que seja uma forma de conseguir chamar a atenção das crianças quando elas não desgrudam da TV/internet [tá lá na página 89 e funciona também com adultos]).
Dica final: se você gostou de/se interessou por "A mamãe é rock", também vai gostar de/se interessar por outro livro resenhado recentemente no blog: "O ano em que disse sim" da Shonda Rhimes.
Detalhes: 112 páginas, ISBN-13: 9788581743288, Skoob, página no Facebook. Onde comprar online: Saraiva, loja da editora.
Por hoje é só, espero que tenham gostado da resenha. Me contem: já conheciam a família da Ana e do Piangers e seus livros?
"A mamãe é rock" é um livro que eu gostei bastante de ler e que eu recomendo para todo mundo! Todo mundo mesmo! Acho que não tem como não gostar dele! É um livro para você levar na bolsa e ler aos poucos nos intervalos, para ler depois de uma ressaca literária, para rir com as partes engraçadas, se emocionar e refletir com as partes sérias. Independente de quem você seja, certamente vai ter algo acrescentado à sua vida com a leitura (nem que seja uma forma de conseguir chamar a atenção das crianças quando elas não desgrudam da TV/internet [tá lá na página 89 e funciona também com adultos]).
Dica final: se você gostou de/se interessou por "A mamãe é rock", também vai gostar de/se interessar por outro livro resenhado recentemente no blog: "O ano em que disse sim" da Shonda Rhimes.
Detalhes: 112 páginas, ISBN-13: 9788581743288, Skoob, página no Facebook. Onde comprar online: Saraiva, loja da editora.
Por hoje é só, espero que tenham gostado da resenha. Me contem: já conheciam a família da Ana e do Piangers e seus livros?
Até o próximo post!
Achei muito bacana teu post!
ResponderExcluirMas no momento passo a dica.
Bjs
Olá!
ResponderExcluirEu ainda não sou mãe, mas sei que a maternidade não é nada fácil. Eu tenho um sobrinho, que não mora comigo, então eu só pego a parte fácil hahaha criança alegra a casa!
Eu confesso que não gosto muito de crônicas e que esse livro não me chama a atenção, mas acho que ele é uma boa pedida para quem já é mãe, que vai acabar se identificando bastante com as situações da obra.
Ótima resenha!
Beijos!
Resenha maravilhosa e divertida. Eu sou apaixonada por esse livro e o do papai rock. Eu sonho todos os dias em como é ser mãe, deve ser uma experiência maravilhosa. Como gosto de crônicas séria uma leitura mais que bem-vinda!
ResponderExcluirBeijos
Olá,
ResponderExcluirAdorei a premissa da obra, parece ser uma leitura agradável e descontraída.
Gostei bastante da resenha e achei a capa incrível! Espero poder ler em breve.
http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/
Oi!
ResponderExcluirAi que amorzinho de livro, serio, já preciso.
Muito legal da autora tratar esse tema de forma crua, sem enfeitar as coisas para que tudo pareça bonitinho quando nem sempre é.
Beijos
www.mundoinvertido.com
Oi!!
ResponderExcluirAcho a capa desse livro muito legal, pela capa dá para perceber que a leitura deve ser muito alto astral. Dificilmente eu leio livros de crônicas.
Acredito que o livro não é somente para quem é mãe, mesmo a leitura fazendo a gente refletir acredito que não leria, só se realmente ganhasse o livro.
Beijão!
Oie! Eu ainda não li essa obra, mas ela está na minha lista de próximas leituras e, depois de sua resenha, estou ainda mais ansiosa para começar a ler! Recentemente, eu passei pela experiência de acompanhar as crônicas do Piangers e me diverti demais com todos os relatos, hih. Acredito que vai ser maravilhoso conhecer tudo pelos olhos da Ana. Também não tenho muito envolvimento com o desenvolvimento de uma criança, mas imagino a carga de responsabilidade que isso exige. Adorei sua resenha!
ResponderExcluirBeijos,
Fernanda Goulart.
Eu amo ler crônicas. Eu tenho filhos, mas tenho sobrinhas e muitos alunos/ jovens que acompanho, e assim, apesar de ser MUITO diferente de ser mãe, a convivência é gostosa, divertida, estressante. Por tua resenha, também curti a ideia da crônica "Só a metade"
ResponderExcluirOi, esta já é a oitava vez que leio esta resenha. Que primor! Resenha boa é assim, você não se cansa de ler. Adoro esse blog e tudo o que é postado aqui, é por isso que toda semana estou acessando, e vasculhando tudo. Blog do meu coração! Adoro, adoro , adoro!
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